Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

terça-feira, 30 de abril de 2024

Leather Jacket

....
Nunca deveríamos perder
minutos preciosos
da vida pensando 
em pessoas que a gente 
não gosta...
Tudo na vida é
importante e cada momento tão precioso.
Meu blusão de couro,
não está ai..nem o jeans, só o óculos ray-ban é o mesmo dos tempos de Pelotas.
Eu mudei mas continuo 
o mesmo, cara legal.
...
Sou este cara,
Médico que chega aos 60.
Assim é a vida,  
nunca teremos 
reconhecimento
algum, fora do dinheiro 
que temos ou podemos 
ter.
Dinheiro 
é importante 
dentro da lógica 
e anseio 
capitalista, 
da 
vida ordinária,
do ter, mas nada é 
tão importante 
quanto ser... 
Ser alguém cheio
de afeto e
a espiritualidade...
...
O passado, vem ás vezes 
à mente, mas não é tudo,
que penso...mas o passado
é algo que sinto ás vezes, 
agitando a mente, assim
sinto, escrevendo tudo isso,
sinto que faltou algo,
no tempo 
que passou,
eis, nossa imperfeição.
Se há algo que melhor
nos faz humanos
é a dita imperfeição.
Como 
um sonho
presente, ou um velho sonho ou sonho
antigo, vejo todas coisas
que não fiz e outras
que já fiz,
que se tornaram
velhas.
Mas a história continua..
Um dia após 
o outro, ando cercado 
de passados
e realidades tão
próximas.
Meu computador...
ao som de 
Belchior, toca.. 
Tudo outra vez..
Fecho os olhos, lembro
o tempo que se foi,
tudo é meio perda
de tempo.
Voltar ao passado,
é ser nostálgico ou
saudosista,
mas...
Sentir,
criar,
pensar, 
em algo não poderia
ser  diferente, sem levar em conta coisas que existem só

no passado e nada
está perdido.
A poesia..
A canção..
fazem parte 
do momento.
A alma tem a ver como
uma canção repetitiva
.
O tempo se impõe,
na distância de tudo.
O amor que se foi
meus avós, minha infância,
num lugar que vivi.
Talvez só por pensar,
já há algum tipo
de afeto..
isso, emoção intensa,
seja por assim dizendo,
algo melhor, 

mesmo longe...
Num mundo,
de pessoas com sentimentos fluídos
excessivamente,
presas ao cotidiano
e por isso, onde
só sobrevivem coisas
do dia a dia...
e o novo logo 
vence o velho
e o novo 
fica velho
e logo descartado,
são tudo emoções tão passageiras.
Em meio a isso,
tenho o cuidado
de não tornar-me
um refém das
vivências passadas...
e nem um ressentido.
Muita coisa na
vida da gente é vaidade,
mas não é tudo,
digo,
"nem tudo é vaidade".
Neste instante,
experimentei,
a sensação
de voltar na
Vila Bressan,
em que vivi ali, já não
vendo lugares cheios 
de árvores,  apenas
o rio poluído. 
O trem se foi
como quem diz pra si, 
em sua mente,
aqui foram 
dias felizes
da minha vida.
Lugares que
remetem a momentos
passados 
há 50 anos atrás, numa
rápida emoção, que
vem aos olhos, 
no passado feliz
que não existirá mais.
Essa catarse de
relembrar,
belos momentos,
instantes lindos da minha vida,  
afeta muito
o presente, 
apenas sou
daqueles que
valorizam
antepassados.
Há poucos dias,
uma amiga 
disse-me
que considera
uma mentira
a ideia de que
sempre amamos
nossos pais 
e familiares.
Concordo com ela.
Acho que talvez
possamos mesmo,
não sofrer tanto,
imaginar a vida assim,
ao imaginar que nem
sempre nossos familiares
são  escolhas afetivas
nossas, significa dizer
que nem sempre 
amamos todos eles.
Tudo mais parece
essas idealizações
que alimenta o mito
de que a família é  algo
que nos é tão precioso embora imposta,
de quem
a gente ama sempre e
será sempre fiel.
Nem sempre há
solidariedade 
e amor
ou algo assim,
que retroalimenta a vida
de seus membros.
Ao contrário,
acho que, às vezes,
pode ser mortal
para seus
membros
porque mesmo o amor,
às vezes, não é presente
e há ódio e rancor 
em cada coração
que aniquila uma família.
Admitir isso que
não rola amor sempre, é um  fim deste mito.
Tenho alguns amigos,
mas não muitos,
é claro que 
pensam assim..
A generosidade e a decência, nem
sempre é algo presente
na família.
Sou um 
cara meio
chato
e de prazeres
solitários, por isso,
me esforço
em relembrar,
mas confesso que 
admirei
muito meu
avôs Silvio
e
Catarina Dalmolin.
Pensar
que eram
além 
dos outros,
pela amizade
sincera e
sua generosidade é
quase tê-los  
sempre presente
ao meu redor.
Tudo de bom
que
aconteceu
louvo mas quando
as coisas vão mal
me faz supor que,
afinal,

alguém que
carregamos
na palma da mão
com a gratidão do mundo...
Na minha
consciência
é que temos sim,
um
lento
caminhar
pelo mundo,
mas é sempre
muito solitário.
Quantas vezes
tivemos
momentos
atormentados
pelo sentimento
de insignificância,
ingratidão 
e indiferença.
Quantas vezes
atitudes nossas
pereceram desprezadas e sozinhas,
diante da 
incompreensão,
na espera 
de um afago,
uma resposta,
que não veio e não virá.
Quanto afeto e gratidão
se perderam
nestes anos..
Eu sei que
tudo pode
 
parecer
tão volúvel e insensível,
mas coisas assim
acontecem.
A
vida com afeto ou amor...
são  essenciais
não tê-los é  nada.
Amor é algo 
desejável, acontece
em muitos lares, 
o amor não 
está presente sempre
entre  familiares 
ou em parte deles.. 
A vida sem afeto, é amarga,
fica insuportável..
e foi isso em parte,
o que vivi,
o que vi,
o que senti, em 
muitos
momentos, 
que já rememorei
e comigo entendo,
o que a gente
não deve estar
sempre procurando, 
reviver
anos dourados, 
mas
a gente vive 
sempre
os anos 
dourados
por
 
estar vivo
e com saúde.
Até parece que 
foi ontem, mas assim,
nem tudo está  
perdido, 
emoções vive-se...
Tudo outra vez..

