Não não
quero mostrar
nada além dos
meus verdadeiros
sentimentos,
Como todos
as vezes,
não queria que
as pessoas
vissem isso,
ou
percebessem,
mas sei que
que também
desde menino
tenho minhas
fraquezas
e problemas,
como tudo mundo.
Com a cidade dos anos 60,
com a vida,
com
lembranças, quando
uma vez,
ainda
criança, em Iomerê,
perguntei para a minha mãe
o que eram aquelas notícias
no jornal do domingo e só havia jornal
no domingo
e me disse:
"É que o mundo é assim, filho,
vai ficando a cada dia pior".
Passei a vida tentando
não concordar com isso.
E cada dia que envelheço..percebo
isso.
As
vezes
perdemos
Perdemos
a vontade,
de acompanhar tanto besteira,
que acontece por ai,
ficamos indiferentes..
entediados...
cheios de tudo..
se
perde a fome
e coisas novas,
até a empolgação...
apenas se dá um tempo,
se fica a fazer outras coisas..
Sentimos falta de um maior
positividade no país e no mundo.
Quero
deixar a criatividade fluir.
quero energias positivas...
voltar a estar mais animado
e empolgado..
de novo..
Imagens e ideias
que
vem à mente...
escrevo num folheto
no carro
antes
de esquecer..
pra
não deixá-la fugir.
Quando
estou assim,
em lugares bem altos,
às
vezes
me vem na cabeça
alguma ideia e uma boa
música.
Sem
perceber,
começo
a cantarolar
o
verso
e ele sempre
traduz
no
que estou sentindo,
que esta me inspirando.
Ai.
Voltando
pra casa,
sob o sol maravilhoso,
num
fim de tarde,
pelo teto aberto do carro,
que adoro,
ao
ar livre,
sol na pele,
o
corpo sentindo
o movimento..
o vento, a brisa.
Pois
bem, faço..
isso..
Como
é que
se fala
de
uma
coisa que,
ao
mesmo tempo,
sei que não vai ter solução,
não
vai voltar atrás,
que
não adianta reclamar...
chama-se corrupção no Brasil.
Uma
rua especial,
tem uma pracinha gostosa,
no
fim eucaliptos,
só
com casas ao lado
e asfalto lisinho,
se,
inclinação
o carro deslisa
suave o suficiente
para
ser perfeita a volta pra casa.
Mas
só nessa pracinha.
Perto
de casa,
sol gostoso,
poucos carros
passando, nossa...
belos momentos
onde cresci,
digamos.
O
vento no rosto,
o asfalto passando
Tem mas de 50 anos que vivo
isso aqui
e descubro que
posso ainda
me emocionar na
passagem da
praça.
Acho
que ainda sou criança.
Tanta
porrada na vida
e ainda ainda
lamento,
ainda sinto tudo
aqui
pra escrever sobre isso.
é
tão luminosa e colorida a praça,
meu lugar
dos anos 60 e 70,
no
tempo dos hippie,
que diziam se diziam
coisas.
Eu
voltarei qualquer dia,
sei lá...
fico surpreso quando olho,
para trás
mas eu gosto
de analisar,
que aqui é o
Brasil..
conseguimos...
muito pouco
até hoje..
Tudo não soa um sucesso,
com o
governo
em reduzir
desigualdades..
Diria rindo.
Quando eu
tinha 18 ou 19 anos,
eu estava em
Curitiba
em Pleno
Regime Militar,
ou Ditadura
dizem alguns,
eu não
experimentei
a loucura
de contestar
o regime,
e aquilo tudo
era demais para mim,
melhor
colégio,
ouvia bandas
em lojas de música
porque
era
um garoto que
tinha sonhos
e que vinha do nada.
o meu lugar
era uma cidadezinha,
do interior
de Santa Catarina,
e no meio do
nada..
no Brasil,
em termos de
lojas,
filmes e
lojas de música..
de
repente,
ouvia tudo
muito fácil
não me
tornei,
mas já era a
fã
daquelas
imensas estrelas do rock..
Pink Floyd.
Led Zeppelin,
Beatles,
Credence,
o
Cranberrries,
eis alguns,
Naquela época
não
havia muitas outras bandas,
mas tudo e
poucos,
naquela época
era ótimo
ouvir com amigos
no colégio
Bom Jesus de Curitiba..
Nada
nada prepara você para isso...
foi um salto
no escuro...
e uma
afirmação de
quem era perdedor.
Eu próprio
posso reconhecer..
sei reconhece
que, no final,
era meu
próprio sonho,
se
realizando..
Eu estava
realmente onde queria..
estudando
e ouvindo
boas músicas
vendo filmes
e não
sofrendo com
aquela situação,
vexatória em
minha casa
do meus pais
apesar de se
aquariano,
parecia um
peixe fora..
de um
aquário, por poucos anos.
Eu fiquei
assim...
no começo dos anos 60.
Começar..
de
novo,
meu pai era
de uma família
na zona rural
de tangará,
e morar em
Iomerê em 1963,
mito mais que
ajudou
a me recuperar.
Em Iomerê,
com outro
ambiente..
Foi um
recomeço
Eu comecei a
trazer meu cérebro
de volta à
realidade
dos anos 60..
lembro,
mas por
muitos anos
eu ainda
permaneci com
esse
muro ao meu redor.
Quero deixar
a
criatividade fluir..
boas
energias...
estar animado
e empolgado..
de novo..
Words
Fotos do interior
de Iomerê
de Iomerê
Rebel.