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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Paciência: os tempos mudam até no amor.

Sem um amor
em sua vida....
então...Paciência:
os tempos mudam..

...
Muitos
temem que,
sem amor,
sua vida nunca chegue
a ter dignidade...
Recomendo paciência,
os tempos
mudam, e
talvez mudem para
melhor no seu tempo..
Hoje, aos poucos,
me dou conta
que há algo novo..
que hoje a vida
é menos sentimental,
nada é capaz,
de dar o valor
romântico de antigamente..
Há uma vida sem amores
e paixões, verdadeiras,
tem muito escrito
e falado nas redes
e pouco vivido realmente.
A vida tem muito sexo e drogas.
Outros se queixam dos estragos que o amor intenso, fez em sua vida.
A cura do amor é simples..
tudo passa, tudo é efêmero..
Bem não vais acreditar,
mas basta se calar um pouco, é suficiente,
por tempos silenciosos...
e digo a mim,
pare de se coçar,
que suas picadas
de mosquito
não vão incomodar...
fruto de lugares que fui ontem
na zona rural.
Palavras de amor...
declaração de amor
serve só para seduzir
o objeto de amor,
ou para apaixonar-se
cada vez mais,
é assim mesmo em
repetidas vezes ditas...
Os sentimentos funcionam
como picadas de mosquito,
que coçamos e recorçamos..
Bom é exercício
de difícil de controle,
qualquer picada pode
adquirir uma relevância...
se tiver alergia pior,
sempre que coçamos
e repetimos..
a gente tende a se coçar,
muito além da conta
porque descobre que se coçar
não é um alívio,
mas um algo gostoso...
em si.
Por isso mesmo,
em geral,
não confiar demais,
nos sentimentos hoje
nem nos meus,
nem nos dos outros...
não sei se seria a solução.
Não é que os
humanos mintam,
quando amam,
odeiam ou se desesperam...
Nada disso.
Verifico que os sentimentos,
em geral, são condições
autoinduzidas,
ou induzidas pelo momento..
transtornos ou desvios,
produzidos pelos
próprios indivíduos,
que, procuram sarnas
para se coçar....
há um ditado assim aqui..
No mínimo adoram coçar
as sarnas que eles têm.
Sim coçando,
aumenta o prurido,
assim como
aumenta a vontade
e
o prazer de se coçar.
Tomemos o exemplo do amor.
Encontro,
conheço ou vislumbro
de longe,
alguém que preenche
algumas condições básicas,
para que goste dela.
Sussurrando entre
quatro paredes,
ou anotando no meu diário
ou escrevendo,
passo a encher o ar
ou as páginas,
com as descrições
da beleza inigualável..
Declarações intensas
e repetidas dos meus sentimentos.
Claro, minha poesia poderá,
quem sabe,
conquistar meu objeto de amor,
mas esse é um efeito colateral.
O efeito mais importante e esperado
de minhas palavras de amor
não é tanto o
de seduzir o objeto,
de meus sonhos,
mas o de eu me apaixonar
cada vez mais.
Pois a intensidade do meu amor
será diretamente proporcional
à insistência....
das minhas declarações.
No amor há aquelas expressões que,
ao serem proferidas, constituem
o fato do qual elas falam.
Bem suponhamos,
que eu estou apaixonado,
odeio ficar assim de alguém longe..
e que passo a depender..
Meus sentimentos existem
e devem ser declarados,
mas só crescem
e tomam conta da gente
ao serem ditos,
descritos e contados,
bem é só uma declaração,
privada...
nada aqui.
Não sou dado,
a declaração públicas..
facebook
sobre meus amores.
Razões muitas,
de o amor
ser absolutamente indissociável,
da literatura amorosa.
A primeira é que a gente
aprende a amar
e a declarar o amor
pela literatura.
A segunda é que o amor se
tornou relevante
em nossa vida à força
de ser descrito
e idealizado
pela literatura.
A terceira é que o amor,
como sentimento,
é um efeito das palavras
que o expressam:
a literatura nos instiga a amar,
tanto quanto nossas
próprias declarações amorosas.
Sempre que estou
a terminar
uma prazerosa leitura....
tudo parece que o
autor inventou o
Amor..
As vezes algo é
algo simples,
revelam um
repertório do amor.
uma rosa..
uma flor..
um ciao..
um beijo.
Há as coisas que evito..
triângulo amoroso,
é um acidente ....
ou
algo imprevisto no amor..
Nos tempos antigos..seculo 19
O amor começava com
o triângulo amoroso.
Freud..tinha e esposa..
e se apaixona pela..
a irmã..da esposa por 30 anos.
Ao rastrear o amor..
tem que ser à la française...
deveríamos aprender com eles.
“Um francês ou uma francesa sem desejo
é considerado alguém imperfeito,
como uma pessoa desprovida de
paladar ou olfato”,
“Há séculos os franceses se
consideram mestres
da arte de amar por meio
de sua literatura, sua pintura, suas canções,
seu cinema”.
Expressões como rendez-vous, tête-à-tête
e ménage à trois para aludir a intimidades
com certo sabor francês,
e já nem nos damos conta dessa
linguagem.
A palavra “galanteio” vem
diretamente do francês.
Outra palavra, amour,
nem precisa de tradução,
mesmo para aqueles de língua inglesa,
que usam um termo tão diferente como love.
Diferentemente dos pudicos americanos,
o amor à la française...
é a sua “decidida ênfase no prazer sexual”.

