da paisagem gélida
e
do ruído
do vento constante,
neste dia frios,
presentes
no caminho...
mas
também
pensar nas relações humanas
e afetivas
que há na região,
que há muito tempo vivo,
pouco povoada
nos tempos de criança,
mas agora nem tanto,
no sul do país,
vendo o movimento de carros,
de pessoas,
na manhã
de seus habitantes..
que evoca esta reflexão
Moro num lugar distante..
chamado Videira.
Eu como um cara ou homem maduro
que chega ali num bar
manhã do ano 2014,
chego ali na manhã
para tentar resgatar algo vivido em
meu passado.
O calor humano dos amigos..
Para isso, é preciso viver
num pequeno lugar..
Por alguma razão,
se tem a oportunidade
descobrir
com a câmera a minha
intenção de mostrar que,
nesse ambiente
em um tempo que havia menos
pessoas
e a natureza era muito mais imponente,
de como é hoje
e que as relações ganham
outro sentido e são moldadas
pela solidariedade e pela ideia
de que é preciso
solidificar os afetos para
enfrentar a adversidade da vida.
Nenhum encontro é desperdiçado.
Um diálogo no bar,
com conhecidos e amigos,
nada deixa de conter
uma reflexão de grandes dimensões,
sobre a essência
das relações da vida.
Assim são também
os encontros
entre pessoas
de diferentes idades
ou contextos sociais.
É como se o momento quisesse
educar-nos para a necessidade
de dar o devido valor ao tempo,
a infância,
que nesses mesmos diálogos
que surgem na volta ao tempo,
que acontecem
como uma das circunstâncias da vida.
Nesse sentido,
a minha lembrança destes
momentos vai de encontro à tradição,
tomar café,
beber chimarrão,
em que se ouve discussões
e que ocorrem em espaços
pequenos da classe média.
O silêncio e a natureza que
vi na manhã fria
põem o homem diante
de seus sentimentos tudo
fica a flor da pele.
Nem todos aguentam...
ouvir sobre
quem já morreu,
quem viajou,
quem saiu da cidade,
que está doente...
quem está rico...
Assim,
nada mais que
um ponto de algo
vem a
mente sobre
questões das
mais fundamentais,
mais fundamentais,
como:
para que vivemos,
para que vivemos,
e para quem
e para onde tudo...
se leva a vida...
e da vida.
e da vida.