Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

segunda-feira, 8 de abril de 2024

A História é circular tudo se repete

A vida e a história humana se organizaram em sequências que variam... com os anos.
Mas fazer sexo seria impossível.sem um arsenal de ritos e imagens que lhe dão milhares de sentidos.
Visível ou invisível, eloquente ou silenciosa, a sexualidade sempre foi objeto de intervenções...do estado e da igreja.
As relações sociais...tem no sexo..a emergência da intimidade.
Se tornou uma forma de "disciplina de si".
Infidelidade, prostituição e simples fornicação.. punições terríveis na inquisição que assustavam uma vez, por adultério se perdiam orelhas.
Homoerotismo, sodomia e bigamia condenados à morte.
A sexualidade vigiada por Deus e controlada pela comunidade...não é mais como era.
E a poligamia..um remédio contra a promiscuidade em alguns lugares persiste até hoje.
Já houve.. e há o adultério não seria pecado, se praticado com pureza.
Mudanças...de hoje.. tem a ver com o iluminismo.
Liberdade sexual..o desejo feminino, liberaram geral...começou lá..
Ilustrações de nus e posições sexuais se multiplicaram.
Um pregador chegou a argumentar que o sexo é pecado sem a procriação..
E até o escritor disse.. se DEUS não existe.. então tudo é permitido... nada é pecado..
Hoje muitos acham no direito de fazer o que quisessem com seus corpos.
O certo e errado.. sobre sexo hoje para a maioria não mais vem da Bíblia.
A distinção entre público e privado foi reforçada, e o sexo fora do casamento ficou sem punição.
A revolução sexual dos anos 60, apoiada na pílula, foi uma bela novidade... deu uma travada com a AIDS nos anos 80.
Mas a verdadeira revolução ocorreu dois séculos antes...no iluminismo....
Mas o pêndulo foi e voltou.
Ainda há muitos países onde a sexualidade lembra a situação pré-moderna.
A história é circular...tudo vai e volta..
L. F. Pondé, filósofo diz.: 
Os limpinhos estão chegando
Poliamor é uma modinha para gente mimada que quer transar limpinho por aí e dizer que tá tudo bem, viu.
O mundo contemporâneo é um parque temático de egos. Com a melhoria das condições materiais de vida, as pessoas ficaram cada vez mais bobas.
Quando uma universidade dá a bênção, então, ninguém segura o desfile de bobagens. Basta alguém escrever uma tese qualquer que o tema vira "científico".
Agora é a vez da "afetividade múltipla sem baixaria", conhecida como "poliamor" (mais uma modinha de comportamento típica de gente bem de vida), abençoada pela Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, e a indústria dos colóquios.
Só quem não é do ramo ainda leva as ciências humanas 100% a sério. E, pelo jeito, nem a biologia vai resistir à fúria da vontade humana de que tudo seja do jeito que queremos: você sabia que nem a biologia sabe mais o que é uma mulher ? Coitadinha da biologia...
A humanidade sempre teve problemas com o afeto. Aliás, daí o nome: "afeto", descendente do latino "affectio", análogo ao grego "pathos". Todos significando afeto, paixão, doença (afecção cardíaca) desordem, sofrimento.
Temos medo da desordem que eles nos causam, porém, ao mesmo tempo, sem vínculos afetivos somos um zero a esquerda na vida.
Uma das coisas que o narcisismo (grande epidemia contemporânea) destrói é a capacidade de termos afetos verdadeiros com o mundo.
Para ter afeto verdadeiro se faz necessária a energia pra investir no mundo, coisa difícil no mundo de narciso em que vivemos. Uma saída típica do narcisista é dizer que não padece de afetos tristes, só "sente" os afetos legais porque os tristes são coisa de gente insegura e eles são super bem resolvidos.
Os poliamoristas só tem afetos construtivos, ou seja, de plástico. 
Mostre-me uma pessoa que não tem ciúmes e te mostro um covarde. Mas, no parque temático em que vivemos, em que o Pateta é um gênio, a covardia assume ares de "evolução nos comportamentos".
A psicologia evolucionista (o darwinismo e não o 
oba-oba de pessoas que "superaram os afetos tristes", que muitos detestam porque se sentem tolhidos nos seus delírios de poder por conta dos limites que o darwinismo coloca na farra da "construção social de tudo" hoje você é samambaia, amanhã girassol, basta "querer" e ninguém te "oprimir", se refere a um dos centros da vida moral como "emotional bonds" (laços emocionais).
Sem eles, não ascendemos à vida moral porque não sofremos com nada. John Stuart Mill, utilitarista no início do século 19, também falava de "moral affection". Antes dele, Adam Smith, no século 18, falava de "moral sentiments".
Não é tão difícil deixar de sofrer na vida, pelo menos em parte. Basta não ligar para ninguém e dar ares de publicidade dessas que juntam criança, parque, bike e banco para o seu "foda-se".
Tudo bem ligar o "foda-se", mas essa moçada quer ligá-lo e posar de "limpinha". O poliamor é o "Admirável Mundo Novo", do Aldous Huxley, transformado em game.
É claro que muita gente sempre gostou de "amar" muitos ao mesmo tempo. 
E que outras tantas inventaram relacionamentos abertos.
Os hippies, esses coitados que erraram porque não entenderam que a função deles era apenas criar um estilo de calça jeans, também tentaram criar suas formas de amor 
anti-sistema.
Em meio a isso, muitas mulheres apanharam, muitos se decepcionaram, muitos filhos se ferraram por serem vítimas da "experimentação nos afetos" de seus pais muito loucos.
Mas, pelo que andei ouvindo por ai, os poliamoristas estão distante dessa cambada de coitados ciumentos que os precederam na crítica da vida monogâmica.
Os novos defensores da vida "não monogâmica" (a moçadinha recusa o termo "poligamia", engraçado, né. Já digo o que penso disso acham que estão adiante dessa cambada de ancestrais porque, além de serem "ciúmes free", vivem o amor múltiplo sem incorrer no "pecado" da promiscuidade, por isso a recusa do termo "poligamia".
E então fica ainda mais clara a farsa: o ódio a promiscuidade sempre foi signo de nojo pelo que há de sombrio no ser humano. O poliamor é mais uma modinha para gente mimadinha que quer transar limpinho por aí dizendo que tá tudo bem, viu.