Sonho, sonhei e continuarei sonhando.
O adulto generoso, a criança dócil, convivem
na mesma pessoa.
Cada ser humano sabe,
na verdade, de que modo tratou e trata a criança, que está e tem dentro de si.
na verdade, de que modo tratou e trata a criança, que está e tem dentro de si.
Dissonâncias
e suavidades
e suavidades
ocorrem.
A vida de cada um,
constituí
um pano de fundo,
um pano de fundo,
possível,
e inquietante,
para a história,
de cada um,
de cada um,
que carregamos
dentro de nós.
dentro de nós.
Nossos momentos,
que desejamos eternos...
na fotografia..
são sim eternos...assim.
Momentos que ficaram,
são imortais em fotos.
Ou se perderam
no tênue e frágil
véu da memória.
De certo modo,
a fotografia
dá uma pausa no tempo,
imortalizam instantes que,
na mente,
não capturados,
se dissipariam,
eis nossa memória fugidia.
A fotografia eterniza celebrações, momentos de felicidade, de alegria,
encontros.
Mas sei que ninguém
se incumbirá
de imortalizar
a memória
de algum homem..além das fotos e de que escreve.
O homem um dia
desaparece para sempre,
como todas as fotos
não batidas.
Como todos
aqueles sorrisos
desperdiçados,
e
como amores desejados,
não vividos.
O homem,
nos anos
imortalizou
alguns pequeninos
instantâneos
da felicidade,
nos sorrisos,
nas alegrias
nas celebrações suas,
e alheias.
Me incumbi de imortalizar minha
(in)felicidade...
meu filho acima,
meus irmãos,
minha avó..
Meus olhos azuis sempre atentos
ou escondidos
ou querendo ver longe...
que amou sempre os Beatles
Seu nome?
Anthônio.
Um italiano... então sou descendente.
Seu avô..
veio num navio,
uma viagem de vários dias...
🇮🇹origem ênego-itália..
destino Brasil
Numa jornada corajosa
e solitária,
veio sozinho,
muitas vezes,
outras
sem pai,
mãe
ou qualquer
outro parente
que lhe tomasse pela
mão
e
lhe encaminhassem
pelos bons caminhos,
do novo
mundo,
em que resolvera aportar.
Apenas como uma criança,
em busca
de um sonho,
da felicidade.
Não se sabe ao certo...
se foi feliz..
só ele nos poderia relatar,
não fosse a finitude
dos homens
e das coisas
as venturas e desventuras,
as dores, as alegrias
e as dificuldades,
os caminhos
que o conduziram
até ali,
até o presente.
O momento presente.
O presente, onde um fotógrafo..
remonta toda sua história
Não sou um fotógrafo das estrelas,
sou
do sol,
da lua,
de rosas
e flores..a floresta,
um fotógrafo
dos “comuns”.
Sua câmera dependurada
no pescoço, sempre registrei
ou registrava..
mas silenciou,
em instantâneos
de sua família..
Fotos,
mesmo sem voz
é arte, é poética,
expressa-se,
é estética,
mesmo
em segredo
revela-se....
Meu filhos, em inteiras
confraternizações
e alegrias...
é bem verdade...
desde o menino loiro
de olhos azuis..
Era muito pequeno, loiro,
enxuto mesmo...frágil,
delicado na aparência
e no espírito...
Andava sempre por ai..
e continuo por ai,
tudo deu muito certo.
seus dias de glória...
chegaram e continuam
O fotógrafo Anthônio Rebel, entre suas afinidades,
a vida desinteressada..
sem ostentação..
cúmplice,
do que via nas criaturas..
nos pássaros
nas noites,
as vezes
no silêncio da tarde..
o pôr do sol,
experimenta as vezes
a insuportável solidão
e também o amor.
As fotos e as aparências revelam...
meu gosto pela natureza.
Um homem que,
ainda menino,
que como tantos
outros homens,
desejava,
deseja,
continua
desejando,
fazer acontecer
os seus sonhos...
Photo
words
Rebel