Esses questionamentos não ignoram as causas físicas, históricas e políticas dessa e de todas as tragédias, mas nelas se busca um sentido espiritual para a perda. É o tipo de pergunta que não se faz mais no espaço público, mas continua sendo feita na vida privada e nas comunidades religiosas.
Enfim cada um.
Trata-se sim e apenas do questionamento pelo sentido da experiência humana de sofrimento e morte. O terremoto de Lisboa, em 1755, que matou milhares de pessoas, fez o filósofo Voltaire questionar: Por que sofremos sob o jugo de um mestre justo..ou Deus. Aqui está o nó fatal que é necessário desatar. Iluminista que era, Voltaire buscava "desatar o nó" da falta de sentido da tragédia por meio da explicação racional.
Foi a ciência, e não a religião, que ensinou aos homens que as coisas são complexas e difíceis de entender...isso..
Emile Durkheim, em 1912, disse, com outras palavras, que um fiel não busca a religião para "desatar nós explicativos," mas para encontrar força para seguir vivendo depois de uma tragédia pessoal. O sociólogo francês entendeu que o poder da religião não vinha de sua capacidade explicativa, mas da solidariedade que surgia quando as pessoas se reuniam para compartilhar suas dores e enxugar as lágrimas umas das outras. Somos "átomos atormentados" sobre este amontoado de lama, mas átomos pensantes, átomos cujos olhos, guiados pelo pensamento, mediram os céus, escreveu Voltaire em um dos versos mais densos do poema sobre o terremoto de Lisboa.
Somos átomos com eternas perguntas religiosas: "Qual o sentido da tragédia para alguém que perece". Átomos que indagam os céus sobre tsunamis, terremotos, secas e enchentes. A razão da indagação aos céus não é o desconhecimento das causas naturais das tragédias, mas o inconformismo de que seres humanos sejam somente um ajuntamento de átomos engolfados na lama literal..ou apenas pó.
Trata-se sim e apenas do questionamento pelo sentido da experiência humana de sofrimento e morte. O terremoto de Lisboa, em 1755, que matou milhares de pessoas, fez o filósofo Voltaire questionar: Por que sofremos sob o jugo de um mestre justo..ou Deus. Aqui está o nó fatal que é necessário desatar. Iluminista que era, Voltaire buscava "desatar o nó" da falta de sentido da tragédia por meio da explicação racional.
Foi a ciência, e não a religião, que ensinou aos homens que as coisas são complexas e difíceis de entender...isso..
Emile Durkheim, em 1912, disse, com outras palavras, que um fiel não busca a religião para "desatar nós explicativos," mas para encontrar força para seguir vivendo depois de uma tragédia pessoal. O sociólogo francês entendeu que o poder da religião não vinha de sua capacidade explicativa, mas da solidariedade que surgia quando as pessoas se reuniam para compartilhar suas dores e enxugar as lágrimas umas das outras. Somos "átomos atormentados" sobre este amontoado de lama, mas átomos pensantes, átomos cujos olhos, guiados pelo pensamento, mediram os céus, escreveu Voltaire em um dos versos mais densos do poema sobre o terremoto de Lisboa.
Somos átomos com eternas perguntas religiosas: "Qual o sentido da tragédia para alguém que perece". Átomos que indagam os céus sobre tsunamis, terremotos, secas e enchentes. A razão da indagação aos céus não é o desconhecimento das causas naturais das tragédias, mas o inconformismo de que seres humanos sejam somente um ajuntamento de átomos engolfados na lama literal..ou apenas pó.