Esse apetite...
funciona até aqui,
no Brasil..
aaaave.
Na literatura
e a história do amor,
sabemos,
que tem a França,
como um vertedouro...
Os segredos de alcova da realeza,
os romances dos salões intelectuais
do século XVIII ou os intrincados relacionamentos
entre personalidades do século XX,
como o de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
As relações sociais e os papéis sexuais modificaram-se
com o passar do tempo,
mas sem que as regras da sociedade
fossem capazes de domar os desejos
e as ambições amorosas individuais.
Na Idade Média, as ardentes histórias de Lancelot
e outras lendas de mulheres
divididas entre o marido e o amante.
O amor representado..
algo irresistível,
fato consolidado
em que ser contra é inútil
nem se rebelar.
Assim como se dá num inevitável triângulo amoroso...
Lancelot venera seu rei Artur,
mas se apaixona pela rainha.
Os poetas do amor cortês são chegados a amar damas casadas
e frequentemente fiéis a seus senhores...
Vistos com os olhos de hoje,
triângulos amorosos são
foco batido e pisado
na literatura....
num mundo que o adultério
se tornou moda ah.
O amor romântico existe
desde que homens e mulheres
são homens e mulheres.
A Bíblia descreve o intenso desejo
do rei Davi por Betsabá, ou o amor
de Isaac pela esposa Rebeca.
As antigas tragédias gregas
nos apresentaram Fedra,
que ardia em desejo por
seu enteado Hipólito,
e Medeia, que matou os filhos
por causa
do violento ciúme do marido, Jasão.
A poeta Safo suplicou a Afrodite reciprocidade
no amor a uma jovem.
Ou quem esquece a arrebatadora
paixão de Orfeu e seu amor impedido por
Eurídice..
E Platão...o filósofo que louvou o amor
de rapazes por homens velhos como algo natural. Também não se deve ignorar
as lições de A arte de amar, de Ovídio.
A novidade francesa, os direitos dos
amantes de viver sua paixão, apesar
de todas as dificuldades criadas pela
sociedade e pela religião.
Um novo
espírito que defendeu
a própria causa do amor.
A mulher emergiu simultaneamente
como objeto do desejo masculino
e sujeito do seu próprio desejo:
“Os franceses nunca acreditaram
que as mulheres fossem menos
apaixonadas do que os homens..
Amar não quer dizer ter o fruto
do amor, um filho..
Há “tirania da maternidade”..comum
a muitos casais, que padecem na alegria
de ter um filho
e na “deserotização” do relacionamento.
Há o amor cortês, o amor cômico de
Molière ou ao amor trágico de Racine, a feminização francesa do amor
contrasta com o antigo ideal másculo
dos gregos,
noves fora a criação de personagens
femininas grandiosas, como
Antígona e Medeia, entre autores gregos.Continuamos a viagem
pela sedução e sentimentos..
já Rousseau;
pelas cartas de amor de Julie de Lespinasse;
pelo amor republicano de Elisabeth Le Bas
e Madame Roland; pela saudade da mãe de Constant, Stendhal e Balzac;
pelo amor entre os românticos,
como George Stand e Alfred de Musset;
pelo amor romântico esvaziado de Madame Bovary; pelo amor entre os homens
representados por Verlaine, Rimbaud,
Oscar Wilde e André Gide; pelo amor desesperado e neurótico de Proust;
pelo amor lésbico de
Colette e Gertrude Stein;
pelos existencialistas
apaixonados Simone
de Beauvoir e Sartre;
até o amor no século XXI...
Uma vida inteira para
dar conta dessa
literatura..
O amor se aprende com
a literatura...
O amor é tema usual dos meus texto.
O amor é absolutamente indissociável da literatura..
de Drummond..
a Pessoa ou vice versa...
só literatura
amorosa.
Feita de amar e a declarar o amor
pela literatura.
o amor se tornou relevante assim
por eles escrito,
em nossa vida
descrito e idealizado
pela sua literatura.
O amor, como sentimento,
“é um efeito das palavras que
o expressam”,
ou seja, a literatura nos instiga
a amar
tanto quanto nossas próprias declarações amorosas.
São palavras nada mais que..
manifestações de sentimentos e sua intensidade.
Tem duas coisas..o apaixonado porque ama ou ..
ou o apaixonado que
tem prazer de se apaixonar..
Nunca se sabe se declarações
de amor
são verdadeiras em muitos autores..
amo porque constato que amo..
sinto à força de dizer que amo..
assim “externamos
os nossos sentimentos
para vivê-los mais intensamente
as lágrimas que,
sem isso, não jorrariam,
ou a alegria que sem
isso talvez fosse menor.
Ama-se por amar
A mulher ama por amor/ quem
vai poder nos abraçar/
compreender nossa paixão...
É de apaixonar.
Um amor para mudar,
ou mudando para amar
Ao céu e ao inferno para
escapar da..vida ordinária,..
Sempre o amor pode significar
um enorme alento.
Amores e amores por que os
tempos mudam..
Se a vida está emperrada..
um encontro, um amor,
uma paixão dá um novo rumo.
Sim..é o que esperamos
O amor surge quando
menos a gente espera...
encontros acontecem
a cada esquina..
se deixar a gente
pode enxerga-los
até que eles nos transformem,
ou será que temos
coragem de vivê-los”.
Há muitas esquinas..
e há as esquinas
imaginárias.
Os poetas do amor cortês
amam damas casadas..
são fiéis a seus senhores..
A França é
a pátria
do amor...
Words Rebel
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