Os filhos crescem ou edificam sua vida focando no sucesso e alguns tem medo de decepcionar ou desapontar os pais, uma realidade.
E que é ainda mais surpreendente é a diversidade nos mesmos irmãos. A educação é a mesma, a herança genética é próxima, mas nada é igual entre irmãos.
Que responsabilidade..
Irmãos, vivem entre a solidariedade e a rivalidade.
O problema é que os filhos não acreditam nesse amor incondicional e monolítico dos pais e se encarregam, ao longo da vida, de relembrar aos pais alguns episódios autobiográficos que contradizem suas palavras tranquilizadoras.
Ficam alguns no tempo e se traduz em ressentimentos, e os pais são apanhados de surpresa Tipo...minha irmã fazia o que queria. Nasci tarde demais. Não fui desejada. Sou um acidente.
Aquele dia fugi de casa sem perguntar ou dizer a ninguém. Isso teria acontecido com minha irmã.
Coisas que acontecem.
Ser o filho primogênito ou a filha...ou filho mais novo, filhos gêmeos... não foi o meu caso.
Existem vantagens e desvantagens em cada caso. Então eu tive um irmão mais novo que estava desequilibrado..e morreu em 2020. A carga mental não é necessariamente a mesma dependendo se você é uma menina ou um menino, porque homens e mulheres são simplesmente diferentes e funcionam de maneira diferente. É, hoje em dia, óbvio que devemos lembrar sabendo que isso pode fazer você mudar para o bem ou mal no campo dos bandidos ou ser um marginal dependendo de como você é educado.
Sou o quinto filho, de uma família de dez(10) desde o momento em que tive idade para entender certas coisas, meus pais e mais meus avós maternos do Vêneto italiano, foram exemplos bons. Nascidos no fim do século XIX, os avós maternos os Dalmolin eram italianos, nunca se naturalizaram brasileiros, se fizeram, um exemplo a seguir. Na vida, Silvio Dalmolin meu avô, se fez brilhante, sem estudos científicos, mas sua posição firme e obstinada, no trabalho, levaram a se tornar um bom homem da agricultura.. Serviu de exemplo a seguir porque o meu pai não seguiu as pegadas do meu avô materno que faleceu depois de ver a Itália no futebol, perder para o Brasil em 1970. A partir dos 30 anos, o meu irmão mais novo que eu que infelicidade, começou a ter problemas psicológicos ligados, grande parte à depressão e acabou por abandonar a profissão e se tornou um maltrapilho nas ruas de Videira, causando muito sofrimento a mim e todos meus filhos, pois quando tinha surtos ou períodos psicóticos, fazia coisas absurdas como ser violento no portão da minha casa ou no meu consultório. Tendo hoje meu pai já falecido e minha mãe idem. Mas muito cedo meu irmão teve problemas, a minha mãe admitiu ter cometido um erro na educação. Pessoalmente, tenho 3 filhos adultos, um do sexo masculino e duas filhas do sexo feminino e nunca tentei fazer do meu filho ou minha filha mais velha um exemplo para os irmãos.
*Sim, não é fácil ter sido filho a mais numa prole numerosa e depois já não o é, quem só têm a mãe em tempo parcial.
Leio as histórias do príncipe Willian e Harry nada tem a ver comigo, de semelhanças. As crianças, que recebem total atenção dos pais e, sempre querem ser sempre, o centro das atenções.. atrapalha isso em sua maturidade. Os mais velhos geralmente buscam mais status e poder. Caçulas tendem a ser mais liberais do que os primogênitos em suas atitudes sociais. Os mais jovens possuem mais facilidade em se relacionar com pessoas.
*Nunca nutri invejas ou ressentimentos quando jovem mas depois de adulto aí mudou, há outros interesses envolvidos, esposas, filhos etc.
O primeiro dos meus irmãos, me ajudou a desvendar o mundo dos anos 60, da música e livros, então ele foi como uma espécie de herói... mas não é mais hoje.
Nós os vemos como líderes de clãs...
E se fossem vítimas de uma carga mental insuspeita... talvez.
Adorei ser o quinto mais velho...o do meio. É uma ótima posição. Aterrissamos quase que em um território virgem, sem nenhum exemplo esmagador à nossa frente. Acho que foi isso que me permitiu mudar de carreira alguns anos atrás. Da mesma forma que gostava de brincar com colegas de escola e com minhas professoras como era com meus irmãos, hoje temos sérios problemas de relacionamento, envolvendo herança etc.
É muito mais complexo e, de qualquer forma, ter uma família grande e não é trivial, na medida em que é você, só mais um e nada acrescenta um novo irmão que surge ou não acrescenta nada as relações intrafamiliares. Os mais velhos são nutridos com amor exclusivo antes da chegada dos seguintes, é uma boa vantagem, mas a gente tinha intervalo de 2 anos entre um e outro.
