MINHA MÃE morreu no fim do mês de junho 2011.
Não entro em detalhes...médicos.
Mas há detalhes que não esqueço: a última vez que a vi..sentia sua dor e sofrimento, é lógico, eu sabia ou tinha a certeza de que a cortina iria descer.
Queira ou não é a musa inspiradora...de alguém por longo tempo...
Da despedida..e a culpa.
Não apenas a minha culpa pelos dias ou semanas desperdiçados longe dela.
A crueldade do pensamento da separação e culpa.. nunca mais me abandonou.. nos ultimos tempos até sua ida.
Abandonei já as palavras...varias vezes ao escrever sobre o assunto..
A doença pode ser castigo..não acredito nisso...como dizem alguns...
Toda a doença cheira o nosso pessimismo, e quando se aproxima e nos despedaça.
Como despedaçou a minha mãe.
No funeral, entre choros e lamentos, ainda havia quem retomasse a mesma uma filosofia infame...diante da dor...não..nada mais... nada que baste...para certas mentes..vista nos olhares.
Há um forte sentimento de repulsa aos motivos, que me obrigou a sair dali...perto.. muito antes de sua ida...
É uma clamorosa estupidez...quem acha que eu a abandonei...em momentos de fragilidade .
A vida continua..
No nosso racionalismo moderno..é assim..
Vivemos mais. se..deixemos os maus espíritos de lado.
O humor positivo é o caminho.
Esteja onde estiver, para ver a estupidez dos homens, e perdoar aqueles que não sabem o que fazem. Assim
Vivemos melhor.
Controlamos o nosso destino -pessoal, coletivo..
como nenhum dos nossos antepassados.