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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Ruas de Iomerê II

E se não houvesse
montanhas...Iomerê não seria tão linda..
Hoje não me pergunto mais ..pois sei que
nas montanhas de Iomerê,
pousam meu olhar,
pousaram tantas vezes,
e serão sempre eternas..
como na foto.
As montanhas, tantas outras vezes imortalizada
ou na foto com crepúsculo,
em Iomerê.com minha filha Isabella.

Mas num tempo lá atrás,
ano de 1972,
em Curitiba ainda
me perguntava..
como na poesia do
elegante e inteligente
T. S Elliot, o poeta inglês
mas nascido no Estados Unidos...
em seu famoso
The Waste Land (1922)
"Que farei agora?
Que farei?
Que faremos amanhã?
Que faremos jamais?
Ou sobreviverá alguém..
Já sabia ali,
naquele canto do mundo...
Lá longe em Curitiba...
que tudo é incerto,
as vezes
é tudo uma miragem..
Mas hoje penso nas ruas,
nos amigos...na praça..
nada de Iomerê,
se perdeu neste tempo,
mudou sim
a praça,
as casas, as
pessoas..recentemente,
perdi professores
amigos e colegas de Frei Evaristo, .que eram de Iomerê e a cidade continua sendo bela.
Esta é a melhor resposta,
que é a de hoje.
Tudo passa, tem coisas
que sempre ficam na
memória de cada um
a memória minha
é igual de cada um..
de Iomerê,
quando lembrava do professores
como a irmã Otalia,
irmã Odila,
meus amigos,
colegas de Frei Evaristo,
Valmor Zanellato
Lourdes Colissi,
que se foram.
Depois de ver o pôr do sol
em Santo Ezidoro,
interior do município.

o sol caminha devagar,
e atravessa o mundo,
e vem até a linda Iomerê.
Não me canso de fotografar aqui..além do mais sou proprietário de um terreno relativamente grande.. exatos 60.999, 92 metros..em 2014, agora maior.
Vizinhos meus
Srs. Lino Mariani,
Arlindo Pagno
e Ivo Pagno.
Este lugar um dia chamou-se de propriedade
dos Pagno mais conhecido
como família de Augusto Pagno, já falecido.

Do sítio à praça..de Iomerê..








vou de encontro ao centro de Iomerê,
passo pala rua Pedro Penso,
as belas fotografias e não só,
me lembra,
como mudou tudo...
mas eu vivo..aqui desde 1963, os anos passam,
o jipe,.o carro de boi
já não estão mais,

nem mais as casa
dos antigos de tábua de pinho ou araucária...
o modelo de casa que veio da Itália..
Estou na rua João Rech, parente da amiga Clarice Mariani..
que como eu ama Iomerê...
do sol, do céu azul...
Volto à praça....

os belos montes arrebatam mentes
e corações aqui,
A praça..ou square...
é tudo mudou,
lembrando da praça antiga.
e vendo a nova.

Mudaram os tempos, eu mudei
Só que não nada demais era...

