Uma coisa é um país, outra um ajuntamento.
Uma coisa é um país, outra um regimento. 
Uma coisa é um país, outra o confinamento.
Mas já sabe datas, guerras, estátuas. Avante para o ditador.
Vinha de um berço esplêndido para um futuro radioso e éramos maiores em tudo discursando rios e pretensão. Uma coisa é um país, outra um fingimento.
Cada caso é um caso. Abro mão de saber as intenções do autor e vou ao texto. Se a coisa for um panfleto escancarado, dispenso. Prefiro se for um texto bem resolvido com suas camadas poéticas e outras políticas.
Toda poesia boa quando é engajada, porque ela está dizendo alguma coisa que interessa, bate na alma de quem lê. Ainda que seja sobre amor, sobre algo aparentemente vago, seja sobre a morte pode haver nisto engajamentos.
Reconhecer esse engajamento que extrapola as questões políticas, mas não é qualquer coisa. Saiba: a forma do poema e, acrescento, de qualquer texto literário de boas intenções não bastam... é crucial é essencial. Apenas.
