Sentimos
piores ou melhores,
porque não somos
estanques
na memória,
quando menino,
nunca sequer
ousei pegar
algo de alguém..
O menino cresce
mas continua
o que sempre foi,
sem nunca
ter sido realmente desonesto..
continuo neste aspecto um menino que...
Acho que o mundo era outro.
Ao cair da tarde, reunia-se na sacada
e via o pessoal passar dava boas tarde
até que acendia-se a
primeira lâmpada da casa.
Minha mãe era a primeira a saudar
a luz que iluminaria
o nosso jantar..
"Boa noite!"
E todos se cumprimentavam,
como se estivessem chegando de
uma jornada que ficara para trás.
Era hora, também, de os vizinhos se saudarem...na rua..na praça de Iomerê onde passeávamos toda noite...se nenhum medo...nunca aconteceu nada.
Era assim sempre boas noites no interior, em Iomerê era assim
se cruzavam de varanda a varanda, tinhamos vizinhos os Hentz e a dona Premina e seu e seu Mugnol na frente, ir até lá passando pelas cercas ou pela rua
varanda havia que toda casa tinha uma.
E nosso vizinho aparecia com um chimarão de chinelos.
Ia em casa tinha varanda era uma casa feita por um senhor que se mudou para Videira, mas tinhamos outro Vizinho chamada Colombo e que vinha em casa levando o seu boa-noite.
Chamava-se Zezinho.. não sei de quê.
Meu pai dizia que era por ser baixinho e gordinho, mas era todos boa alma
antigamente havia essa expressão: boa alma.
Pois, com sua boa alma, seu pijama e chinelos,
Todo mundo dava boa-noite a todos e, por mais que pareça improvável, isso fazia nossa noite realmente boa.
Depois, outras luzes eram acesas, o cheiro das noites ficava suspenso no ar até que chegava o cheiro do jantar
que estava indo para a mesa.
A mãe, de avental branco e limpinho, começava a curvar sobre o peito,
ela jamais dormiria sem antes ver acesa a primeira luz da casa, sem antes celebrar a cerimônia da paz com a senha de seu boa-noite.
Após preparava-se para dormir, vestia-se o pijama,
meu chinelo e como boa alma...pedia a bençã ao meu pai e minha mãe.
Assim era cair de noite..lentamente lá fora, com cheiros bons de uma vida que corria sem pressa.
O rádio que era que trazia um pouco da perfídia do mundo para a nossa paz:
"Deixou-me imaginar o que era asfalto,
menor abandonado na rua,
elevador,
New York,
Londres..e Beatles,
do desejo...
que se tornaram realidade
nos 50 anos depois.
Boa alma era e
continuo
sendo
mas hoje hoje
a liberdade é isso ai deixa todo
mundo raivoso e quando solto..
uau
Ao cair da tarde, reunia-se na sacada
e via o pessoal passar dava boas tarde
até que acendia-se a
primeira lâmpada da casa.
Minha mãe era a primeira a saudar
a luz que iluminaria
o nosso jantar..
"Boa noite!"
E todos se cumprimentavam,
como se estivessem chegando de
uma jornada que ficara para trás.
Era hora, também, de os vizinhos se saudarem...na rua..na praça de Iomerê onde passeávamos toda noite...se nenhum medo...nunca aconteceu nada.
Era assim sempre boas noites no interior, em Iomerê era assim
se cruzavam de varanda a varanda, tinhamos vizinhos os Hentz e a dona Premina e seu e seu Mugnol na frente, ir até lá passando pelas cercas ou pela rua
varanda havia que toda casa tinha uma.
E nosso vizinho aparecia com um chimarão de chinelos.
Ia em casa tinha varanda era uma casa feita por um senhor que se mudou para Videira, mas tinhamos outro Vizinho chamada Colombo e que vinha em casa levando o seu boa-noite.
Chamava-se Zezinho.. não sei de quê.
Meu pai dizia que era por ser baixinho e gordinho, mas era todos boa alma
antigamente havia essa expressão: boa alma.
Pois, com sua boa alma, seu pijama e chinelos,
Todo mundo dava boa-noite a todos e, por mais que pareça improvável, isso fazia nossa noite realmente boa.
Depois, outras luzes eram acesas, o cheiro das noites ficava suspenso no ar até que chegava o cheiro do jantar
que estava indo para a mesa.
A mãe, de avental branco e limpinho, começava a curvar sobre o peito,
ela jamais dormiria sem antes ver acesa a primeira luz da casa, sem antes celebrar a cerimônia da paz com a senha de seu boa-noite.
Após preparava-se para dormir, vestia-se o pijama,
meu chinelo e como boa alma...pedia a bençã ao meu pai e minha mãe.
Assim era cair de noite..lentamente lá fora, com cheiros bons de uma vida que corria sem pressa.
O rádio que era que trazia um pouco da perfídia do mundo para a nossa paz:
"Deixou-me imaginar o que era asfalto,
menor abandonado na rua,
elevador,
New York,
Londres..e Beatles,
do desejo...
que se tornaram realidade
nos 50 anos depois.
Boa alma era e
continuo
sendo
mas hoje hoje
a liberdade é isso ai deixa todo
mundo raivoso e quando solto..
uau