O que faz da esperança um prazer tão intenso é que o futuro, que temos à nossa disposição, nos aparece, ao mesmo tempo, sob uma infinidade de formas, igualmente sorridentes, igualmente possíveis. Mesmo que a mais desejada de entre elas se concretize, será necessário que sacrifiquemos as outras, perdendo muito. A ideia de futuro, repleta de possibilidades infinitas, é, pois, mais fecunda do que o próprio futuro, e é por isso que encontramos mais encanto na esperança do que na posse, no sonho do que na realidade.HENRI BERGSON (Paris, 1859 —1941), filho de pai polaco e de mãe inglesa, ambos judeus. Filósofo e diplomata francês, laureado com o Prémio Nobel de Literatura de 1927, não há Nobel da Filosofia 🙂.
Henri Bergson