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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Amazônia II

O tráfico de drogas tomou conta da Amazônia.
Lembrando que há lucrativo mercado em outros continentes, onde a droga chega como Europa a América do Norte.

De qualquer forma, em relação ao impacto ambiental, não é somente a coca. No Estado do Pará, o desmatamento que ocorre para estabelecer plantações de cannabis  ou maconha, no Brasil🇧🇷Isso ocorreu em escala considerável, com as forças policiais (esfera estadual e federal) tendo apreendido  milhões de plantas de maconha (entre 2015 e 2020) na região da “Amazônia Legal”, mais da metade delas no Pará. Nesse Estado, somente na Operação “Colheita Maldita” que ocorreu em 2020, 200 toneladas de cannabis (mais de 400.000 plantas) foram apreendidas.
Necessário lembrar (por mais óbvio que seja), que essa droga vai escoar por algum lugar, de alguma forma, para abastecer mercados consumidores mundo afora. Deixando seu rastro de degradação ambiental (cujos autores deveriam ser muito mais divulgados e responsabilizados do que de fato são), a esfera logística e colaborativa das organizações criminosas transnacionais entra em cena. O tráfico de drogas é muito maior em seus estragos e penetração do que aparenta em uma visão singela.
O impecável trabalho da Polícia Militar Rodoviária, (como um de vários exemplos positivos) é particularmente notável pela constância das apreensões de drogas que procede nas estradas que cruzam o Estado de São Paulo. É rara a semana onde não observamos que expressiva quantidade de drogas (tão como outros produtos, oriundos de ilícitos) não seja tirada de circulação devido à ação dos valorosos policiais militares rodoviários. Somente no 1º semestre de 2024, em território paulista, foram 82,5 toneladas de drogas apreendidas pelos mesmos.
Mas o tráfico também busca outros caminhos.
Chega o ponto em que mudamos de área. Da selva ao mar. Uma longa e complexa cadeia logística.
Se por vezes é complicado o trabalho colaborativo entre agências (deixando claro que o “chão de fábrica” atua muito bem conjuntamente, normalmente) e, de forma indesejada, ocorre ingerência política (e de claro viés ideológico), tão como vemos cargos com poder de decisão (ou mesmo voz) ocupados por pessoas que jamais tiveram alguma visão prática da área (mas fazem questão de opinar e atuar em setores estratégicos, como a segurança pública), por outro lado, o crime organizado parece buscar o máximo de eficiência para que seus negócios ocorram, quer seja pela diversificação como pelas parcerias nas mais variadas etapas. O amadorismo (e ilações) raramente se faz presente nessas organizações.
Existem outros caminhos e outros meios (para o tráfico), além das vias terrestres, lembrando que há lucrativo mercado em outros continentes. As áreas portuárias há bom tempo demonstraram ser de especial interesse das organizações criminosas. As embarcações que cruzam os oceanos do mundo são (e continuarão sendo) imprescindíveis para o comércio, o transporte marítimo é chamado de “sangue vital do comércio mundial”, tratando-se do modal dominante de transporte internacional para bens comercializados e a espinha dorsal das cadeias de suprimentos globais. Ele responde por mais de 80 por cento do volume do comércio mundial...e por onde a gringa escoa mundo afora.