Good ideas III

A introspecção pode nos tornar heróis de nossa história. Que o silêncio possa trazer paz e restauração da harmonia..no sua mente..
Lugares assim são regeneradores de boas ideias.




On the road

"The Sea Is My Brother", 
é primeira obra de Jack Kerouac...escrita 
em 1943, aos 21 anos...
Jack Kerouac,
sabia o que desejava
quando rabiscou 
o seu primeiro livro. 
Agora nos Estados Unidos 
e no mundo..
como faz algum tempo 
é uma situação em que
tudo o que Kerouac 
escreveu será publicado..
"A obra mostra como 
existem muitos
elementos do processo criativo de Kerouac
usados antes de ele 
conhecer o amigo 
e inspirador Neal Cassady",
*a primeira mulher de Neal Cassady 
é inspiradora de Marylou,
personagem do romance 
de Jack Kerouac...
em "on the road"
Cassady foi o catalisador de Kerouac.
Ele inspirou o personagem
Dean Moriarty em 
"On the Road - Pé na Estrada",
a obra maior do autor beatnik 
publicada em 1957...
.....
 "The Sea Is My Brother",  
foi escrito à mão
na primavera de 1943.
"'The Sea Is My Brother' 
oferece revelações
sobre o desenvolvimento 
da prosa espontânea
que tornou Kerouac famoso"...
Kerouac classificou o romance 
de "simples revolta
de um homem contra 
a sociedade com 
suas desigualdades
e agonias..suas".
o livro mostra 
"um indivíduo em confronto
com seu idealismo juvenil e com um país em guerra".
"The Sea Is My Brother",  
tem forte teor autobiográfico.
Registra a temporada 
de Kerouac na Marinha Mercante
e a sua personalidade dualista,  dividida
entre o marinheiro, 
uma figura aventureira,
e o homem terrestre e sedentário.
A contradição 
se dissolve na interação 
entre os personagens
Bill Everhart e Wesley Martin.
O primeiro entra para 
a Marinha Mercante 
após conhecer Martin.
Everhart busca algo 
mais "real e estimulante"
do que "o conhecimento livresco".
Ele representa 
o desejo de Kerouac
por "experiências diretas".
A publicação de 
"The Sea Is My Brother"
quase 70 anos após 
ser escrito foi criticada
por  Muitos dizem que
Kerouac considerava 
essa obra "um fiasco literário".
...
Ah..a mulher  inspiradora 
de  Marylou, personagem do romance de Jack Kerouac...em "on the road" era uma
adolescente hipersexuada, 
e há uma liga
entre o marido indomesticável
e um Kerouac ainda careta.
Esperar e ver..
Marylou, 
No filme  
e na vida....
"Kerouac e Cassady 
precisaram
daquele estímulo"...
em On the road.

Rebel anthem

Este é um hino dos inconformados..
Não há nada que eu possa fazer,
A não ser sair viver sem destino, cantando este hino dos descontentes,
Sonhe amigo,
Sonhe brother,
Sonhe sister,
Vão continuar te enganando...
Os mesmos de sempre..
Nada vai mudar
Nesta cidade...
Aguas vão continuar barulhentas.








Sons and brothers

Vivemos num mundo em que há uma verdadeira quebra de valores entre os pais e filhos na geração atual. Os pais fizeram carreira por mérito, por suas habilidades e seu trabalho, e agora tudo isso com os filhos, tudo é substituído pelo sexismo "paritário" e suas consequências, e as estratégias de igualdades raciais etc.