alguém que conhecia
só o universo variado e as vezes
sufocante
da vila de Iomerê,
onde vivia,
com meus pais,
onde tinha além de tudo,
um olhar controlador
dos costumes,
dos vizinhos
e das freiras
e dos padres,
havia as amarras
no comportamento
a tudo que se deveria ser,
e responder as demandas,
por conta dos católicos
em sua maioria,
e havia uma espécie
de consenso religioso e social,
até nas pequenas intrigas entre moradores...Imagino isso assim,
em todo lugar pequeno
na Irlanda e nos EUA.
Gostei e gosto,
da ideia
de que mulheres podem
ficar independentes
e levar outra vida em
um lugar distante...
Agora que vejo ela lá a Isabella..
lembro do Italianos que foram
aos EUA,
e vieram ao Brasil.
os Irlandeses que foram aos EUA,
foi algo que começou
e mutos anos no seculo 20,
lá longe,
mas é algo bem palpável.
Senti isso dela,
que emigrava,
ir embora
para outro pais..
corajosa,
sinto agora
por quem viveu essa transição..
nos anos de 1890 ou nos anos 1960...
e a praça...
de Iomerê mudou...
Se é a política ,
a justiça,
somos um estado falido,
que tudo é permitido...
permitirão...muitas outras coisas,
que não havia aqui..
Sem falar do Futuro,
que seja o presente..
Aqui em Iomerê
nada muda também,
no lado público...
exceto as coisas comuns e obrigações
do poder público.
como no país...
então o futuro será das
pessoas.
Se vai ocorrer,
algo de novo
ou nunca..
Ninguém..aqui,
sabe,
de sã consciência
tem que quem vai
querer,
tem que não quer,
tem quem quer,
e nós não sabemos
quem vai vencer..
Há sempre os escândalos
e erros do próprio município...
no estado e no pais,
na política enfim,
os politicas
em sua maioria,
são pessoas
desprezíveis...
se a justiça,
ou a polícia
vão limpar este reduto,
eis a pergunta...
Mas não é assunto desde post...
Cheguei,
a este ponto, central a praça.
que há tanto tempo,
chegamos aqui,
que cada vez mais,
admiro a igreja,
o visual dos montes,
a avenida Pedro Penso
e a praça nova,
Vivemos, enfim novos
tempos..
Enfim o pais já não é..
nem a praça de Iomerê já não é mais a mesma..
na pequena cidade
de Iomerê,
donde moro e
via de longe,
a poesia Beat,
a contracultura,
dos Beatles,
dos Bee Gees,
O feminismo,

Querra Fria,
Bob Dylan



Sim...agora nas
observando as ruas calmas de Iomerê
nas quais circulávamos,
desde crianças
e sempre que venho aqui,
estão belas como sempre.
Já houve um tempo,
que andava com
a ilusão de que estávamos
num fim de mundo brasileiro.
Mas os rostos que cruzávamos,
logo
desfaziam essa fantasia colonial...
ou retrograda...
Ali os italianos haviam também deixado suas marcas há um séculos atrás,
só que não estamos no fim do mundo,
mas em Iomerê, no Brasil...
Antes de cada sobrenome familiar havia sempre uma palavra em português ou italiano:
Antonio,
Genaro, Pietro, Alessio, Vitorino.
O português, não era um idioma comum quando iniciou a expansão do lugar..
surgiu junto com o dialeto italiano..
Mas já no finalzinho do século 20,
quando estive por lá (1998 depois de 10 anos),
para encontrar já não há quem falasse só no dialeto de língua italiana
com fluência em meio à maioria
que se comunica no (para nós) português,
mas era preciso garimpar.
Talvez fosse possível trocar
uma ou outra palavra
com um religioso na matriz..
São Luiz Gonzaga.
A presença católica ainda é forte por lá.
Eu mesmo conferir um casamento
cujos rituais não ficam nada
a dever ao Vaticano..
No efêmero tempo,
e vejo tudo,
nos seus traços
em uma caminhada da praça,
tudo meio silencioso...
procurava os traços
efêmeros de muitos,
sua existência,
aqueles que vão sendo apagados, há prédios novos de concreto,
tudo a ver com
a pela fugacidade de um tempo
dominado pela vida moderna...
como prédios e asfalto.
Como deixar
a marca no meu caminho
em um mundo que devora tudo
tão rapidamente..
Ainda lembro...
Acho que sou um cara
que busco dar
voz a todos de Iomerê,
dar voz às pessoas,
dar voz à objetos
dar voz às lembranças
que não teriam espaço
no mundo dos grandes...
nem dos pequenos..
nem do poder publico..
do estado em si.
Só que não nada demais era...

