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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Young people get old


Cora Coralina poeta brasileira, morta em 1985 aos 96 anos, esta é a foto dela..Uma jovem que ficou velha..mas já escrevia desde jovem..Muitos jovens aqui ficaram velhos...nem todos, muitos pereceram antes..
*A vida tem duas face.. Positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado.
Saber viver é a grande sabedoria..Que eu possa dignificar..Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações..E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando.Nasci em tempos rudes...Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo..👋👋👋👋
Aprendi a viver...eu sou aquela mulher..*Cora Coralina.
🕣Muita coisa mudou nestes quase 100 anos.
O coreto a frente da igrejinha de madeira..na praça.
Era modesta a igreja que os pioneiros construiram, há quase 100 anos. Imagens que dizem muito, nós.. revelam quem somos nós. Iomerê, de ontem e hoje.
🕒⏱️⏲️Há 100 anos foi o início da colonização, vi as fotos em que se celebrava a festa do padroeiro.. uma tradição religiosa que se manteve constante até aqui, desde quem chegou aqui há mais ou quase cem anos e assistiu o nascimento de Iomerê, dos seus mais ilustres desbravadores e pioneiros italianos🇮🇹🕣⏲️🕰️ Bravos 🇧🇷Descendentes 🇮🇹Sua história de vida, fé e sobretudo, o início nossa vida foi muito, ricamente marcada pela convivência e religiosidade, com aqueles que deixaram a velha🇮🇹Itália, no Venêto em especial o velhos habitantes de quem sempre ouvia as mais belas histórias, transmitidas pelo pioneiros entre outros, Nora, Lazzari, Viecelli, Pastore, Rech, Penso, Zago e Zardo e seus familiares. Não! Foram muitos que atravessaram, como imigrantes o mar, no transatlântico cargueiro, Bravos 🇧🇷🇮🇹 muita gente assimilou em sua mente a decisão, a luta, a amargura, a espera, o pranto e o sonho, de seus ancestrais, pela nova vida em terras desconhecidas da América🇮🇹🇧🇷. Quem atravessou o transatlântico, assumiu no coração, as dores e as agruras de seu povo na longa viagem de trinta e seis dias de navio. Aqui enfrentou os precários alojamentos de imigrantes aguardando destinação, mas encarnou com esperança a árdua experiência de outros imigrantes. Os desbravadores ao pisar a nova terra, intitulada Serra Gaúcha, o imigrante acima de tudo bebeu da mesma fonte que saciou tanta sede..do novo. O meu avô já conta histórias de quem morou no barracão destinado aos imigrantes, precisou recorrer às abóboras dos “breseleros” que saciava a fome dos italianos...outros italianos necessitaram pedir cavalo emprestado para fazer a primeira plantação de milho, fez caminhada até a Capela desde o risco das Onças, pra rezar o terço nas tardes de domingo, ajudou a construir com a madeira do barracão dos colonos, quando cada qual já tinha sua moradia, a primeira Igrejinha..carregou água nos bigóios e ajudou carregar tijolos para construir a matriz, levou provimentos para Padre Camilianos, escondido como um passarinho, pela fúria dos que queriam construir uma história na fé..conheceu o Padre Vigario Lazzari, amado e venerado por todos. Estava nas festas que ofereceu na acolhida dos padres. Sim muitos estão aqui alguém que vivenciou as primeiras décadas de pioneirismo de nossa altaneira Iomerê, se tornou memória viva de um passado que jamais poderá ser esquecido. Bebendo da fonte de seus antepassados, tem nas suas veias a fé encorajadora dos imigrantes, a esperança fortalecedora dos pioneiros e o amor entusiasta dos desbravadores. No Frei Evaristo que modelou seu estilo exemplar, centrada, austera e autêntica. As mestras deixando um legado de luz e saber, na educação de nosso povo...muitos ao lado da Irmã Otalia a saudosa..freira.
Descendentes que diziam..
Sai da tua terra, da tua parentela e da Itália 🇮🇹vai para a terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei sempre teu nome.
🇮🇹Sê tu uma bênção” Tive a grata oportunidade de conhecer alguns pioneiros e vivemos aqui neste solo sagrado, trabalhamos juntos por anos, na cidade e sou testemunha do quanto estas pessoas, figuras proeminentes marcaram desenvolvimento cultural de nossa gente. Participei de inúmeras iniciativas, outros eventos e realizações culturais, participadas por todos, por sua participação marcante, de forma tão humilde e cooperativa. Neste momento em que comemoramos 100 anos não me resta outra homenagem, senão resgatar a mais bela e popular canção que ilustra a história de um povo, da sua vida:
🇮🇹“Dalla Italia noi siamo partiti
Siamo partiti col nostro onore
Trentasei giorni di macchina e vapore,
e nella Merica noi siamo arriva'.
Merica, Merica, Merica,
cossa saràlo 'sta Merica?
🇮🇹Merica, Merica, Merica,
un bel mazzolino di fior.”