...
17 de Julho
de 1975...
A neve
e estar aqui
neste dia
foi uma acaso.
E de repente
tudo
começava
a fazer sentido,
eu cresci num lugar
que a neve
era comum,
pelos anos 60,
e
cada dia aqui
em Curitiba
desde
26 de fevereiro de 1972,
crescia
em
tamanho estava já no fim
da adolêscencia
e crescia em conhecimento
e saber,
Estudei no
Bom Jesus,
dos Padres
Fransciscanos,
um ótimo colégio,
mas ali fazia o
Colégio Bardall,
para o Vestibular
e a vida aqui,
em Curitiba,
naquele
momento
era muito
dificil,
Recém tinha
saído
do vida junto aos
Padres Camilianos,
do noviciado
em São Paulo,
onde
tinha
a
formação
para
ser o sacerdócio.
Um sonho humano
alimentado que se
tornou um sonho velho.
Na vida
cada um,
Torna-se
livre,
quem
acha,
que
nem tudo
é destino
ou fatalidade.
Ser ou
Tornar-se livre...
é isso,
achar o
destino
ou fatalidade,
fazem
parte do acaso.
Eu tinha a
convicção
que
nasci para
o sacerdócio,
mas tudo foi para o chão,
mudou de repente.
...
Que tudo é mais
o vento frio de Curtiba e
muito mais que folhas no chão.As folhas do chão eram coisas do outono...
agora
vivia um inverno,
na
minha vida..
Não podemos fugir,
de nada,
buscando
novos ares.
Cedo ou tarde descobrimos
que nossas
alegrias
nossas aflições,
nossos
problemas
nossos sonhos,
não
são oriundos do lugar
que habitamos,
nos continuamos
os mesmos,
sempre..
E de repente
estava na
Rua das Flores
e senti que o mundo,
é tudo isso.
Aquele amor lá,
de Iomerê,
que não deu certo,
que esteve
junto
naquela lágrima,
que rolou,
anda comigo ainda aqui..
Assim pessoas
permanecem
em minha mente..
e que os
desejos continuam,
até mudam alguns
ou continuam
os mesmos,
até
serem atendidos,
Continuo aqui.
fazendo
sempre
preces que tudo
siga bem,
no seminário,
sei
que tão cedo não
serão respondidas..
E é assim
e qualquer
outra coisa
que
no momento,
penso,
longe de Iomerê
tem coisas
que não consigo
entender.
Porra isso,
não vai dar certo.
Quando algo
me inquieta
me submeto ao
recolhimento,
introspecção,
e auto-análise.
e
é uma boa reflexão,
temos
cultos matinais,
diários
aqui no Seminário,
com
o Padre Ernesto
e Marcolino.
O tempo passa,
rápido...
chegamos
aqui
em fevereiro de 1972
e já estamos
em 1973
e o inverno
aqui é duro,
as coisas mudam
e a vida mostra cada dia
no Colégio Bom Jesus,
que é dura,
exige muita dedicação,
o Frei Antonio,
com seu cachimbo
é muito exigente
em Literatura e Português,
o Professor Olavo Schmidt
no inglês, tb
é muito exigente,
mandou ler o começo
de Otelo
de Shakepeare talvez
por causa de minha origem
Italiana ou Veneza,
mas prefiro
Hamlet,
mas
tudo bem estou aqui..
e não vou
sair daqui...
Se não fosse
deste ou
daquele jeito
que sai dai,
minha
felicidade de estar aqui,
seria algo,
que não seria possível,
e claro
eu estaria longe daqui.
É assim como sempre ouço..
Ventos que levam sonhos,
e são,
os mesmos que trazem
algo melhor
no outro dia.
Dúvidas,
não deveriamos tê-las,
não deveriamos, mas
não é bem assim
tê-las faz parte.
Mas temos..
e o que fazer com elas....
É isso que tento,
tantos vezes.
Já pensei...
já disse aos amigos aqui..
no Colégio
Elias,
o
Marcos e
e o Natal,
que uso frequente
este meio...
de trocar ideias
é muitas vezes
prazeiroso, a solidariedade
mas é sentir
o obvio..
que tudo
é muito diferente aqui.
nas,
palavras deles.