Os filhos crescem ou edificam sua vida focando no sucesso e alguns tem medo de decepcionar ou desapontar os pais, uma realidade.
E que é ainda mais surpreendente é a diversidade nos mesmos irmãos. A educação é a mesma, a herança genética é próxima, mas nada é igual entre irmãos.
Que responsabilidade..
Irmãos, vivem entre a solidariedade e a rivalidade.
O problema é que os filhos não acreditam nesse amor incondicional e monolítico dos pais e se encarregam, ao longo da vida, de relembrar aos pais alguns episódios autobiográficos que contradizem suas palavras tranquilizadoras.
Ficam alguns no tempo e se traduz em ressentimentos, e os pais são apanhados de surpresa Tipo...minha irmã fazia o que queria. Nasci tarde demais. Não fui desejada. Sou um acidente.
Aquele dia fugi de casa sem perguntar ou dizer a ninguém. Isso teria acontecido com minha irmã.
Coisas que acontecem.
Ser o filho primogênito ou a filha...ou filho mais novo, filhos gêmeos... não foi o meu caso.
Existem vantagens e desvantagens em cada caso. Então eu tive um irmão mais novo que estava desequilibrado..e morreu em 2020. A carga mental não é necessariamente a mesma dependendo se você é uma menina ou um menino, porque homens e mulheres são simplesmente diferentes e funcionam de maneira diferente. É, hoje em dia, óbvio que devemos lembrar sabendo que isso pode fazer você mudar para o bem ou mal no campo dos bandidos ou ser um marginal dependendo de como você é educado.
Sou o quinto filho, de uma família de dez(10) desde o momento em que tive idade para entender certas coisas, meus pais e mais meus avós maternos do Vêneto italiano, foram exemplos bons. Nascidos no fim do século XIX, os avós maternos os Dalmolin eram italianos, nunca se naturalizaram brasileiros, se fizeram, um exemplo a seguir. Na vida, Silvio Dalmolin meu avô, se fez brilhante, sem estudos científicos, mas sua posição firme e obstinada, no trabalho, levaram a se tornar um bom homem da agricultura.. Serviu de exemplo a seguir porque o meu pai não seguiu as pegadas do meu avô materno que faleceu depois de ver a Itália no futebol, perder para o Brasil em 1970. A partir dos 30 anos, o meu irmão mais novo que  eu que infelicidade, começou a ter problemas psicológicos ligados, grande parte à depressão e acabou por abandonar a profissão e se tornou um maltrapilho nas ruas de Videira, causando muito sofrimento a mim e todos meus filhos, pois quando tinha surtos  ou períodos psicóticos, fazia coisas absurdas como ser violento no portão da minha casa ou no meu consultório. Tendo hoje meu pai já falecido e minha mãe idem. Mas muito cedo meu irmão teve problemas, a minha mãe admitiu ter cometido um erro na educação. Pessoalmente, tenho 3 filhos adultos, um do sexo masculino e duas filhas do sexo feminino e nunca tentei fazer do meu filho ou minha filha mais velha um exemplo para os irmãos.
*Sim, não é fácil ter sido filho a mais numa prole numerosa e depois já não o é, quem só têm a mãe em tempo parcial.
Leio as histórias do príncipe Willian e Harry nada tem a ver comigo, de semelhanças. As crianças, que recebem total atenção dos pais e, sempre querem ser sempre, o centro das atenções.. atrapalha isso em sua maturidade. Os mais velhos geralmente buscam mais status e poder. Caçulas tendem a ser mais liberais do que os primogênitos em suas atitudes sociais. Os mais jovens possuem mais facilidade em se relacionar com pessoas.
*Nunca nutri invejas ou ressentimentos quando jovem mas depois de adulto aí mudou, há outros interesses envolvidos, esposas, filhos etc.
O primeiro dos meus irmãos, me ajudou a desvendar o mundo dos anos 60, da música e livros, então ele foi como uma espécie de herói... mas não é mais hoje.
Nós os vemos como líderes de clãs...
E se fossem vítimas de uma carga mental insuspeita... talvez.
Adorei ser o quinto mais velho...o do meio. É uma ótima posição. Aterrissamos quase que em um território virgem, sem nenhum exemplo esmagador à nossa frente. Acho que foi isso que me permitiu mudar de carreira alguns anos atrás. Da mesma forma que gostava de brincar com colegas de escola e com minhas professoras como era com meus irmãos, hoje temos sérios problemas de relacionamento, envolvendo herança etc.
É muito mais complexo e, de qualquer forma, ter uma família grande e não é trivial, na medida em que é você, só mais um e nada acrescenta um novo irmão que surge ou não acrescenta nada as relações intrafamiliares. Os mais velhos são nutridos com amor exclusivo antes da chegada dos seguintes, é uma boa vantagem, mas a gente tinha intervalo de 2 anos entre um e outro.
Por um tempo, eu desfrutei não sozinhos do amor maternal...pois meu irmão mais novo, chegou 2 anos depois de mim.
Há uma verdadeira quebra de valores entre os filhos e pais do meu tempo e a geração atual. 
Não há paralelo dos meus anos e hoje.
Muito interessante a psicologia do mundo atual que é banal.... Somos vítimas, de uma certa "preguiça" em movimento. Enquanto isso, país🇧🇷está em colapso, por gente que se abriga no esquerdismo, nunca pensa em trabalhar, mas quem importa.
E quando há um assunto assim os mais velhos ficam inquietos, com uma série de meninos ou meninas nascidas em anos posteriores.
Mas é uma comparação fascinante.
Fácil estar falando de algo outrora interessante em uma idade que cada um deveria ser ou estar despreocupado, diferente e os filhos não dependendo pais, no financeiro, intelectual, mental. Não muitos provavelmente não que têm muito a dizer ou não relevante... não, diferença, não, não quero dar-lhes palavra aos jovens aqui.
Esquisito no mínimo.
Os Baby Boomers à Geração Z...
Sabemos, hereditariedade ambiente familiar participam diretamente da construção personalidade e muitas diferenças como hábitos, comportamentos, escolhas podem explicadas nesta estratégica diferenciação de cada um, alteram hábitos alimentares para não competir pelos recursos e os irmãos ocupam diferentes famílias de características diferentes.
A psicologia diz.:Homens primogênitos tendem a ser os "machos alfas" de seus grupos. Os primogênitos de ambos os sexos também são mais agressivos e mandões.
Bela frase.: agressivos e mandões.
Homens que são caçulas tendem a possuir muitos estereótipos de personalidade considerados "femininos", enquanto que as mulheres primogênitas tendem a possuir traços de personalidade comumente aceitos como "masculinas". Por serem criados cheios de mimos, os caçulas são mais sensíveis e frágeis. Já as mulheres primogênitas são cobradas a ter responsabilidade cedo e se tornam mais firmes.
Caçulas homens são mais propensos do que os primogênitos homens a se tornarem homossexuais.
Primogênitos são mais ciumentos do que os caçulas. Importa a criança receberem total atenção dos pais sem ser sempre o que querem ser o centro das atenções. Os mais velhos geralmente buscam mais status e poder. Por não terem necessidade de reafirmar seu espaço, os caçulas são menos conservadores, inclusive em suas atitudes. Eles não aceitam lideranças autoritárias e tradicionalistas.
Primogênitos são mais propensos do que os caçulas a adotarem as atitudes políticas de seus pais, carregam mais expectativas e serão mais cobrados. Os mais velhos normalmente tomam decisões alinhadas com o posicionamento da família. Isso também é válido para decisões de carreira, que eles costumam seguir a mesma profissão dos pais, por exemplo.
Nos anos 60 a gente queria festas e para mim não tinha muita bebida, viver livremente mas estudar, trabalhar cedo. Foi isso que eu fiz.
Jack Kerouac, no livro "on Road", na estrada inspirou-me empacotar todos meus pertences e ir para Curitiba estudar... mas ficou só nisso. Foi uma das melhores decisões que já tomei.
Feliz por estas leituras de Jack Kerouac, pelo menos, colocam-me que o amor da estrada, é comum, menos comigo e mais com meus filhos que viajam muito. Estou sempre feliz por eles estarem sempre com pé estrada...dois moram na Inglaterra.
Mas Freud escreveu a Thomas Mann em 1936: sobre Napoleão Bonaparte, o segundo filho de uma família numerosa e na tradição corsa, o mais velho é respeitado com um temor sagrado. Eliminar Joseph, seu irmão mais velho, para ocupar o seu lugar: foi para Napoleão o sentimento motriz da sua existência, daí a sua loucura de conquistas, a sua forma de expurgar o seu ódio. Só que isso é história.
Relacionamentos de irmãos moldam a história, religiões, cinema, mas também a literatura. Releiamos a parábola do filho pródigo, do Evangelho segundo Lucas, também chamada de parábola do filho encontrado, recebido de braços abertos quando partiu e esbanjou a fortuna que lhe foi tirada da família. Rápido, 
traga-lhe o melhor vestido e vamos festejar, disse o pai, para grande desespero do irmão mais velho, que só havia seguido os preceitos do pai: diz...Há tantos anos que te sirvo e você nunca festejou comigo, ele se desespera... Vamos reler os contos de Grimm, Perrault, as peças de Shakespeare, os romances de Dostoievski, etc, todas histórias cruéis, alimentadas pelas grandes questões do poder, da felicidade, do amor, do ódio e da preferência, cujas consequências podem ser devastadoras.


