Cresci ouvindo
os pássaros..
Andando no rio.
Cercado de pessoas..
tios,
tias
e avós,
pais
e vizinhos.
Brincando
de tabuinha
na grama..
Hoje a vida
é muito
diferente..
talvez
mais pobre
Hoje a reflexão
e outros interesses
culturais
que são deixados
de lado
A vida se
resume a
sucesso profissional...
Ganhar o
máximo
de dinheiro,
ter família,
casa grande..
Consumismo,
individualismo,
carreira.
A vida
contemporânea,
apesar dos avanços
materiais, ]
é mais pobre.
Hoje sou adepto de
caminhadas no campo...
vejo com pessimismo
a rotina moderna de
hiper conexão na web,
que leva à dispersão
e à falta de tempo
para a reflexão...
no caminho
a superficialidade
e o poder das finanças.
Num lado as pessoas
que não têm muito
tentam viver o tipo de vida
que eles acham que
aqueles que ganham
muito dinheiro têm.
É focada em ganhar
vantagem.
Consumismo e individualismo.
A pressão para
o avanço profissional
e o sucesso
é muito profunda.
É ser um empreendedor.
Isso envolve risco
e ousadia
e é inatingível para
a maioria das pessoas. Existe também a ideia
de que o indivíduo é
o único responsável
pelos seus fracassos,
sem considerar a situação social,
econômica e política, certo..
Exato.
Essa é a mentalidade.
É o que falam para as
pessoas pobres, com
baixa escolaridade.
Que é responsabilidade delas.
O fato é de as pessoas
hoje estarem sempre
conectadas
muda a forma de pensar
drasticamente.
A atenção das pessoas
é menor hoje,
elas leem menos.
Quase nenhum dos
meus colegas lê livros
em papel...
que muitos nunca tenham
segurando um livro.
As pessoas leem na tela.
E se ninguém lê livros
se pode pesquisar no Google.
É perturbador.
Em geral, há menos tempo
para a reflexão..
As pessoas gastam tempo
nenhum em reflexão.
Raramente se veem
pessoas sozinhas andando
sem estar com fones de ouvido,
telefones.
Vejo isso da janela de casa
Conto quantos estão
sozinhos sem falar ao telefone.
O número é muito pequeno.
As pessoas vivem
melhor do que há 50 anos.
Os negros, apesar de ainda
estarem pior do que os brancos,
vivem melhor.
Mas, a vida contemporânea,
a maioria das pessoas
tem vidas menos ricas
do que as que viviam
confortavelmente
há 50 anos.
Suas vidas são menos ricas,
não economicamente. As pessoas pensam em preencher
suas vidas com coisas,
não têm interesses variados.
Ler livros, ver pinturas,
escutar música, caminhar
pela natureza,
tudo isso trazia uma vida
mais rica do que
ficar em frente à TV,
falar ao celular,
entrar em redes sociais.
A amizade mudou.
Hoje é clicar no computador.
Não é mais falar,
olhar e fazer coisas junto... Pesquisa:
o filósofo
canadense
Barry Stroud,
79, professor da
Universidade
da Califórnia
em Berkeley.
...
Andando
no
contorno
sul
de
Videira