Fevereiro.: Alguns escritores consideram o nome deste mês derivado do nome do deus romano Februus, posteriormente identificado como Plutão. Fontes mais antigas, no entanto, citam a deusa Februa como a padroeira do mês. Februa era a deusa da “febre do amor e da paixão”, tendo sido mais tarde adaptada para um dos aspectos da deusa Juno. Seus ritos orgásticos (que incluíam orgias) persistiram ao longo dos tempos, tendo sido transformados na comemoração cristã de São Valentim, quando na Europa e nos Estados Unidos, amigos e namorados trocam entre si, bilhetes em forma de coração e presentes.
O nome celta deste mês é Feabhra e o anglo-saxão, Solmonath, assinalando o retorno da luz após a escuridão do inverno. No calendário sagrado druídico, a este mês é atribuída a letra Saille do alfabeto oghãmico (Ogham ou alfabeto das árvores; é de origem celta e usado como oráculo)-sendo o salgueiro a árvore correspondente.
O lema do mês é: busque o equilíbrio em sua vida, mesmo se passar por experiências dolorosas. A pedra é a ametista.
Nas tradições dos povos nativos, os nomes deste mês retratam ou os rigores climáticos do Hemisfério Norte. Lua da neve, Lua da tempestade, Lua da fome, Lua selvagem ou as antigas práticas de purificação espiritual. Lua vermelha da limpeza, mês da purificação.
Fevereiro é o mês mais curto do ano. Segundo uma lenda, perdeu um dia em favor de agosto. Inicialmente, os meses alternavam entre trinta e trinta e dois dias, mas em algum momento isso foi alterado e o mês perdeu dois dias em relação aos outros, exceto nos anos bissextos.
Na antiga Grécia, celebravam-se neste mês os Mistérios Menores de Elêusis, com o retorno da deusa Kore do mundo subterrâneo e o despertar da natureza. Celebrava-se também, durante a lua cheia, o Festival da deusa Afrodite.
Em Roma, os festivais de Parentália e Ferália louvavam os ancestrais, O de Lupercália promovia rituais de purificação e fertilidade, o de Terminália reforçava a proteção das propriedades, enquanto o de Concórdia celebrava a paz e a harmonia entre as pessoas. Comemorava-se também Diana, a deusa da Lua e das florestas.
Na lua cheia, comemorava-se, na China, Kwan Yin, a deusa da compaixão e misericórdia, enquanto que na Índia, na lua crescente, celebrava-se a deusa Sarasvati e no Japão, a deusa solar Amaterassu, com o Festival das Lanternas Setsu-Bun-O.
O povo inca tinha o “festival do grande amadurecimento”, chamado Hatun Pucuy. Os judeus celebram até hoje o Purim, festival dedicado à rainha Ester, que salvou o povo hebraico de um massacre. As famílias vão à sinagoga e depois festejam com comidas tradicionais. Às crianças se vestem com fantasias e encenam várias peças de teatro, trocando depois presentes entre si.
Fevereiro é um mês propício tanto às reconfirmações do caminho espiritual quanto às iniciações, dedicando sua devoção a uma divindade com a qual você tenha afinidade.
Antes de preparar qualquer cerimônia ou ritual, recomenda-se a purificação do ambiente (casa, propriedade, carro ou local de trabalho), uma desintoxicação física e uma limpeza espiritual pessoal. A purificação muda os campos energéticos, removendo as energias mais densas e pesadas e abre espaço para as energias benéficas e renovadoras. Preparam-se, assim, tanto os ambientes como o corpo, a mente e o espírito para novos aprendizados, novas vivências e novas realizações.
Na tradição da deusa e na Wicca, o Sabbat Imbolc ou Candlemas, celebra a deusa tríplice Brighid, “a senhora do fogo criador, das artes e da magia”. É uma data favorável às iniciações e renovações dos compromissos espirituais, bem como para purificações ritualísticas, práticas oraculares e cerimônias com fogo.