Mas sem ter que ouvir
os outros...
é impossível..
aguentar o trando sozinho.
Estou pensando em
comprar uma calça Lee,
Indigo Blue, vi na capa
de um disco do Bob Dylan.
Mas este é
um mundo
que
soa estranho..
..
Algo porém, tão incomum.
com alguém de certa
forma desconheca
e desconhecido aqui,
porém, fascinante...
Estes dias fui
na casa de um colega
o Marcos
e o
Avelino E. Vieira,
e o Lauro,
do
Bom Jesus,
ouvimos o Black Sabbat,
o disco do momento,
tem uma música bem doida,
que
toca sinos
e tem chuva no inicio.
Só para ter esta percepção
para ver isso,
tem que estar aqui..
Ah como eu queria...
ter mais grana e
isso que quero,
mais para usar
no meu tempo
e como tenho
mais tempo livre..
vou
ver muitos filmes,
mas
também.
tem um ai
no cine Vitória
vai passar
Elvis Now, fala
para o
Duval vir ver aqui.
E vou continuar dar
passada
na rua da flores...
ver aquele
Disco do Credence,
Mardi Grass
no demais
nada além de
mais flores...
da primavera
Pois é,
ninguém está satisfeito.
Ainda bem...
que somos supridos às vezes
de nossos desejos...
Os desejos continuam.
Não vou fazer
interrupção no,
meu caminho,
vou estudar muito,
o Bom Jesus
é um ótimo Colégio,
vale a pena tudo
que vejo aqui.
Nós precisamos
fazer
todo o roteiro
e isso inclui
o momento que passo
aqui em
Curitiba,
agora, tá frio,
na primavera
o inverno se foi,
dizem
que vai
nevar nos
próximos invernos,
vou esperar...
então.
Este é o fim meu amigo.
das
novidades daqui.
*1975 nevou em Curitiba
como na primeira foto..
17 de Julho
de 1975...
A neve
e estar aqui
neste dia
foi uma acaso.
E de repente
tudo
começava
a fazer sentido,
eu cresci num lugar
que a neve
era comum,
pelos anos 60,
e
cada dia aqui
em Curitiba
desde
26 de fevereiro de 1972,
crescia
em
tamanho estava já no fim
da adolêscencia
e crescia em conhecimento
e saber,
Estudei no
Bom Jesus,
dos Padres
Fransciscanos,
um ótimo colégio,
mas ali fazia o
Colégio Bardall,
para o Vestibular
e a vida aqui,
em Curitiba,
naquele
momento
era muito
dificil,
Recém tinha
saído
do vida junto aos
Padres Camilianos,
do noviciado
em São Paulo,
onde
tinha
a
formação
para
ser o sacerdócio.
Um sonho humano
alimentado que se
tornou um sonho velho.
Na vida
cada um,
Torna-se
livre,
quem
acha,
que
nem tudo
é destino
ou fatalidade.
Ser ou
Tornar-se livre...
é isso,
achar o
destino
ou fatalidade,
fazem
parte do acaso.
Eu tinha a
convicção
que
nasci para
o sacerdócio,
mas tudo foi para o chão,
mudou de repente.

...
Que tudo é mais
o vento frio de Curtiba e
muito mais que folhas no chão.As folhas do chão eram coisas do outono...
agora
vivia um inverno,
na
minha vida..
Não podemos fugir,
de nada,
buscando
novos ares.
Cedo ou tarde descobrimos
que nossas
alegrias
nossas aflições,
nossos
problemas
nossos sonhos,
não
são oriundos do lugar
que habitamos,
nos continuamos
os mesmos,
sempre..
E de repente
estava na
Rua das Flores
e senti que o mundo,
é tudo isso.
Aquele amor lá,
de Iomerê,
que não deu certo,
que esteve
junto
naquela lágrima,
que rolou,
anda comigo ainda aqui..
