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sábado, 14 de setembro de 2024

Augsburg

Em Augsburg, a cidade mais antiga da Baviera, há mais pontes do que em Veneza.

Além disso, há muitas fontes borbulhantes e inúmeros canais. Os romanos construíram o primeiro aqueduto e os habitantes de Augsburg aperfeiçoaram o sistema hidráulico. Hoje, o sistema inclui enormes torres hidráulicas, suntuosas fontes de água potável e 199 quilômetros de canais que correm pelas ruelas do centro antigo. Juntas, essas estrutura fornecem água potável e energia hidráulica para toda a cidade. É tão impressionante que a Unesco declarou todo o conjunto como patrimônio histórico da humanidade.
É incrível que em Augsburg haja mais pontes do que em Veneza, e ainda muitas fontes borbulhantes e inúmeros canais. Os romanos construíram o primeiro aqueduto e, mais tarde, habitantes de Augsburg aperfeiçoaram o sistema hidráulico a arte da engenharia suábia na cidade mais antiga da Baviera.
O patrimônio histórico mundial da Unesco na cidade bávara de Augsburg não é constituído por escavações antigas, nem por uma igreja suntuosa ou pelo centro histórico. Desde 2019, algo único consta da lista de patrimônios culturais: o sistema de gestão de água de Augsburg. Ele inclui enormes torres hidráulicas, suntuosas fontes de água potável e 199 quilômetros de canais que correm pelas ruelas do centro antigo. Juntos, eles fornecem, em parte há mais de mil anos, água potável e energia hidráulica para a cidade. A 
Unesco declarou todo o conjunto como patrimônio histórico. O sistema é tão impressionante. As pessoas que moravam em Augsburg poderiam ser consideradas as influenciadoras da Idade Média: em 1414, elas construíram a primeira torre hidráulica de toda a Europa Central, a Großer Wasserturm, grande torre hidráulica. Ela está situada junto ao Portão Vermelho, ao lado de onde hoje fica a sede do teatro de bonecos Augsburger Puppenkiste, conhecido em toda a Alemanha. A princípio, a torre foi construída com madeira; mais tarde em alvenaria e então elevada para sete andares.
Para isso, habitantes de Augsburg reproduziram uma técnica utilizada em cidades do norte da Itália: bombas de pistão acionadas por rodas d’água abasteciam as torres com água potável. Dali, a água era conduzida através de uma calha vertical e canos de madeira a sete bebedouros públicos. Além disso, já no século 16, profissionais de engenharia conectaram algumas casas à água corrente. O sofisticado sistema hidráulico permitiu que os estabelecimentos de trabalhos manuais florescessem, a exemplo do açougue municipal – conhecido por “Stadtmetzg” e concluído em 1609. O rio Lech, afluente do Dabúbio, foi canalizado diretamente através do prédio – a carne permanecia refrigerada e os resíduos podiam ser facilmente descartados.
Há ainda mais atrações que justificam uma visita à cidade de 300 mil habitantes. Já citamos o popular teatro tradicional Augsburger Puppenkiste e o legado romano, mas não podemos esquecer do grande e histórico centro antigo e da Fuggerei – uma fundação da família homônima de comerciantes, que é, no mundo inteiro, o mais antigo complexo residencial social ainda preservado, tendo sido erguido na época do Renascimento.
O excelente sistema hidráulico inclui também numerosas fontes que fornecem água potável gratuitamente no centro histórico, bem como 530 pontes. Com isso, Augsburg possui ainda mais pontes que Veneza. E ainda mais quilômetros de canais do que a cidade turística italiana. Torres hidráulicas históricas no Portão Vermelho, em Augsburg
Velhas rodas d’água também podem ser admiradas em Augsburg.
Velhas rodas d’água também podem ser admiradas em Augsburg.
Partes do muro da cidade medieval de Augsburg.
Em função das mudanças climáticas, dos abusos, da contaminação e da má gestão das reservas hídricas, a água começou a se tornar escassa em muitas regiões do planeta.