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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Rodin And Michelangelo

Contemplar, eis uma escultura. O Pensador, do francês Auguste Rodin (1840-1917), pode  se fazer
mas não fique menos religioso.
...
A frase soa como  loucura, 
mas esse é um dos achados de um estudo da revista Science.

O Pensador é a principal obra do escultor francês Auguste Rodin.
A obra original, em bronze, foi criada
em tamanho reduzido em 1880, mas em 1904,
Rodin decidiu ampliá-la para 1,80 m.
A intenção inicial era representar 
Dante em frente dos portões do Inferno.
Posteriormente, 
Rodin autorizou a produção 
de vinte réplicas da escultura.
O rigor técnico e a monumentalidade 
da obra são notáveis. Tecnicamente 
exprime a admiração 
que Rodin nutria por Miquelângelo.
O próprio nu é entendido como um elemento 
de influência daquele gênio do Renascimento.
Numa breve reflexão sobre o significado desta obra, é impossível escapar à pergunta: em que pensa o pensador.
Aquela imagem de meditação profunda, 
aquela atitude de introspecção meditativa não apela, para o simples ato de raciocínio.
Talvez pense na natureza dos próprios pensamentos. 
Porque pensar é também um ato que advém da alma e não apenas da inteligência. 
Na verdade, pensar é muito mais que raciocinar. 
O cérebro pode escravizar e alienar o ser humano, 
tanto quanto a sua dimensão física.
Aquele que pensa eleva-se a um patamar 
muito acima do mundo físico e mesmo intelectual.
O pensador de Rodin está no extremo oposto ao homem físico, 
ao homem-músculo, 
primitivo e banal,
que vive no mundo vegetal da força bruta. 
No entanto, o Pensador eleva-se, ainda, acima do homem que pondera e calcula. 
Ele entrou no domínio da alma, o maior dos universos. 
Para lá do físico, para lá do cérebro está a alma, o espírito, a dimensão maior do Humano. 
O pensador de Rodin pensa e sente, talvez chore e ria,
talvez o faça apenas dirigindo-se ao seu próprio interior. 
Porque a nudez do corpo 
nada diz sobre a imensidão do seu íntimo. 
A nudez exprime a dimensão estética; 
a reflexão explora toda a dimensão da alma.
Talvez hoje, mais de um século passado sobre a obra de Rodin, seja necessário pensar um pouco mais na inutilidade da dimensão física 
e na escravidão do raciocínio.
Talvez o convite 
deste pensador seja 
o retorno 
ao universo imenso 
e encantador da alma,
onde a poesia 
e a arte preenchem 
a espírito, onde o
sentido da vida se
resume ao 
verdadeiro sentir, 
ao mundo encantado 
mas 
profundamente humano 
das emoções 
e dos sentimentos; 
ao universo infinito 
onde se encontra 
a alegria, o amor 
e a felicidade.
Eis o 
PENSADOR....
de Rodin.
Davi 
de 
Michelangelo, 
tem inspiração 
nos heróis gregos..