Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quinta-feira, 22 de junho de 2023

A liberdade e o Frescor da Estação

No campo..
a brisa..
a umidade, 

na relva..
no frescor 
da manhã 
Na manhã 
da primavera,
sentia 
a liberdade
e o frescor 
da estação ali 
aos sentidos..
inexistentes 
na cidade,
no mundo 
atual urbano.
Que aparência 
deveria 
ter uma foto
neste momento, 
foi há mais 
de 6 anos..
em 2008.
De algo novo, 
mas parece 
velho, 
já que este 
mundo roda 
em velocidade alta.. 
difícil responder.
De apenas 
o azul 
do céu
e alguns traços 
de laranja,
no branco 
da Hélice 
que rodava sem parar, 
diante do vento intenso,
na estação primavera, 
usina bucólica,
das turbinas eólicas.
Ah, é com uma 
imagem assim
que se faz do mundo..
girar mais
ou se mostrar o mundo,
num lugar distante..
Sou por natureza 
uma pessoa assim,
Homem Fugidio e 
Fugitivo da cidade..
Um lugar assim pode 
dar a impressão
de um local arcaico
e com  banhos de
bucolismo ou
até modernidade, 
de interesse 
ecológicos, 
focos
meu apenas...
Mas compartilhava 
das aventuras
com um menino 
de 15 anos,
sem amarras 
de um mundo urbano,
num espaço idílico,
longe da cidade..
na companhia 
seu pai.
A essência humana...
é a natureza.
Se observa isso 
na interação
com o mundo natural,
por isso,
é fascinante,
no olhar,
no sentimento,
na poesia,
na fotografia.
Traduz uma conexão,
na mais íntima 
interação,
uma 
inserção,
uma história,
de nós mesmos.
Os que se importam 
com emoções
e sentidos, 
a conexao vai
desde
a umidade 
da relva resquício do 
simples do orvalho, 
já 
ao amanhecer,
este é meu contexto, 
um texto,
uma gota,
varias gotas,
um raio de sol, 
um amanhecer,
o doce tocar da brisa,
dum vento,
nesta sucessão 
de eventos
plenos.
na essência pura,
não que não tenha
nenhum pecado, 
mas enxergam, mas vejo,
onde muitos já não 
veem ou talvez andam 
por ai,
meio que apagados 
de memorias.
Um homem convive ali
assim,
sem o alcance dos seus,
num diálogo franco 
com  o filho,
na natureza...
num frescor,
numa liberdade ímpar, 
muitas vezes sentimos 
hoje que andam 
ausentes, em muitas 
mentes ou
estão 
já apagados.
O mundo
narcisista fluído,
da pós-verdade,
mundo calculado
e ultra controlado
da vida urbana 
agitada e descartável.
Como a foto  
é esta a intenção, é 
captar situações 
não encenadas.
Meu filho 
também fotógrafo.
Ando ali em busca de 
um resultado, o
mais autêntico, 
a dupla eu e a câmera 
que,
numa lente teleobjetiva,
permitiu registrar à distância, 
ações
e reações 
do Marco Antonio,
meu filho.
Depois de estar 
encantado
com o lugar ele
admitiu depois,
se sentir um 
pequeno fugitivo  
da cidade
que  vagava no campo
e seguia
onde a curiosidade 
o levava.
Gastava
seu tempo andando,
posando
para um retrato e chega 
perto à usina, onde se diverte 
observando as hélices, 
as asas da ventoina eólica, 
aprende a identificar
o simples lugar.
Observa que "lugar  
é um espetáculo"..
desde
o verde da grama 
ao azul do céu..
a liberdade incomum 
um paraíso em algum
lugar da terra.
De fato,
no modo como a foto
feita do
meu filho que
me acompanhava.  
me interessava 
mais o comportamento,
num universo sem imposições.
Como uma 
criança descobre 
o mundo livre 
da imposição dos 
adultos, 
em que a lei, a repressão
e a proibição 
parecem suspensos...
Como uma fantasia que
orienta 
relações,
que um garoto elabora
com os adultos que 
surgem 
em seu rumo...
Tudo é assim
é pura inspiração.
É essa dimensão 
libertária, 
num lugar que
deixa nos levar,
que aparece bem
aqui,
este universo,
para os que 
acreditam no
poder do encanto, 
da beleza,
feliz em 
reencontrá-la, 
que aqui junto 
a liberdade 
emanada em 
cada gesto..
em cada 
movimento,
transformando 
tudo aqui, numa 
versão moderna 
do paraíso.