Dizia
alguém
próximo,
que hoje,
a palavra
"mal" vem
aos lábios,
e
a banalidade,
nos beija na boca.
LEMBRO-ME
época da
Faculdade Federal Medicina em Pelotas,
no bairro do Fragata,
da disposição das mesas metálicas
e da temperatura fria...
e cheiro de formol
do centro de anatomia.
Um cheiro que ardia
nos olhos
era o formol,
pairava no ar..
sobre as salas de dissecação
de anatomia como o espírito
de um deus indiferente pairando
sobre as águas e corpos
e muito formol.
Minha escolha era aprender anatomia,
foi uma escolha que fiz ao
querer ser médico.
Faltavam cadáveres na escola,
por isso íamos ao necrotério...
Quando morei
em Porto Alegre dali 300 km
muitas vezes
ia ao necrotério.
Pensávamos então:"
Cadáveres frescos, que legal!".
Infelizes assassinados,
atropelados,
mortos mendigos,
sem atestados de óbito
caídos nas ruas,
cadáveres solitários,
chegavam todos
para nosso estudo de anatomia.
Eu, decidido a aprender
a manipular o corpo humano,
com uma objetividade
que fizesse inveja a qualquer colega
mais sensível,
escolhia o domingo ir a IML...
para revisão de anatomia
e ficava hora e horas sozinho lá ou alí
Por quê?
Porque as pessoas morrem de morte
violenta
com mais frequência na
sexta feira ou sabado à noite...
e ai tinha cadaveres frescos.
Talvez porque saiam
de seus empregos banais,
em que
elas vivem cotidianamente
sua condição de nulidade degradada,
e queiram sentir por alguns
instantes uma doce irresponsabilidade
com a vida.
alguém
próximo,
que hoje,
a palavra
"mal" vem
aos lábios,
e
a banalidade,
nos beija na boca.
LEMBRO-ME
época da
Faculdade Federal Medicina em Pelotas,
no bairro do Fragata,
da disposição das mesas metálicas
e da temperatura fria...
e cheiro de formol
do centro de anatomia.
Um cheiro que ardia
nos olhos
era o formol,
pairava no ar..
sobre as salas de dissecação
de anatomia como o espírito
de um deus indiferente pairando
sobre as águas e corpos
e muito formol.
Minha escolha era aprender anatomia,
foi uma escolha que fiz ao
querer ser médico.
Faltavam cadáveres na escola,
por isso íamos ao necrotério...
Quando morei
em Porto Alegre dali 300 km
muitas vezes
ia ao necrotério.
Pensávamos então:"
Cadáveres frescos, que legal!".
Infelizes assassinados,
atropelados,
mortos mendigos,
sem atestados de óbito
caídos nas ruas,
cadáveres solitários,
chegavam todos
para nosso estudo de anatomia.
Eu, decidido a aprender
a manipular o corpo humano,
com uma objetividade
que fizesse inveja a qualquer colega
mais sensível,
escolhia o domingo ir a IML...
para revisão de anatomia
e ficava hora e horas sozinho lá ou alí
Por quê?
Porque as pessoas morrem de morte
violenta
com mais frequência na
sexta feira ou sabado à noite...
e ai tinha cadaveres frescos.
Talvez porque saiam
de seus empregos banais,
em que
elas vivem cotidianamente
sua condição de nulidade degradada,
e queiram sentir por alguns
instantes uma doce irresponsabilidade
com a vida.
Na verdade, há um custo em ser
uma pessoa honesta
e séria na vida,
até ser politico
sempre fui preocupado
com as consequências dos seus atos.
Às vezes, uma vida correta se revela
uma forma de escravidão.
Muitas vezes não se ganha nada
com a bondade e a dedicação.
E aí, uma pequena desventura,
um acidente,
um tiro, um assalto,
e você pode acabar alegrando
a vida de um estudante ávido
em aprender anatomia.
Diante dessa constatação,
a palavra "mal"
vem aos lábios,
e a banalidade da vida destes humanos
nos beijam na boca.
Acho engraçado que
alguns estudiosos
das ciências humanas riam pensando
que gente grande
se assusta com frases como
"o mal não existe".
existe sim e esta na boca
dos bandidos e dos assaltantes e dos politico de merda
que tem por ai.
Até dos advogados,
comerciante etc,
de merda, que um dia tiveram
a sorte de ter algo
e se acham menos que merda,
Riem porque julgam
uma pessoa honesta
e séria na vida,
até ser politico
sempre fui preocupado
com as consequências dos seus atos.
Às vezes, uma vida correta se revela
uma forma de escravidão.
Muitas vezes não se ganha nada
com a bondade e a dedicação.
E aí, uma pequena desventura,
um acidente,
um tiro, um assalto,
e você pode acabar alegrando
a vida de um estudante ávido
em aprender anatomia.
Diante dessa constatação,
a palavra "mal"
vem aos lábios,
e a banalidade da vida destes humanos
nos beijam na boca.
Acho engraçado que
alguns estudiosos
das ciências humanas riam pensando
que gente grande
se assusta com frases como
"o mal não existe".
existe sim e esta na boca
dos bandidos e dos assaltantes e dos politico de merda
que tem por ai.
Até dos advogados,
comerciante etc,
de merda, que um dia tiveram
a sorte de ter algo
e se acham menos que merda,
Riem porque julgam
que dizer
"o mal não existe" se constitui numa autoafirmação viril da objetividade científica das ciências humanas.
O "mal" seria relativo às crenças culturais.
Aprendemos isso hoje no jardim da infância.
Nas ciências humanas,
a objetividade científica
se encontra em seu estado infantil e inseguro.