alguém que conhecia
só o universo sufocante
da vila de Iomerê,
onde vivia,
com meus pais,
onde tinha além de tudo,
um olhar controlador
dos costumes,
dos vizinhos
e das freiras
e dos padres,
havia as amarras
no comportamento
a tudo que se deveria ser,
e responder as demandas,
por conta dos católicos
em sua maioria,
e havia uma espécie
de consenso religioso e social,
até nas pequenas intrigas
entre moradores...
Imagino isso assim,
em todo lugar pequeno
na Irlanda e nos EUA.
Gostei e gosto,
da ideia
de que mulheres podem
ficar independentes
e levar outra vida em
um lugar distante...
Agora que vejo ela lá a Isabella..
lembro do Italianos que foram
aos EUA,
e vieram ao Brasil.
os Irlandeses que foram aos EUA,
foi algo que começou
e mutos anos no seculo 20,
lá longe,
mas é algo bem palpável.
Senti isso dela,
que emigrava,
ir embora
para outro pais..
corajosa,
sinto agora
por quem viveu essa transição..
nos anos de 1890
ou nos anos 1960...
Meu avô, era de Enego,
Vicenza e veio
ao Brasil em 1898, Silvio Dalmolin
nasceu em 10/09/1885,
nasceu em Enego
na província de Vicenza
no Vêneto Italiano
e Elisa Catharina Ballen,
nascida 1896
em Feltre Belluno,
Tb,
norte da Itália,
Chegaram aqui no fim século 19,
eram portanto italianos...
nunca se nacionalizaram brasileiros,
tiveram muitos filhos e filhas.

Minhas lembranças de garoto,
alimentam também este post,
no meu blog..
Silvio meu avô, ele,
era muito comunicativo,
fumava um palheiro,
tomava vinho,
que se encontrou com
a vila de
São Marcos em Tangará.
seu trabalho,
onde viveu da lavoura onde morreu
em 1970.
A vida era dura
no começo do século 20..
nos anos 60 melhorou...
Hoje o comportamento e a sociedade está bem diferente..
dos meus anos 60...
enfim transformado..
mas foi de modo muito,
mais gradual
e particular
no seu tempo,
foi um tempo,
sem estradas e serviços,
até que a mudança
se impôs completamente..
assim como tudo,
na época da Imigração,
no EUA,
e no Brasil.
Nem eles,
os Irlandeses,
ou Italianos,
como eu
não imaginei
eles nem
também tudo que
fariam e que são hoje.
Mas é certo que não
se sabia, o mundo
em que iriam crescer,
os descendentes,
já que
ia ser completamente diferente..
Os EUA, era bem diferente,
que apresenta hoje,
O Brasil idem.
Trato de ver neste ponto de vista,
de cada ser que tem sua
própria experiência,
de ir Embora para Irlanda,
mas ainda do ponto de vista de uma mulher...
de apenas 20 anos.
Sei espero escreve algo..
é inspirada em sua estada lá,
minha filha e garota.
Email recente...
Aqui tá mais ou menos...
O clima tá ótimo, temos maravilhosos dias ensolarados, anoitece tarde,
lá por umas 10 horas, o pôr do sol aqui é bonito,
esses dias olhei para um
e lembrei de você.
A comida daqui é bem gostosa,
temos bastante batatas, cenoura, e eu sempre como um presunto, que eles chamam de Ham Bacon, acho que você gostaria pois lembra um que comprávamos.
Moro aqui em County Cork,
e a minha cidade tem um castelo bem legal.
Ela conhecia era só o universo de Videira,
ou das nossas viagens..
Este post tem a ideia de dissecar..
que leva a esta,
mudança..
de ficar independentes
e levar outra vida e,lugar tão distante..
É o que me resta,
senão eu fazer algo,
para exprimir meus sentimentos,
sem ter de falar.
Escrever é uma saída.
Ela me contava
Do país, esta Irlanda é que
agora engajado na campanha
pela aprovação
do casamento gay da Irlanda,
por meio de um referendo, em maio.
penso na rapidez com a qual
o homossexualismo foi aceito,
la e foi de uma forma muito rápida,
e mais considero o contexto de abertura econômica da Irlanda
o país que terá a chegada
de mais estrangeiros
o Meu filho Marco,
em Julho 2015.
Acima de tudo,
resta pensar que até 1960,
era algo dificil sair de Imerê...
Na Irlanda...
como no Brasil
muito a mudar.
https://www.youtube.com/watch?v=RaGRNt0zojw
A igreja e antigos
comportamentos
que seguem influentes
em muitas partes..
do lugar...somos um Pais conservador.
Cidades pequenas, como a minha Iomerê,
ainda é muita coisa que
segue
sendo não discutida abertamente.
O brasileiro
segue em toda parte
com outros tantos tabus,
como patriotismo e
a política corrupta..
Não há nada que
aqui,
não sejam tratados
como temas essencialmente políticas.
então nada muda.
Sei que se aprende muito mais ouvindo as conversas..
A vida segue,
há mais seriedade,
aqui no interior,
mais
que muitos outros lugares..
no Brasil
Tem coisas,
que escutamos,
fica na mente a vida toda,
são essas coisas,
lá atrás,
como quando
somos garotos,
e somos indefesos,
e muito quietos,
de oito ou nove anos.
E fica,
Fica,
como que para sempre
em nossa cabeça.
As conversas de amigos
no bares,
sempre inspiravam..
como andar na Praça..
a Igreja..
o Seminário.
"A ideia de estar...
de imaginar num país,
que se vive,
acima Fotos de meu pai e primos..
família Rebellato, descendentes de
Italianos,
que fizeram um outro pais,
junto
com seus ascendentes,
desde o seculo 19 e 20,
que vieram ao Brasil,
deixara este entorno da família,
será sempre assim,
no meio dos Italianos
tudo é muito cheio
de inspiração literária.
Cada UM é uma pessoa pelos outros
ou por fora em cada
uma há outra
pessoa por dentro,
e escrever exacerba isso.
Escrever,
Eis algo que usamos
para passar nosso jeito de ser e olhar o mundo,
um jeito de dar voz
para cada
um tem na sua pessoa interior.
Abaixo uma foto que fiz
de Iomerê..
e seus lindos morros.


