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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

I can’t claim to have achieved perfection

A paixão por discussões para muitos é algo implacável e prejudicial. Muitos estão tão fixados em estar certo o tempo todo, ficam brigando ou discutindo por qualquer coisa.
Calmamente, pense nisso.
Eu e você, temos falhas, assim como qualquer outra pessoa.
Ninguem é perfeito, temos hábitos particularmente cativantes, mas meras ninharias como gostar de flores ou ver o pôr do sol, estão longe comparadas à obsessão de muitos em estar sempre certos ou dar a última palavra. Vai desde a cor para pintar a cozinha até a origem de uma citação famosa, ou mesmo algo tão trivial quanto o que comer no jantar, e aí é que muitos adoram discutir. Dia ou noite, sempre estão pronto para discutir com quem tiver o azar de puxar um assunto. Os desafiantes incluem filhos, esposa, amigos e até mesmo estranhos. Nesses debates, muitos podem estar brincando de falar ate brincadeiras, e eles estão sempre opondo- se apaixonadamente, ou mesmo desdenhosamente superior. Mas o que sempre foi verdade é que muitos destes indivíduos nunca estão realmente ouvindo a perspectiva da outra pessoa. Por alguma razão inexplorada, muitos sempre consideram o seu próprio argumento como o certo ou mais competente e tentam prová-lo de todas as maneiras possíveis.
Parece uma fixação em estar certo como um pilar na vida e frequentemente e causam problemas com amigos ou na família e há momentos em que até o casamento fica tenso e os filhos se distanciam. As brigas se sucedem e cada briga é mais longa que a outra e se arrastam por muito tempo, ou anos. Até pequenas discussões ou desentendimentos tem o potencial de explodir. Quando alguém tenta manter a calma, perde a determinação no calor do momento. Até que um dia alguém chega e abre os olhos para o impacto que deste comportamento tóxico, esta tendo nas pessoas ao redor. Até no xadrez ou jogo de dama.. há desentendimentos.
Alguns dizem. É só um jogo. Estamos aqui para nos divertir, não é.
Algo sobre isso. Não estávamos lá para estar certos, estávamos lá para nos divertir quando rolar os dados ou como mover as peças. O que realmente importa é o vínculo e os momentos convividos ou compartilhados.
Até num jantar com alguém que chegou ou veio a sua casa. Durante a refeição, compartilhando um ponto de vista algo surgiu me pareceu infundado, ou absurdo, teria me lançado de cabeça em um debate acalorado com ele, apenas para acabar se sentindo culpado por ser tão obstinado. Mas uma vez, quando abri meus lábios para responder, me vi colocando um garfo cheio de torta na boca, saboreando-a silenciosamente. As palavras de alguém ecoaram em minha mente estávamos reunidos para nos divertir, não estávamos ali por outro motivo. Realmente não vale a pena estragar o dia, só para provar estar certo, um ponto. Minha abstinência me surpreendeu. Mas o que realmente me tirou o fôlego enquanto o ouvia foi desejo recém descoberto de entendê-lo. Essa experiência trouxe uma alegria que superou em muito a satisfação passageira de vencer uma discussão.
Em retrospectiva, há motivação para vencer não um discussão não é realmente sobre buscar a verdade, mas mostrar quem era melhor do que todos os outros. Querer que as pessoas vissem uma pessoa mais inteligente e capaz na sala e, por sempre ter a palavra final, sentir que estava provando isso. 
O que eu percebi foi que tal comportamento não estava bem. Achei que não estava ganhando respeito ou apreciação por ser teimoso, insistir. Ao deixar rolar um papo ou deixar ir adiante, eu achei que quanto mais praticava, melhor dominava a arte de ficar quieto. O que nunca poderia imaginar e ter previsto era o quanta felicidade geral melhoraria simplesmente ouvindo calmamente os outros sem interromper ou se tornar excessivamente emocional. Aprender a pausar não significa que é aceitar passivamente a opinião de todos os outros. Mas isso ensinou que a tolerância faz diferença. Afinal, ninguém está forçando a concordar com cada declaração. Quando não se concorda com alguém, um simples encolher de ombros ou uma resposta neutra como "Quem sabe? Talvez?" também pode funcionar.
Não posso dizer que isso é alcancar a perfeição. Às vezes, ainda sinto uma onda familiar de irritação surgir com quem tem o potencial de sabotar esta estratégia cuidadosa. Mas, como acontece com todas as coisas difíceis da vida, a perseverança é fundamental. Quando percebo que podemos fazer mudanças proativas no comportamento, comecei a notar todas as outras áreas da  vida que poderiam se beneficiar de alguns ajustes finos, como comprar um suéter novo e, de repente, perceber que o resto do seu guarda-roupa precisa de uma atualização. Mas quando parei de me estressar com conflitos com meus entes queridos, descobri que não faz sentido discutir ou brigar.
Reconheço que discutir na mesa de jantar é muito parecido com decidir beber uma xícara extra de café ou uma taça de vinho, ou passar uma hora adicional (às vezes duas ou três) nas redes sociais. Essas são questões de autodisciplina e nada mais. Sempre entendi esse conceito em teoria, foi preciso observar a intervenção de alguém para que eu o aplicasse. Afinal, estamos aqui para nos divertir, não é mesmo.