Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quinta-feira, 9 de maio de 2024

Reddish Hair

Não era..
Apenas a 
cabeleira 
avermelhada...
ainda
na linda criatura.
As 
belas 
formas 
de 
outrora 
não
encantam
mais,
se 
foram, 
no 
cruel 
tempo.
......
....
Estou 
sempre
indo 

embora,
consigo
não me 
apegar
a mais 
nada,
foi isso 
que disse
ao sair,
da casa distante
no meio da mata verde.
Ninguém diz,

mas 
todos sabem
o que é,
a velhice 
e que ele causa desilusão.
Nem eu 
com
tanto depreendimento 
passaria ali, 
sem 
me tocar de tudo. 
Que vai acontecer 
a qualquer um,
ninguém sabe, mas há 
uma certa 
probabilidade,
nem a 
outrora princesa de 
olhos azuis 
e cabelos loiros 
da minha infância...
que um dia, 
imaginava sempre,
bela. 
o tempo poupou a gente.

..
Nem agora 
os cabelos avermelhados,
muito
além 
dos 
seus 
trapos 
e a vida miserável, 
seu corpo gordo,
seus olhos 
cansados, 
mãos nervosas 
nem o silêncio 
na casa,
interrompida pelos
miados e latidos
de
gatos e cachorros,
não senti ali
nenhum conforto 
mas 
uma desilusão 
do mundo,
e sua maior

lição 
a não ser esquecida
ou algo 
do mesmo de tudo, 
que tudo é perene 
assim como é o
mundo, 
de alguém que 
já foi bela,
que tudo ali,
me trouxe desolação 

impaciência.
É tudo 

uma grande ilusão...
realmente ela vai morrer
como todos 
nós vamos,
percebi

nela um vazio,
percebi
que na vida
não importa o que 
você faz
ou que cada 
um fez,
sempre se chega 
a ponto final,
chega a ser
tudo,

um desperdício
de tempo...
então, 
não se preocupe
isso vai acontecer um dia.
É tudo que se parece
um sonho 


vira pesadelo um dia,
tudo é simplesmente isso.
Algo que não percebemos, 

mas sempre
sabemos,
sempre, 
sempre 
sempre.
Anos e gerações 

passam assim,
morrem, acabam.
E ninguém 

vai lembrar esta lição.
ensinada 

pelos inumeráveis 
habitantes de antes,
Que andaram por aqui,
há muito tempo
é tudo do mesmo,
que se repete
em tudo.
É tudo grande sonho,
uma grande ilusão.
Que tudo ali tudo despertava 

esta desilusão.
Talvez 

na eternidade dourada...
seja perfeito.
Nós nunca vamos 
realmente saber,
sim 
não 
vamos saber realmente, 
antes de morrer.
A ideia imaginária 

de paraíso 
é pessoal,
é apenas 

uma ideia
mortal 
que fica 
mais intensa 
num dia de natal.
Tudo é uma 

coisa perene.. 
ou um sonho que 
num piscar de olhos 
pronto como uma 
vela que apaga,
acabou.
Nada a temer
sei disto
nas montanhas,
os
momentos
a fio que fiquei lá. 
senti que elas sim
nunca 
vão desmoronar..
Montanhas de Iomerê 

estão lá
a séculos, 
é a essência 
do lugar...
No final  

a vida é assim,
mesmo que 
possa ir tão bem
ou
deixar louco 

seu trabalho
e profissão, 
um dia vai tudo, 
vai desmoronar,
um dia cada um vai,

talvez antes será 
abandonado, 
ao envelhecer....
No final,
quem vai 
se lembrar
do tempo 
que se
gastou 

criando 
os filhos,
escrevendo 

sobre 
a cidade
ou 

do tempo 
que levou
para subir 

aquela montanha, 
fazer belas fotos dali
e dizer algo 

sobre o pôr do sol...
ou da bela vista 
da cidade de longe..
Estas  são 

minhas 
reflexões douradas 
num dia de natal.
Eu senti isso caminhando por ai,
ao sair da casa da amiga 
dos cabelos avermelhados.
A beleza vista
das montanhas de Iomerê
sempre nos salvará 
do pessimismo existencial.
No pico do monte 
me lembrando de tudo.
do viver, 
do morrer.
Estes lugares 
sempre e 
sempre me 
parecem
familiares,
desde a juventude,
ando aqui
há muito tempo,
há muito tempo,
como um 
velho amigo
ou
um sonho esquecido
que volta...
ando à deriva
através 
das montanhas..
em busca de inspiração ao 
pessimismo da vida que me 
trouxe a visita a amiga 
de tantos anos,
Além horizontes 
dourados,
junto ar puro 
da montanha,
mas 
para
meu desgosto
o pôr do sol passou
tão rápido..
as nuvens 
se foram...
ficou este sentimento...
um estqranho sentimento de paz
substituindo 
0 vazio imenso.