O rio Amazonas, localizado na América do Sul, é o maior rio em vazão de água da Terra e o segundo mais extenso do mundo, após o Rio Nilo. Com 6 992,06 quilômetros, percorre o norte da América do Sul, a floresta amazônica e deságua no Oceano Atlântico🇧🇷.
O Rio Amazonas e seus afluentes, que constituem a maior bacia de água doce do mundo, estão mostrando sinais de recuperação após caírem para níveis recordes entre setembro e novembro de 2024.
Chuvas anormalmente baixas e altas temperaturas na Amazônia fizeram com que os níveis de água despencassem, interrompendo o transporte fluvial, isolando comunidades e deixando indústrias sem suprimentos. Crianças indígenas foram forçadas a beber água contaminada com mercúrio , e pescadores enfrentaram uma mortandade em massa de peixes , provavelmente devido às altas temperaturas da água.
O Rio Madeira, no estado de Rondônia, no noroeste do Brasil, responsável por 15% das águas da Bacia Amazônica, atingiu 6,7 metros (22 pés) de altura em 9 de dezembro, marcando uma melhora significativa em relação aos 25 centímetros (9,8 polegadas) medidos em 12 de outubro.
Mais a leste, no Rio Negro, perto da capital do estado do Amazonas, Manaus, grandes barcaças de grãos de propriedade da Cargill, Louis Dreyfus e Bunge, entre outras, retomaram o transporte de soja e milho em capacidade máxima após um hiato de 70 dias. O rio ali está subindo a uma média de 3 cm (1 pol) por dia.
Mais de 118.000 hectares (291.000 acres) da Floresta Amazônica foram desmatados entre 2009 e 2019 para dar lugar a fazendas de soja em grande escala, de acordo com uma investigação recente .
O desmatamento é uma das principais causas das mudanças climáticas na região, o que levou às secas devastadoras que assolaram a Amazônia nos últimos dois anos.
Algum alívio chegou aos moradores da região conforme a seca começa a diminuir. Os níveis de água estão subindo, mas 16 das 18 estações de monitoramento na Bacia Amazônica no Brasil permanecem abaixo do normal.
É muito bom ver que os rios estão retornando. O que ainda não sabemos são os impactos de longo prazo dessa seca severa.
A chuva que chega representa um paradoxo, ela disse. Muita chuva de uma vez e haverá inundações, o que pode fazer com que casas desmoronem e plantações falhem. Mas, ao mesmo tempo, muito mais chuva é necessária para retornar aos níveis de água anteriores.
Tudo é possível. O clima é muito instável, e a tendência é que esses eventos se tornem mais frequentes e intensos. Infelizmente, são sempre as comunidades mais vulneráveis que são mais atingidas.