Nada muda só.
só entre os governos..
O meu olhar.. Gosto do..
permanente.fotos são algo perene, sim persigo alguma permanência,
em um espaço em que tudo se dissolve...
As bases desse universo
habitam os limites esmaecidos
entre Tangará
minha cidade natal e Videira a metrópole tem Pinheiro Preto.
O texto que se enraíza nesse passado,
na realidade da infância.
Muitos acham, poemas uma construção mental, um mito pessoal, que tem pouco a ver com a cidade real. Ela se ergue mais como uma construção imaginária
para se contrapor à um passado que contrapõe ao desencantado da cidade de hoje. Os desvãos do centro urbano captados nos poemas são preenchidos por moradores de hoje e dores esquecidas.
Uma realidade que incomoda e serve de contraponto ao passado abandonado.
Eu sou um poeta que anda nunca de táxi, ônibus e trem. Impossível que essa dor das ruas da cidade que se foi não me fira e não se reflita no que escrevo.
Uma poesia que ignore o social, o histórico, a alienação humana
pode se transformar
num bibelô estético."
Talvez essa consciência e fuga do esteticismo vazio expliquem a opção por versos tradicionais, compostos sem o
experimentalismo de alguns contemporâneos, apesar da temática semelhante.
Não sinto essa necessidade imperiosa de ser experimental para estar em sintonia com o caos contemporâneo de Iomerê. No meio dessa avalanche de mau gosto, me parece o texto de há alguém querer desestruturar a cidade numa linguagem que não seja conservadora, mas realizando tudo a sua maneira, o texto meu procura coordenar essa resistência à fluidez contemporânea com a "religação" com uma dimensão sagrada.
Hoje o homem se vê transformado em mais um recurso, em uma matéria-prima, para ser usado e descartado. Acho que todo poeta tenta despertar no seu leitor, o sagrado que ainda está dentro dele adormecido.
Essa concepção do fazer poético alinha-se com a necessidade que transformou alguém em poeta. Fui escrever poesias por insensatez, sentimento de inadequação ao mundo, mal-estar interno.
O livro que já publicou isto não há. Até hoje me pergunto se (e como) ele sobreviverá naquele canto do mundo. E a melhor resposta que encontro é com a poesia e as montanhas. E tem uma palavra que muitos consideravam a mais linda na nossa língua. Saudade...