Both Sides Now

No final, passando
pela Villa, voltando,
lembrando que o tempo
que gastei para chegar
e subir à montanha..
Valeu.
....
Mas agora
tudo ficava
mais longe..
atrás de mim,
no caminho
de casa.

....
Agora
o mundo
é
apenas
o que
está
na
mente,
e na
câmera.
Aqueles momentos,
de gratidão
vividos
sob o
céu cintilante
e
dourado...
somava-se a música
que ouvia..
a voz de
Joni Mitchell,
na
impressionante,
letra de
Both Slide Now,
Acho que
há não é um
único consolo,
o corpo cansado,
ouvir esta música,
no carro que desliza
sobre a estrada
rumo à Videira.
Verdadeiramente única é
esta cantora.
Tão lindas, as canções
de Joni...
Obrigado por fazer
companhia
no caminho de volta,
o meu melhor
lugar melhor
para
viver, estes momento,
no dia que Bob Dylan,
deixou mais uma pegada
no seu denso
caminho de sucesso
com o Nobel de literatura.
Deixando de apreciar
o pôr do sol...
me sentia um homem grato
em Iomerê,
onde  amamos a liberdade.
Eu senti o meu
melhor fim de tarde
que já tive.
Feliz por Dylan e por Joni e
pela montanha e as nuvens.
Sinto que
o sol se perde no horizonte.
logo precisamos
preencher a vida com algo agradável e isso até chegar
em casa, quando termina
a música legal.
Olhava para longe
na escuridão
da noite
e pensava..
do sol.
Seu bonito,
mas não o invejo.
...
O sol, as nuvens...
ficaram no
meu caminho.

Olhava a vida assim,
mas esta é a sensação.
Que há o belo
o poético e o bonito
em tudoaté em nós.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Aparatos tecnológicos

Sobre robotização
da humanidade
o homem.. hoje...
como ser
é indissociável
de viver com
aparatos tecnológicos...
Gadgets
etc..sonhei....um pesadelo..
sono pesado, sei lá..

vindo do bico do corvo..um Preview de como será.....
poderia ser algo que li...vi.. também.
Realidade ou sonho..
Cenas...
Homens de preto, de branco, de vermelho, respiram com camisinhas transparentes, enfiadas nos rostos.
As cabeças plastificadas crescem até estourarem.
Máquinas sim, simbolizam mecanismos que retardam a morte,
e
também cirurgias estéticas para prolongar a juventude,
cirurgias substituem órgãos vitais...
A ideia traduz conceitos sobre humanidade..
"Não Morrerás",
"E se Fez a Humanidade Ciborgue em Sete Dias",
Hoje em dia.
"A condição do homem hoje é ciborgue.
Não somos mais a humanidade do século 20"...ah,
acabou a poesia..

"Hipóteses para o Amor e Verdade"..
se foram...
Acho que é impossível
pensar
o homem hoje
sem aparatos tecnológicos, próteses, manipulações genéticas ou fármacos.
Texto é provocativo..
é para inspirar..
"Não Morrerás", é um sonho..
é a busca incessante por estender a vida...de todo ser.. pura imaginação.
"Não Amarás",..
uma visão sobre o amor contemporâneo.
"Não Saberás" um visão prevendo a incapacidade do homem de acompanhar as inovações nas próximas décadas.
"Não Fornicarás",
"Não Permanecerás",
"Não Salvarás"
e
"Não Vencerás",..
"7 mandamentos do mundo ciborgue"...
Pois é.. estes temas são urgentes ao mundo,
Pois é.. e estas possibilidades.. de fazer amor ou interagir sentimentalmente com um robô, sem usar preservativos só aplicativos..
Só é Led, as lâmpadas interferindo na iluminação...não a banda Led Zepellin,..
esta é de outros século..quando não se pensava nisso...tudo era mais romântico e poético.. o século 20.
É uma merda ser o Robô.
Você não consegue trepar com sua mulher, não consegue botar a mão no seu filho.
Você é um robô, você é um horror.
Acordei, eu não era robô..mas está lá, na mente..um robô.
No nosso mundo,
No meu não...só no sonho.
Eu acordei ele não está intacto lá.
O que significa que eu tenho.. sonhos e pesadelos, dos impactos na vida do sujeito, como eu..e todos que tem vida cheia de
aparatos tecnológicos..
E eu cheio de coisas normais acordando, depois e descobrindo que ele foi só um sonho..
Agora é de um robô...que eu escrevo.
Rebel..ao trabalho..que ninguém é de ferro..

