Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

ALONE

No lindo azul do rio..
mergulhado..o olhar
Há dentro do rio..
a singular árvore...
...
No lindo 
azul do rio..
mergulhado..o meu olhar
Há dentro do rio..a árvore
Há uma beleza da árvore 
assim, só, 
dentro do rio...
ela é única 
e na foto também,
como somos únicos.
Para mim nunca 
existiu nada tão 
importante como 
a família...
ela é única.
Dentro dela.. 
há as coisas lindas,
há as coisas não muito lindas
ou as mais que lindas
e essas as boas e a as não tão boas,
que ficam sempre na mente..
eternamente.
Quem na vida não tem estes 
sabores e dissabores, 
contente ou não, digo 
um pouco daquilo 
que a gente sente.
De lá vêm nossas dores, afetos, 
esperanças, pensamentos, ciúmes, 
rivalidades, frustrações e vaidades...
disso que eu vou escrever. 
Na família, antes de nós, já existem... 
outras pessoas e coisas,
claro, mas importam muito ou pouco,
são ou não importantes 
ou meramente acessórias,
Pessoas  e coisas, existem apenas..
ou existem para nosso prazer..
Para quem vê tudo, como um 
amontoado familiar, ou uma 
família veramente,
tudo isso faz parte de meu olhar, minha leitura. 
para que eu possa desenrolar este blog plenamente.
Já era assim na 
Familia Rebellato e Dalmolin.. 
"um patriarcado"..
ali tudo era família, tudo era feito por ela, 
para preservá-la.
Não por acaso, eu trago para meus dias, meu pai*Rebellato..,
minha mãe*Dalmolin 
Quando os membros ou não, de cada família são críticos e falam até das últimas, de mim, eu limito-me a dizer algo assim: Familias existe até quando querem nos ferir, ferem mas há nelas quem nós amamos.
Este Blog é o retorno meu, à família, à questão familiar neste momento que é possivelmente o mais importante...
minha mãe doente..
viva até aqui.. 
dezembro, 2010.
FUGA só....foi em 1972..
a Curitiba..
agora não fujo mais e nada. 
Aliás,  Curitiba é o nome que  eu adotei como o arranque mais conhecido em minha vida na juventude, como Tôni, o jovem seminarista que some voluntariamente de Iomerê e de casa, quando vou bater na  casa de Camilianos Padres amigos em Curitiba.
Soa como quem foge do pai...mas foi, 
mas foi de forma consciente..
foi assim..fugir do poder esmagador dele, 
do grande, do progenitor da família, daquele que quer para si todo poder, toda a glória e também todas benesses, até hoje, não sei se foi também com todas as mulheres (como  é do meu pai, então  não esqueçamos).
Após passar por um Seminário de PADRES..
ONDE vivi com amigos e colegas, recebi uma visita de meus pais em 3 anos, algo indesejável, mas tudo aquele momento relembrado me religa à família, ao pai, a mãe.
Mas..a tragédia familiar recomeça em 1993, com ela, a lembrança terrível da doença psiquiátrica de meu irmão, Paulo, com 35 anos na época..
Sei que, antes já  se esmagara todos os meus laços, pai e filho, quase me arrasou a minha vida isto nos anos 70...quando fui morar lá em Curitiba. 
Fugi da loucura...
então sou um sobrvivente. 
Mas, sobretudo, é isso, a doença do meu irmão no anos 90, que remexe todos os papéis dentro da familia. 
Os meus pais não admitiam a doença, a sua separação de sua mulher, foi a gota d'agua quando ainda estava internado.
E que, agora, não nada que se pretende rever...dito apenas. 
Então chegamos ao anos 2010, a vida ou sobrevida, mais especificamente, a minha mãe.
E nesse momento que é muito claro..ressurge todas boas  e más experiências, suportadas, é possivel fazer a leitura do momento e toda relação familiar é, em algum nível, suportável mas no todo é mais insuportável. 
Todo o resto muita coisa pertence a um universo não das familias, mas do dito agrupamento familiar, que minha familia se tornou.
Meus avôs Dalmolin eram uma celebridade...
Sílvio nasceu na Italia, foi soldado e nunca se naturalizou brasileiro..
Catarina nasceu na Itália também.
Não é outro, aliás, o papel deles..símbolos, algo que me ajudou a suportar... 
Alone tudo isso..
Ainda há as temidas criticas distribuídas entre os membros da família...
a mim até hoje. 
Mas a vida minha não é isso.
Sempre soube que  se trata-se de buscar o cerne das coisas, da existência, daquilo que nos tornamos, aquilo que faz de nós sermos o que somos ou que não somos, aquilo de que se fala. sem falar, um olhar apenas, porque é impossível dar conta, de tudo, de todos os anos, e foi um longo caminho.
É isso "doença de minha mãe" é uma "banana"..um alô para a dor inescapável dos laços, também inescapáveis, da família, e da tragédia...familiar.
Porque, se não há felicidade possível, ao menos que exista a beleza, no convivio com meus avôs, os que me parecem a toda hora, a me dizer,
este cara é um grande e tudo soa na mente como uma lembrança sublime....
dentro da  família...
Há uma outra luta..agora..
Lágrimas que choramos..
de todos os tipos de venenos..
Mas meu sangue..
é o deles também...
sem venenos.
Eu levei tudo até aqui..
e não há como corrigir os erros
Apenas quero que minha mãe não vá embora..
sem dizer..
Adeus
Se não eu posso acreditar que ela não se foi, sei que ela está me esperando para um Adeus..
Isso realmente 
eu sinto perto do Natal de 2010.
Todos sentem isso..
há esta esperança...
dizer que sempre a amei, que sempre foi querida
e  que eu sempre senti isso de todos, que todos os seus e meus problemas terão ido,
que tudo continue.. 
em mim e que nada de volta vem, para mim, sei que isso não diz que todos os problemas acabaram.
Mas o tempo é de Natal, 
a forma que no tempo os sentimentos puxam a gente, 
lembrar que tem sido 
um longo tempo..
meu tempo é tão longo...
lembrando tudo.
E eu não posso parar..
por isso..se não o fizer, tempo será mais longo..
maior se eu não buscar o seu abraço.
Pensando..
eu vou agora..
a pouco olhei para cima e vi o sol..da tarde tão triste..
E  achei que não conseguiria ver..
num dia que era tão chuvoso...
cai  a tarde..
cai minhas resistências...
em mim o mundo, não para de girar nem vou me sentir pra baixo, com dores, afetos, esperanças, pensamentos, ciúmes, rivalidades, frustrações, vaidades.
Demorei, mas
Eu consigo ver..
consigo entender,
isso assim..
só...
alone.