Assim pessoas
permanecem
em minha mente..
e que os
desejos continuam,
até mudam alguns
ou continuam
os mesmos,
até
serem atendidos,
Continuo aqui.
fazendo
sempre
preces que tudo
siga bem,
no seminário,
sei
que tão cedo não
serão respondidas..
E é assim
e qualquer
outra coisa
que
no momento,
penso,
longe de Iomerê
tem coisas
que não consigo
entender.
Porra isso,
não vai dar certo.
Quando algo
me inquieta
me submeto ao
recolhimento,
introspecção,
e auto-análise.
e
é uma boa reflexão,
temos
cultos matinais,
diários
aqui no Seminário,
com
o Padre Ernesto
e Marcolino.
O tempo passa,
rápido...
chegamos
aqui
em fevereiro de 1972
e já estamos
em 1973
e o inverno
aqui é duro,
as coisas mudam
e a vida mostra cada dia
no Colégio Bom Jesus,
que é dura,
exige muita dedicação,
o Frei Antonio,
com seu cachimbo
é muito exigente
em Literatura e Português,
o Professor Olavo Schmidt
no inglês, tb
é muito exigente,
mandou ler o começo
de Otelo
de Shakepeare talvez
por causa de minha origem
Italiana ou Veneza,
mas prefiro
Hamlet,
mas
tudo bem estou aqui..
e não vou
sair daqui...
Se não fosse
deste ou
daquele jeito
que sai dai,
minha
felicidade de estar aqui,
seria algo,
que não seria possível,
e claro
eu estaria longe daqui.
É assim como sempre ouço..
Ventos que levam sonhos,
e são,
os mesmos que trazem
algo melhor
no outro dia.
Dúvidas,
não deveriamos tê-las,
não deveriamos, mas
não é bem assim
tê-las faz parte.
Mas temos..
e o que fazer com elas....
É isso que tento,
tantos vezes.
Já pensei...
já disse aos amigos aqui..
no Colégio
Elias,
o
Marcos e
e o Natal,
que uso frequente
este meio...
de trocar ideias
é muitas vezes
prazeiroso, a solidariedade
mas é sentir
o obvio..
que tudo
é muito diferente aqui.
nas,
palavras deles.
Mas sem ter que ouvir
os outros...
é impossível..
aguentar o trando sozinho.
Estou pensando em
comprar uma calça Lee,
Indigo Blue, vi na capa
de um disco do Bob Dylan.
Mas este é
um mundo
que
soa estranho..
..
Algo porém, tão incomum.
com alguém de certa
forma desconheca
e desconhecido aqui,
porém, fascinante...
Estes dias fui
na casa de um colega
o Marcos
e o
Avelino E. Vieira,
e o Lauro,
do
Bom Jesus,
ouvimos o Black Sabbat,
o disco do momento,
tem uma música bem doida,
que
toca sinos
e tem chuva no inicio.
Só para ter esta percepção
para ver isso,
tem que estar aqui..
Ah como eu queria...
ter mais grana e
isso que quero,
mais para usar
no meu tempo
e como tenho
mais tempo livre..
vou
ver muitos filmes,
mas
também.
tem um ai
no cine Vitória
vai passar
Elvis Now, fala
para o
Duval vir ver aqui.
E vou continuar dar
passada
na rua da flores...
ver aquele
Disco do Credence,
Mardi Grass
no demais
nada além de
mais flores...
da primavera
Pois é,
ninguém está satisfeito.
Ainda bem...
que somos supridos às vezes
de nossos desejos...
Os desejos continuam.
Não vou fazer
interrupção no,
meu caminho,
vou estudar muito,
o Bom Jesus
é um ótimo Colégio,
vale a pena tudo
que vejo aqui.
Nós precisamos
fazer
todo o roteiro
e isso inclui
o momento que passo
aqui em
Curitiba,
agora, tá frio,
na primavera
o inverno se foi,
dizem
que vai
nevar nos
próximos invernos,
vou esperar...
então.
Este é o fim meu amigo.
das
novidades daqui.
*1975 nevou em Curitiba
como na primeira foto..