Coisas ruins não nos afetam tão profundamente..

In Street
Coisas ruins não nos afetam tão profundamente quanto nós esperamos..
ou quando..
sabemos lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas .. como perdas, choque, estresse, filhos etc.
Sem entrar em colapso psicológico..Eu observo as coisas.. escrevi no meu post..que...
"E la nave va".
eh assim comigo também...
hora de "navegar com cautela"a mentalidade madura é essencial numa época que conta muito
a experiência adquirida com os anos,
Estudando..ou observando o comportamento humano.
Já tive algo devastador...assalto..perdas...ameaça de vida..mortes etc..E vou ou sempre fui em frente.
Um dia, estava com um amigo passando por dificuldades.
Eu disse a ele..
"Se você me perguntasse há um ano
como eu lidaria com tudo isso,
diria que não ia conseguir..
mas nós erramos quando tentamos prever como responderíamos a um estresse extremo"
Isso me fez pensar.
Que não temos precisão de prever nossas reações emocionais a eventos futuros...
Isso tem a ver como entender a felicidade..
de cada um...
É então quando prevemos como reagiríamos no futuro, podemos estabelecer objetivos realistas para nós mesmos, e descobrir como alcançá-los.
Eu observo que as pessoas têm uma certa incapacidade de prever o que os fará felizes ou infelizes.
Imaginamos sempre o futuro que é melhor..até os 70
se não temos como imaginar assim é difícil encontrar a felicidade..
é que coisas ruins não nos afetam tão profundamente quanto nós esperávamos...
E isso vale para coisas boas também.
Nos adaptamos muito rápido a ambos...
uma virtude que nem todos se concientizam...
Um abalo ou infortúnio não vai lhe fazer tão infeliz quanto você pensa...certo...
A má notícia é que tem coisa..assim..
Como a tb a boa noticia as vezes,
não lhe fará tão feliz quanto você imagina.
Helllooooooo...
Não estou dizendo que as pessoas,
as vezes são felizes ou infelizes com o que a vida lhes dá...
Ser feliz, importa o que sentimos
e se continuamos tentando chegar..
Às vezes, conseguimos.
Mas não dura muito.
temos medo de coisas..
que nos levariam a infelicidade..
como a morte de uma pessoa querida,
o fim de um relacionamento,
um desafio sério para nossa saúde.
Se essas coisas acontecem,
a maioria de nós vai retornar as nossas bases emocionais mais rápido do que imaginamos.
Os humanos são incrivelmente *resilientes....que quer dizer...superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas ..
como perdas,
choque,
estresse etc.
sem entrar em colapso psicológico.
Entretanto a maioria das pessoas,
guarda noções irracionais sobre o que é felicidade..
Há idéias errôneas e falhas...em todos..
Poucos de nós sabe avaliar com precisão,
como iremos nos sentir amanhã ou na semana que vem.
É por isso que quando você vai ao supermercado de estômago vazio, compra demais,
e se for depois de uma grande refeição,
compra de menos.
Outro fator que dificulta a previsão da nossa felicidade futura, é que a maioria de nós tende a racionalizar as coisas.
Esperamos nos sentir devastados se nossa mães nos deixarem...
Mas é assim e tem as coisas quem não acontecem,
"um bom emprego..passar num concurso.."
na nossa vida e logo..dizemos e falamos a nós mesmos..
puxa..." isso não era para mim",
ou "eu estava mesmo precisando de mais tempo para chegar lá"...uma racionalização do fracasso..
As pessoas têm um talento incrível, para encontrar formas de suavizar o impacto de eventos negativos.
Assim, elas estão enganadas quando imaginam que golpes
como esses, sejam mais ou menos devastadores do que são...é melhor fazer uma ideia real de tudo que acontece... sem racionalizar.
Se não tivéssemos esses mecanismos de defesa, estaríamos deprimidos demais para seguir adiante...
Pessoas reagem diferentes em diferentes situações..
Nem todos ficam depressivos.
diante de algo atordoante..
impactante..um perda..
Pessoas clinicamente depressivas muitas vezes parecem não ter a capacidade de se recompor...então lá vai uma ajudinha.. fluoxetina...
Isso sugere que, se o resto de nós, também não tivesse essa capacidade, estaríamos todos usando antidepressivos também.
Dos melhores indicadores de felicidade humana, os relacionamentos ocupam primeiro lugar,
e a segunda posição é a quantidade de tempo que as pessoas passam com sua família e amigos.
Sabemos que isso é significantemente mais importante
que dinheiro e um pouco mais importante que saúde.
Isso é o que mostram estudos.. são dados estatísticos.. tem credibilidade..
O interessante é que as pessoas sacrificam seus relacionamentos sociais, para conseguir outras coisas que não os fará feliz...como dinheiro...emprego etc..
Vejo isso na Medicina.. dinheiro é igual a ser bem sucedido...mas ter bons amigos.. uma boa família são mais importantes e as pessoas relegam isso.
Outra coisa que sabemos..é que os seres humanos tendem a obter mais prazer de experiências.... do que de coisas materiais.
A experiência de fazer uma foto...editar compartilhar com os amigos, ser reconhecido nem que seja pelo porteiro, é uma baita experiência.
Então, se você tem dinheiro para gastar nas férias
ou em bons filmes e restaurantes,
isso vai lhe trazer mais felicidade, do que um bem durável com um Land Rover ou um carro muito desejado...ou tablet.. e outras coisitas da Apple..
As experiências com outras pessoas que são compartilhadas nos deixam melhores e mais felizes..por isso o velho chavão..
mas isto é a pura verdade. A amizade é o que a vida tem de melhor, sentir isso.. com alguém.. vivemos em nossas vidas cada qual com sua experiência, nossas resistências.. uma pessoa sensível, que dá e te dá atenção, afeto...tudo vindo de coração...legal...
os amigos e não os objetos, nos deixam felizes.. Ah, então se você pode gastar muito dinheiro com experiências...melhor
As pessoas pensam que um carro vai durar agrega valor a si e que por isso vai lhes trazer felicidade.
Mas não vai...isso não dá certo.
Ele fica velho e acabado.
Mas as experiências, não.
Você "sempre terá Paris..Roma..New York..Rio de Janeiro"
Mas a experiência ir lá... será mais prazeirosa do que um..gadget novo.
Outro jeito..é que se eu não corro mais atrás de dinheiro e agora que tenho o suficiente dinheiro, e sei que será necessária uma enorme quantidade de dinheiro para aumentar só um pouco a minha felicidade...
Eu não perderia uma brincadeira..um objeto..por uma experiencia feliz..com minha filha nem por US$ 1..mil.
E não é porque não sou rico.
É porque sei que grana não vai me trazer mais felicidade
do que curtir minhas experiências com os filhos..etc...melhor será. Então muito..."dinheiro não traz felicidade" É isso que eu diria..
Não diria isso...
que nada de dinheiro..
apenas um pouco..
Os mais pobres um consolo,
um pouco de dinheiro pode comprar muitas alegrias.
Se você é rico, tem um monte de dinheiro pode comprar só um pouco mais de felicidade.
Mas em ambos os casos, o dinheiro faz isso.
Estou..assim..e você vai me perguntar se eu sou uma pessoa feliz...
Sou.
Coisas boas estão acontecendo comigo
e acredito que vão continuar assim.
Não sou otimista com relação ao resto da espécie,
mas sou abençoado de certo modo..
Desculpe desapontar muita gente
mas ainda tenho uma disposição incrível....

