“O que não se paga"
Esta pergunta me revela algo
ao pé do montanha
Hoje não há nada,
ou para tudo se paga
menos também este pôr-de-sol,
lá na cidade ao longe,
tudo se vende e tudo se compra.
Há valor econômico em tudo.
As relações humanas estão neste pé,
se transformaram em transações comerciais
e vende-se de tudo,
tudo mesmo, do sexo à mãe se precisar,
tudo vira mercadoria e chance de lucro.
qualificá-la, quantificá-la diria,
produtivista, consumista e materialista.
É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando ao lucro
e
não à preservação da natureza.
É consumista porque, se não houver consumo cada vez maior,
não há também produção, nem lucro.
É materialista, pois sua centralidade é produzir
e
consumir coisas materiais e não espirituais,
ausente está a cooperação e o cuidado e a solidariedade entre as pessoas
Tudo Dominado por estes desejos, do consumismo.
Ainda e cada vez mais interessados no crescimento quantitativo,
como ganhar mais,
do que no desenvolvimento qualitativo
que é como viver melhor com menos,
Vive-se sem harmonia com a natureza, sem equidade social
e sem sustentabilidade sócio ecológica.
óbvio: não vai dar certo isto,
eu continuo a desfrutar do pôr do sol
e dizer comigo
não há dinheiro que pague um pôr-do-sol.
Não se compra na bolsa a lua cheia
“que sabe de mi largo caminar”.
A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda ainda bem.
Os shoppings...podem vender tudo..isso ainda não está a venda..mas há incautos, que acreditam em tudo,
os que acham isso e lá vão com um compulsividade, feroz,
Quem pode viver sem esses intangíveis.
Aqui não funciona a lógica do interesse, mas da gratuidade;
não a utilidade prática,
mas o valor intrínseco da natureza,
da reluzente paisagem,
do carinho entre dois enamorados...
noutra ponta do monte. Nisso reside a felicidade humana.“Ainda bem que a sociedade baseada em transações não solapou este valor valores social, como o carinho ou afeto visto ai tão perto,
eles expressam um interesse de um pelo outro, sem custo algum, sem ser uma transação,
presumo ser os indivíduo pertencentes a esta comunidade, alguma família, uma tribo, nichos não contagiados
numa nação ou na humanidade,
cujos interesses pessoais têm preferência
em relação aos interesses econômicos ou comerciais. Mas uma economia de mercado é tudo menos,
um afeto de um membro de uma comunidade...tão distante..deste contágio consumista,
mas tão perto de mim... Todos deveriam se cuidar,
consumismo... isso contamina,
seus próprios interesses...
e tudo fica no lucro, e na exclusão
sem qualquer outra consideração. Vamos organizar-se com uma ética mínima, altruísta e respeitosa da natureza...traçando um caminho de sua preservação e não da autodestruição.
Então, por causa admiração
o fato de ter chegado aqui...
o meu papo me levou a longe, e viu onde onde chegamos,
ao aquecimento global e à aterradora devastação da natureza,
com ameaças de extinção de vastas porções da biosfera e no termo,
até da espécie humana.
Então...
Sou suspeito em dizer algo tão radical
mas se quebrarmos o paradigma produtivista/consumista/materialista
estaremos em direção do cultivo do capital espiritual e da sustentação de toda a vida,
com um sentido de mútua diferença na preservação da Terra e da humanidade,
não vamos seguir outro caminho
que podemos encontrar pela frente
é a escuridão.