Por um tempo, eu desfrutei não sozinhos do amor maternal...pois meu irmão mais novo, chegou 2 anos depois de mim.
Há uma verdadeira quebra de valores entre os filhos e pais do meu tempo e a geração atual.
Não há paralelo dos meus anos e hoje.
Muito interessante a psicologia do mundo atual que é banal.... Somos vítimas, de uma certa "preguiça" em movimento. Enquanto isso, país🇧🇷está em colapso, por gente que se abriga no esquerdismo, nunca pensa em trabalhar, mas quem importa.
E quando há um assunto assim os mais velhos ficam inquietos, com uma série de meninos ou meninas nascidas em anos posteriores.
Mas é uma comparação fascinante.
Fácil estar falando de algo outrora interessante em uma idade que cada um deveria ser ou estar despreocupado, diferente e os filhos não dependendo pais, no financeiro, intelectual, mental. Não muitos provavelmente não que têm muito a dizer ou não relevante... não, diferença, não, não quero dar-lhes palavra aos jovens aqui.
Esquisito no mínimo.
Os Baby Boomers à Geração Z...
Sabemos, hereditariedade ambiente familiar participam diretamente da construção personalidade e muitas diferenças como hábitos, comportamentos, escolhas podem explicadas nesta estratégica diferenciação de cada um, alteram hábitos alimentares para não competir pelos recursos e os irmãos ocupam diferentes famílias de características diferentes.
A psicologia diz.:Homens primogênitos tendem a ser os "machos alfas" de seus grupos. Os primogênitos de ambos os sexos também são mais agressivos e mandões.
Bela frase.: agressivos e mandões.
Homens que são caçulas tendem a possuir muitos estereótipos de personalidade considerados "femininos", enquanto que as mulheres primogênitas tendem a possuir traços de personalidade comumente aceitos como "masculinas". Por serem criados cheios de mimos, os caçulas são mais sensíveis e frágeis. Já as mulheres primogênitas são cobradas a ter responsabilidade cedo e se tornam mais firmes.
Caçulas homens são mais propensos do que os primogênitos homens a se tornarem homossexuais.
Primogênitos são mais ciumentos do que os caçulas. Importa a criança receberem total atenção dos pais sem ser sempre o que querem ser o centro das atenções. Os mais velhos geralmente buscam mais status e poder. Por não terem necessidade de reafirmar seu espaço, os caçulas são menos conservadores, inclusive em suas atitudes. Eles não aceitam lideranças autoritárias e tradicionalistas.
Primogênitos são mais propensos do que os caçulas a adotarem as atitudes políticas de seus pais, carregam mais expectativas e serão mais cobrados. Os mais velhos normalmente tomam decisões alinhadas com o posicionamento da família. Isso também é válido para decisões de carreira, que eles costumam seguir a mesma profissão dos pais, por exemplo.
Nos anos 60 a gente queria festas e para mim não tinha muita bebida, viver livremente mas estudar, trabalhar cedo. Foi isso que eu fiz.
Jack Kerouac, no livro "on Road", na estrada inspirou-me empacotar todos meus pertences e ir para Curitiba estudar... mas ficou só nisso. Foi uma das melhores decisões que já tomei.
Feliz por estas leituras de Jack Kerouac, pelo menos, colocam-me que o amor da estrada, é comum, menos comigo e mais com meus filhos que viajam muito. Estou sempre feliz por eles estarem sempre com pé estrada...dois moram na Inglaterra.
Mas Freud escreveu a Thomas Mann em 1936: sobre Napoleão Bonaparte, o segundo filho de uma família numerosa e na tradição corsa, o mais velho é respeitado com um temor sagrado. Eliminar Joseph, seu irmão mais velho, para ocupar o seu lugar: foi para Napoleão o sentimento motriz da sua existência, daí a sua loucura de conquistas, a sua forma de expurgar o seu ódio. Só que isso é história.
Relacionamentos de irmãos moldam a história, religiões, cinema, mas também a literatura. Releiamos a parábola do filho pródigo, do Evangelho segundo Lucas, também chamada de parábola do filho encontrado, recebido de braços abertos quando partiu e esbanjou a fortuna que lhe foi tirada da família. Rápido,
traga-lhe o melhor vestido e vamos festejar, disse o pai, para grande desespero do irmão mais velho, que só havia seguido os preceitos do pai: diz...Há tantos anos que te sirvo e você nunca festejou comigo, ele se desespera... Vamos reler os contos de Grimm, Perrault, as peças de Shakespeare, os romances de Dostoievski, etc, todas histórias cruéis, alimentadas pelas grandes questões do poder, da felicidade, do amor, do ódio e da preferência, cujas consequências podem ser devastadoras.