Making Wishes

...
O amor é uma tarde de pesca quando 
eu preferiria estar 
no ballet.
O amor está comendo torradas queimadas e gravetos irregulares com um grande sorriso.
O amor está ouvindo as palavras, 
"Você é linda" quando eu não aperto meu jeans já apertado.
O amor está se recusando a trazer o passado, mesmo que isso seja um golpe para provar seu ponto.
O amor é sua mão enxugando minhas lágrimas, tentando apagar manchas de rímel.
O amor é o abraço caloroso que extingue um argumento.
O amor é um pedido de desculpas proferido com humildade, mesmo que não esteja em falta.
O amor é fácil de reconhecer, mas tão difícil de definir; no entanto, acho que se resume a isso O amor está se importando tanto com os sentimentos de outra pessoa, você sacrifica o que for preciso para ajudá-lo a se sentir melhor.
Em outras palavras, o amor é meu coração sendo sensível ao seu. ”
Richelle E. Goodrich,
in Making Wishes.

Pinheiros XXIII


Pinheiros do meu sítio acima..na foto abaixo outro pinheiro de Videira.
Pinheiro é uma beleza, emociona cada vez ao olhar.
Alguém está vendo hoje este pinheiro, ele existe porque alguém plantou esta árvore há muito tempo..
🌲🍀🌲Não existe melhor lugar para ir..para mirar a beleza que é o pinheiro, admirar a vida desta árvore.
Temos espécimes por todo lugar, mais sobre as montanhas, vales, encostas e até junto ao asfalto, beirando a estrada. Junto a natureza vem a reflexão, até quando se preservará.🌲🌴🌱🌿Aprendemos a ver, valorizar as boas coisas deste solo sagrado, da boa terra. Aprendemos a subir os olhos numa árvore.
Quando estamos lá em cima de sua copa, sentimos de lá o Pinheiro está aí uma árvore magnífica. Observe...Preserve.. Conserve.🌲😃👍A vida fica muito mais bela com pinheiros de pé em nossa volta.Imponentes, exuberantes são os pinheiros de Iomere. Tenho muitas unidades no meu sítio em Iomerê. Mas em muitos lugares não existem mais.A araucária (nome da Araucaria angustifolia) é a espécie arbórea da região Sul do Brasil.Sua origem remonta a mais de 200 milhões de anos, desde que os continentes americanos e africano eram unidos.A Araucária está em Perigo Crítico de Extinção.
A araucária, apesar de popular, não é bem conhecida. Muitos deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural.
Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a cidade Curitiba.
Clic..or Shot...Mas no fundo...miramos o céu,
queríamos no ato, voar, ou voar num ato seguinte...Mas temos os pé fincados no chão
e vamos em frente...
caminhando e fotografando.
Os pinheiros de hoje,aqui na região, são plantados pelo homem ou de sementes
na profundidade, por obra da natureza da decomposição a pinha, o nome é Araucária.


Nature can generate many positive emotions

Na natureza, a imersão superficial ou profunda, a interação, a contemplação, a conexão, ao ambiente natural, podem gerar muitas emoções positivas, como calma, relaxamento e leveza mental, alegria e criatividade e pode facilitar a concentração e a serenidade e lucidez. A conexão com a natureza ou ambiente natural, com ar puro, árvores e águas, também está associada a níveis mais baixos de problemas de saúde mental, particularmente depressão e ansiedade mais baixas.
Esta foto sou eu e minhas ações.


