da beleza do sol,
do céu
mas das paisagens,
do vento que sopra,
em todo caminho,
na fria tarde,
cheguei
na fazenda,
ouvindo
o ruído do
vento constante,
e o frio de junho,
marcas do lugar,
tão
presentes aqui
em
Água Doce...
Longe da cidade,
e agora
no campo,
longe
é outono...
aqui,
hoje há o preto
do asfalto
e cascalho
em quase
em todo percurso na fazenda,
mas ainda,
os mesmos sinais
em todos lugares...
O verde do pasto,
os vales,
as colinas,
os capões de mata,
escassos porém,
na cerca que margeava,
toda estrada,
o gado
e o galpão enfim.
No caminho,
todo pouco jeito
das mudanças de estação,
pouco presentes,
mas
paisagens exóticas,
o verde que marca muito,
na vegetação rasteira,
que
tudo aqui
muda pouco...
a cada
estação,
com os anos..
...
Tudo misturado,
de algo que foi...
que é, um pouco diferente,
porteira afora,
mas porteira
adentro,
é tudo tão familiar ou bem
parecido,
de um dia,
que me
acostumei ao lugar,
estive
nestas bandas,
ainda menino...
e agora,
sinto que
continua,
quase tudo igual.
..
Na sede da fazenda
há folhas caindo,
em poucas árvores,
folhas no chão,
vermelho
e dourado.
Mas os dias
andam curtos,
noites longas.
Mas por
mudar,
de lugar,
recém deixei
a cidade,
não deixo de
pensar
nas
relações humanas,
e
hoje tão mais afetivas,
por esta região,
pouco povoada,
que me dá,
no meu campo,
o sul do país,
que evoca tanto,
ver os
poucos de
seus habitantes...
me recebendo.
mudar,
de lugar,
recém deixei
a cidade,
não deixo de
pensar
nas
relações humanas,
e
hoje tão mais afetivas,
por esta região,
pouco povoada,
que me dá,
no meu campo,
o sul do país,
que evoca tanto,
ver os
poucos de
seus habitantes...
me recebendo.
agora,
um cara
já maduro,
que chega aqui
para tentar
relembrar e
resgatar
algo vivido
em meu passado.
Para isso,
no campo,
é preciso reatar
a relação
com a paisagem...
com os peões,
do mata Burro
lá longe,
a cerca de arame,
o chimarrão,
o campo
de quem me
afastei há mais,
40 anos,
e fui viver
numa grande cidade.
No começo dos anos 70,
deixei
o pequeno povoado
de Iomerê, minha terra,
vim para cá,
em estrada de chão,
era tão distante,
quando revi,
o pequeno mercado
aqui, no
Horizonte,
onde tropeava gado,
era ainda tão jovem.
Por alguma razão,
que
descobri nos anos 70
e foi intensificando,
no anos,
o que
guardo imensa recordação
e
admiração do lugar.
Claro que a câmera,
me acompanha,
com a intenção de mostrar
que,
nesse ambiente campestre,
há menos pessoas e muito gado,
a natureza
tão imponente,
às vezes ameaçadora,
pelas cercas de arame,
o gado bravo.
animais peçonhentos.
As relações
aqui tem hoje,
um outro sentido
da cidade que vivo,
e aqui,
são moldadas
pela solidariedade
e
pela ideia de que é preciso
enfrentar a adversidade...
do gado
no campo,
os dias frios,
a garoa,
as vezes o vento
e chuva
e
a solidão.
Nenhum encontro é desperdiçado.
Nm diálogo na beira de estrada,
vendo a grama verde e o gado,
..
ou
a lojinha de
secos
e molhados no Horizonte,
não posso
deixar de
conter uma reflexão,
das grandes dimensões do campo,
a essência do lugar, onde todos ficam bem, até
o gado que fica aqui
no máximo
poucos mas que 3 anos,
onde está implícito
nas relações,
que tudo se dirige,
em função do abate do gado,
ou a finitude de tudo que pasta.
Assim são também os encontros
com as poucas
pessoas
de diferentes idades...
com seu cavalo
e o inseparável chimarrão.
É como se cada peão quisesse
educar-nos
para a necessidade
de cada um deixar o estresse da cidade grande, com suas angústias e medos, ameaças da violência,
e
dar o devido valor,
da vida sossegada,
na beira do fogo de chão,
papeando,
tomando mate,
ou café campeiro,
nesses diálogos simples,
que já ouvi lá longe,
que hoje tenho,
tanto respeito e admiração
com a natureza aqui
e
que pouco acontecem
nas paisagens
urbanas
das grandes cidades.
Nesse sentido,
tudo
vai de encontro
como em textos recentes
do meu blog,
centrado em descrições
que senti que foram muito
espirituosas,
e ocorrem
nestes
espaços distantes,
nestes pequenos mundos,
e reforçam que a vida
no campo é ainda tão
inspiradora.
Em que faço uma reflexão,
sobre a minha relação definitiva,
com o lugar...
Há agora
uma relação da arte fotográfica
do campo e eu.
um desafio escrever.
http://acreb.blogspot.com.br/2015/06/a-vida-no-campo-e-tudo-isso.html
No lugar..
dá-se uma real manifestação
de algo que já havia nos anos 70,
mas o contrário de lá...
além do silêncio
há enfim,
a interação
tão intensa
com a natureza,
que põem o homem,
diante de seus sentimentos...
que este mundo é capaz de propiciar,
aqui há meu interesse
hoje muito além de tudo,
de fotografar,
Nem todos aguentariam..
tanto silêncio,
berro de bois e vacas,
o papo simples do peão.
Assim,
o supérfluo,
da cidade,
cede lugar ao calmo,
final de tarde,
sol se pôr,
no horizonte,
que me atualiza,
para nossa época em que se confunde tudo,
ruídos com progresso,
prédios de cimento cheios de cercas de ferro, e o tão ausente lazer e bem estar,
mas são questões, tão ou mais fundamentais,
tão presentes aqui,
como, esta pergunta,
"para que se vive com tanta poluição"
e
"para quem se vive,
em lugares tão agitados
e barulhentos,
das grandes cidades",
com tanta gente...
em busca de algo
não tão claro,
deixar o pavor,
pelo prazer,
como que vejo a resposta,
agora,
aqui no campo...
da tranquilidade tão rara,
muito
pasto,
e gado...poucas pessoas
e
uma vida tão singela.