Mas não devemos nos isolar. Ainda temos que defender o individualismo em uma cultura que coloca o sujeito acima de tudo. Sobre a ideia de uma sociedade composta inteiramente por indivíduos.
Era sobre o assunto, que
tem sido objeto de desconstrução e crítica filosófica por décadas, daí a pergunta, o que fazemos com o assunto agora. Seja a psicanálise, o estruturalismo ou a sociologia, todas essas disciplinas exigiam não mais falar ingenuamente do "eu", abandonando a crença na autoridade do sujeito falante, agente, dependente de seu ambiente econômico, de processos psicológicos inconscientes e precoces. Então, por um lado, temos uma filosofia que questiona o assunto há muito tempo. E por outro lado, uma cultura que reforça constante e obsessivamente o assunto, em que nos dizem o que precisamos mudar porque só nós podemos ser responsáveis pela nossa felicidade.
Uma sociedade para a qual o sujeito é tudo.