Nascido em 17 de dezembro de 1905, na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Érico Veríssimo cresceu em uma família de fazendeiros, mas enfrentou dificuldades financeiras durante a juventude. Em 1930, mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou como tradutor e editor na Editora Globo, o que lhe deu grande contato com a literatura internacional.
Sua carreira literária começou com contos e pequenos textos publicados em revistas, mas foi com o romance Clarissa (1933) que ganhou reconhecimento. Ele fazia parte da chamada "segunda fase do modernismo brasileiro", com um estilo mais narrativo e acessível, em oposição ao experimentalismo da primeira fase modernista.
Obras literárias.
1. Clarissa (1933) – Retrata a vida e os sentimentos de uma jovem que sai do interior para morar na cidade.
2. Música ao Longe (1936) – Continuação de Clarissa, explorando seu amadurecimento.
3. Caminhos Cruzados (1935) – Romance com forte crítica social.
4. Olhai os Lírios do Campo (1938) – Uma de suas obras mais populares, aborda questões de ambição, amor e consciência social.
5. Incidente em Antares (1971) – Mistura ficção e crítica política ao contar a história de mortos que voltam à vida para denunciar injustiças.
6. O Tempo e o Vento (1949-1962) – Sua obra-prima, uma trilogia (O Continente, O Retrato, O Arquipélago) que narra a formação do Rio Grande do Sul e do Brasil, misturando fatos históricos e ficção.
Vida nos EUA e Últimos Anos
Entre 1943 e 1945, Érico viveu nos Estados Unidos, onde trabalhou como professor na Universidade da Califórnia. Posteriormente, voltou ao Brasil e seguiu sua carreira literária, tornando-se um dos escritores mais lidos do país.
Faleceu em 28 de novembro de 1975, em Porto Alegre, deixando um legado literário que continua influente.