A verdade é que aquela humilde
de se dizer do bem existe mas não se sabe um limite.
Há uma maldição que exala
por todos os humanos que desnessaria
ou necessária fazer parte da vida...
da cobiça, e dos invejosos.
Ela é conquistada como
uma praga que vicia
e um virus que aleja e não mata
quem a conquista.
A palavra "mal" representa que mal existe no mundo,
uma "substância contaminante",
ela representa antes de tudo
a minha percepção de muitas pessoas
que o mundo me fez conhecer,
não faz sentido dizer seus nomes,
ele se encontra...por ai, em Videira,
e outros pequenos lugares.
E de que esta percepção se impõe
como insuportável.
O "mal" quando ele identifica no mundo
vem "a inveja" e leva um vazio que se ressente no "poder criativo" e
que por isso sempre esmaga
esse poder de criação
dos ser humano.
O "mal" é como um
"Coração em Trevas",
no fundo do mundo e da alma
quando ele existe
é um um princípe da desordem
e crueldade de alguém que sempre estará
mergulhado em trevas,
barrado e dominado
na força inerte, da hipocrisia,
mas que é tudo o que temos...hoje,
O "mal" se dissemania hoje por
todos os lugares
quando se diz que qualquer pessoa
de valor pode ser abatida como
uma bela gaivota, sem nenhuma
razão especial e ser tomada pela
indiferença das pessoas. Lendo Kant tem pode que ajudar
aos "cegos" que ainda acham uma
grande coisa afirmar que
"o mal não existe".
Segundo Kant, a razão tem
um princípio embutido
nela que se chama
"principio de razão suficiente".
O que vem a ser isso?
Buscar "suficiência" no mundo
é buscar sentido nele,
é esperar que, ao final, o sofrimento seja justificado
por algum bem maior.
Quando esse bem maior não surge,
a razão entra em agonia.
A "banalidade do mal" faz parte
da modernidade. que liga hoje por alguém
ser assassinado brutal ou não, um acidente,
um assalto simples com uma peixeira,
ou arma de fogo em punho,
um mundo...
que acha tudo isso algo
rotineiro não choca mais Eu e meus colegas ríamos
enquanto abríamos crânios
e espalhávamos sua gelatina cerebral
sobre a mesa metálica.
No intervalo, sanduíches,
Coca-Cola e cigarros (bons tempos).
Superar aquele mal estar "ingênuo" era parte essencial
de minha formação médica.
Depois, abríamos as gavetas
e pegávamos mais um.
Nos meus piores momentos,
ainda vejo aqueles crânios rachados,
"o mal não existe" se constitui numa autoafirmação viril da objetividade científica das ciências humanas.
O "mal" seria relativo às crenças culturais.
Aprendemos isso hoje no jardim da infância.
Nas ciências humanas,
a objetividade científica
se encontra em seu estado infantil e inseguro.
A verdade é que aquela humilde
de se dizer do bem existe mas não se sabe um limite.
Há uma maldição que exala
por todos os humanos que desnessaria
ou necessária fazer parte da vida...
da cobiça, e dos invejosos.
Ela é conquistada como
uma praga que vicia
e um virus que aleja e não mata
quem a conquista.
A palavra "mal" representa que mal existe no mundo,
uma "substância contaminante",
ela representa antes de tudo
a minha percepção de muitas pessoas
que o mundo me fez conhecer,
não faz sentido dizer seus nomes,
ele se encontra...por ai, em Videira,
e outros pequenos lugares.
E de que esta percepção se impõe
como insuportável.
O "mal" quando ele identifica no mundo
vem "a inveja" e leva um vazio que se ressente no "poder criativo" e
que por isso sempre esmaga
esse poder de criação
dos ser humano.
O "mal" é como um
"Coração em Trevas",
no fundo do mundo e da alma
quando ele existe
é um um princípe da desordem
e crueldade de alguém que sempre estará
mergulhado em trevas,
barrado e dominado
na força inerte, da hipocrisia,
mas que é tudo o que temos...hoje,
O "mal" se dissemania hoje por
todos os lugares
quando se diz que qualquer pessoa
de valor pode ser abatida como
uma bela gaivota, sem nenhuma
razão especial e ser tomada pela
indiferença das pessoas. Lendo Kant tem pode que ajudar
aos "cegos" que ainda acham uma
grande coisa afirmar que
"o mal não existe".
Segundo Kant, a razão tem
um princípio embutido
nela que se chama
"principio de razão suficiente".
O que vem a ser isso?
Buscar "suficiência" no mundo
é buscar sentido nele,
é esperar que, ao final, o sofrimento seja justificado
por algum bem maior.
Quando esse bem maior não surge,
a razão entra em agonia.
A "banalidade do mal" faz parte
da modernidade. que liga hoje por alguém
ser assassinado brutal ou não, um acidente,
um assalto simples com uma peixeira,
ou arma de fogo em punho,
um mundo...
que acha tudo isso algo
rotineiro não choca mais Eu e meus colegas ríamos
enquanto abríamos crânios
e espalhávamos sua gelatina cerebral
sobre a mesa metálica.
No intervalo, sanduíches,
Coca-Cola e cigarros (bons tempos).
Superar aquele mal estar "ingênuo" era parte essencial
de minha formação médica.
Depois, abríamos as gavetas
e pegávamos mais um.
Nos meus piores momentos,
ainda vejo aqueles crânios rachados,
da sala de anatomia.
Ali, aprendemos a objetividade científica na sua fonte:
e a banalidade da morte.
pensei isso diante
do lago de Itá
por isso as fotos...
diante da beleza..
pensando
na maldade humana
Foto e Texto
Rebel