One touch of nature

Um toque da natureza🌴 torna o mundo seu mais saudável.
O sol é delicioso, a chuva é refrescante, o vento nos fortalece, a geada e o frio é ​​estimulante, realmente não existe mau tempo, apenas diferentes tipos de bom tempo. A floresta, uma vez que lança seu feitiço, mantém alguém em sua rede de maravilhas para sempre. Há tanta energia mística na floresta.
a natureza, nada é perfeito e tudo é perfeito. ...
Ame desde o musgo, o galho torto ao bem torneado, coloque esta imagens em seu coração. As árvores são poemas que a terra escreve para todos nós contemplar, meditar e ficar em suas sombras repousantes.
As árvores são o esforço interminável da terra para falar ao homens que as escutam.

Aqui na foto, sob a sombra de um Xaxim. É uma espécie nativa da Mata Atlântica🇧🇷. Apesar de ser uma das espécies vegetais mais antigas, contemporânea dos dinossauros, o xaxim é uma espécie de samambaia, ainda bastante desconhecida pela a ciência.

Ícone "Verificada pela comunidade"

Boy Sober

Renunciar ao amor parece tão insensato como se desinteressar pela saúde porque acreditamos na eternidade. A frase, da escritora francesa Simone de Beauvoir, na década de 1950..muitas mulheres não acreditam nisso. Frustrada em antigos relacionamentos, a professora, de 37 anos, decidiu não se envolver mais afetiva e sexualmente com homens por um período de três anos. Preciso de um espaço para repensar a maneira como lido com minhas conexões amorosas, porque, geralmente, o amor romântico se torna a tônica da minha vida.
Cresce número de mulheres que adotam abstinência de homens.
Boy Sober, deixar de buscar de homens que virou tendência no mundo. Solução ou escapismo das mulheres.
O termo reflete sobre o termo que tem virado tendência nos relacionamentos: será que a gente precisa mesmo ficar 365 dias sem nenhuma relação.
Todo ano surge uma nova tendência ligada à práticas de saúde mental e física para ajudar a gente a tentar sair daquele habitual estado "à beira de um ataque de nervos". Já tivemos o hype dos retiros de 10 dias sem falar, o detox dos 21 dias sem carne e sem álcool… E agora, parece que a trend é retirar outro elemento tóxico de nossas vidas: os homens.
Quem começou esse movimento de detox dos boys foi a americana Hope Woodward. Com apenas 27 anos ela já sentiu que precisava de um rehab emocional e ganhou milhares de seguidores, "pregando" sobre os benefícios desse tipo de limpeza afetiva. A proposta dela é ficar 365 dias sem nenhum tipo de relacionamento, teretetê, paquera virtual, paixão platônica, sexo ocasional ou outras conexões com o sexo masculino que nós tanto realizamos.
Você não é solteira se alguém está ocupando seu espaço cerebral. A rigidez nas regras faz sentido, porque a verdade é que a grande maioria de nós está sempre com o radar da paquera ligado. Por mais que a gente não esteja querendo namorar, fomos educadas para validarmos nosso valor ao sermos desejadas. Cinderella já nos ensinou que a princesa é aquela que é escolhida e e hoje as questões de gênero e afirma que vivemos em uma grande "prateleira dos homens": as mais magras, jovens, caucasianas, ricas estão na posição de destaque e, conforme vamos saindo do tal "padrão" entramos naquelas gôndolas do saldão e muitas vezes oferecemos nosso coração à preço de banana com medo de ficarmos sozinhas e virarmos maracujá de gaveta naquele atacadão do amor.
Se você se permite ser feliz no amor, então queremos ser olhadas, paqueradas, escolhidas… Quem nunca voltou para casa se sentindo um lixo porque não foi xavecada por ninguém (mesmo que você não tenha achado ninguém interessante na balada) ou porque o cara com quem você está meio enrolada há 2 meses está a 3 dias sem ver seus Stories no Facebook ou Instagram E nessa lógica passamos grande parte de nossa vida romântica desejando ser desejadas, sem nos questionarmos sobre o que realmente desejamos do outro, da relação, do amor. Fomos educadas para agradar, cuidar, entender, esperar. Bonequinhas, mais ou menos de luxo, cada uma de nós já se viu em muitos momentos moldando sua rotina e seus sonhos ao roteiro do cara ou melhor, ao que nós achávamos que o cara esperava da gente. Na tentativa de conquistarmos o posto fixo de "+1" acabamos perdendo muito, e amargamos os saldos emocionais negativos.
Aponto isso porque quando se fala de "Boy Sober" o movimento mais comum é se unir pra falar mal dos caras – nada conecta tanto as pessoas quanto um inimigo comum. É como se essa abstinência fosse para se livrar da toxina "homem" quando, na verdade, prefiro nos provocar a pensar que o detox mais eficiente pode ser da toxina "dinâmicas de relações" e, nesse campo, nós também somos responsáveis.
Sim, são tempos difíceis para o amor. Estamos exaustas. Exaustas de acumularmos insônias, gastrites e crises de ansiedade pelo acúmulo das toxicidades de relacionamentos confusos, rasos, abusivos, interrompidos com cortes secos, presos no limbo do "ficante sério" que não é namoro e todos os outros exemplos que você que me lê já deve estar elencando na sua cabeça ao repassar rapidamente os últimos meses de sua vida paquerativa. Estamos exaustas de caras que tem pavor à palavra namoro e a planejar o próximo fim de semana juntos; exaustas de homens imaturos, indisponíveis, falsos disponíveis, inconstantes, machistas e pouco interessados em nossas vidas. Vivemos em tempos de hétero pessimismo..algumas mulheres dizem.
Heteropessimismo seria essa sensação coletiva de decepção e desesperança com as relações heterossexuais. São tantas frustrações acumuladas que chegamos a uma espécie de burn-out emocional. O perigo deste cenário é vivermos num grande campo de batalha "nós verso eles", onde encaramos todos os homens como sacanas em potencial e nós, heroínas guerreiras, que querem vencer o mal. Esse lugar de vítima é confortável, né? Mas, não resolve a sensação de solidão e nosso desejo de construir vínculos românticos. Há mulheres que dizem...nos mantermos fixadas nesse discurso de que todos os caras são iguais e que é uma "maldição gostar de homem hétero" só nos mantém numa atmosfera de ressentimento, apreensão e tensão. Nesse estado estaremos sempre alertas: cortisol nas alturas, coração acelerado e um faro aguçado para ler sinais de perigo, toda mensagem visualizada e não respondida vira o presságio de um desinteresse, toda recusa ao cinema de quinta-feira à noite se torna indício de que ele não quer nada sério, e por aí vai.
Na vida importa é manter os nossos corações abertos é provavelmente a responsabilidade mais urgente que tens à medida que vives.

Mas existe remédio.
A maior parte das mulheres que adotou esse movimento do "Boy Sober" diz que está buscando clareza emocional e que quer usar toda a energia que antes estava focada em ver se ele estava online ou se ia te apresentar pra família – em prol de prazeres, hobbies e sonhos próprios. É como se estivessem se livrando das bruxas do mal para trilharem seus próprios caminhos em estradas de tijolos amarelos reluzentes de autoestima e autoafirmação.
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Há também quem aderiu à tendência com o seguinte argumento: "Quero fazer um esforço consciente para me colocar em primeiro lugar em todas as facetas da minha vida. Se concentrar nas coisas que mais me trazem alegria, seja escrever, viajar ou apenas passar tempo com meus amigos e familiares. Trabalhar ativamente em direção às metas que estabelecemos a versão de 25 anos porque, se formos todas honestas, namorar é uma distração até mesmo para as pessoas mais focadas."
É lindo nos permitirmos um processo de reconexão com nossos desejos, necessidades e vontades. Também acredito que seja muito potente descondicionarmos nosso "paladar emocional" a achar que só o amor romântico é que tem gosto delicioso e alimenta de verdade. Ter tempo para nutrir relações de amizade, de família e de trabalho faz com que aprendamos outros dialetos do amor e entendamos que existem sim vínculos feitos com respeito, escuta mútua, acolhimento… Onde a gente não precisa ter medo de querer demais, sentir demais, falar demais. Nesses outros afetos os excessos cabem sem moderação e sem ressaca moral.
Alguns psicanalistas apregoan, temos que alertar para os riscos de estarmos transferindo a idealização de um objeto para o outro. Saímos de uma dinâmica que nos esgotou, pois colocamos o homem amado como objeto idealizado e, assim, esvaziamos nosso eu e condicionamos nossa relação ao fato de sermos aceitas por eles e, agora, estamos nos transformando nos nossos próprios objetos de idealização.
Hiperfocar no trabalho, na sua rotina saudável, nas suas metas e sonhos é uma grande fuga da realidade e também uma armadilha da idealização que fatalmente se esfacelará e te fará dar de cara com a sua própria angústia, a falta, a dúvida…Se você está vivendo sua melhor vida porque está sóbria e não há absolutamente nenhum drama em sua vida' ou 'Eu estava sóbria em 2023 e agora não sei como deixar isso para lá porque gostei muito da paz e do sossego', expresso por uma das fãs de carteirinha de Hope Woodward, propagadora do termo Boy Sober.
Não existe vida sem drama. Não existe vida só composta por paz e sossego. Isso se chama escapismo, e é um movimento tão infantil quanto o ghosting do boy de quem você quer se desintoxicar. Byung-Chul Han diz que vivemos numa sociedade de cantos arredondados – uma sociedade paliativa, que tenta tirar a fricção. A provocação que quero trazer para toda a mulherada que tem achado 100% saudável fazer a tal abstinência de homens pra ter a tal vida que contemple seu bem-estar e realizações é: será que a gente precisa mesmo ficar 365 dias sem nenhuma relação com nenhum cara para conseguir aprender a dizer não e validar nossas necessidades? Acredito mais no nosso poder de transformação conjunta.
Se dar um tempo pra digerir a última fossa é um recurso de saúde pública que eu mais que recomendo. Essa prática ajuda e muito, pois evita que a gente entre no tal heteropessimismo, carregando a indigestão afetiva do bolo anterior para o próximo beijinho. Se dê umas semanas, talvez meses, mas não se isole totalmente. Podemos fazer desintoxicações mais potentes juntos. Homens e mulheres. Tirando os caras do papel de vilões e nós do papel de heroínas exaustas. Teremos que aprender a conversar para achar caminhos juntos e não culpados. Cada pessoa deve prender a sustentar o estranhamento, o desconhecido, as oscilações e os silêncios que vem no começo de qualquer relação… Eu sei que isso angustia.
Precisaremos aprender a sustentar a angústia, falando sobre ela, dando espaço para ela. E não eliminando toda paixão que nos cause ela. Teremos que ser corajosas para quebrarmos nosso próprio ideal de boas namoradas e ousarmos criar climão, faltar em compromissos dele e discordar. A gente coloca essa dificuldade toda na conta do julgamento do cara mas, trazendo você para o divã te digo que parte da dificuldade está também em lidar com a desconstrução do seu ideal narcísico. Eu sei que dá medo, mas é libertador.
Não existe amor sem medo. Não existe amor sem angústia. Não existe amor sem um pouco de entorpecimento. Assim como aprendemos a beber com moderação, podemos também aprender a nos relacionar com moderação, intenção, cooperação e presença. Esquece o gosto amargo que ficou na boca por conta do seu último relacionamento. Se dê um colo, uns dias e uns mimos pra curar essa ressaca. Passado esse tempo, se encontre com o cara novo entendendo que ele é outra pessoa. E se proponha você também a ser diferente. Menos refém do papel da apaixonada que quer sempre agradar e mais experimentadora da apaixonada que quer que seja bom para os dois e, para isso, vai também colocar suas necessidades e desejos na roda.
Eu realmente não acho que a gente precise de um detox dos homens e sim dos nossos papéis e padrões das relações que são transmitidos ao longo de gerações.