Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

quarta-feira, 6 de março de 2024

Love




BELA MANHÃ DE DOMINGO,
Amava-o e se sentia amada, mas não era como antigamente e não encontrava uma explicação coerente, nada fazia sentido, o que sentia, principalmente porque no passado, tinham sido amantes fogosos. Um verdadeiro mistério.
Em teoria seu retraimento sexual seria uma resposta à sua insistência ou não era verdadeira. Ela só insistia, porque ele se negava. Precisava de ajuda e lembrou que tinha uma amiga, talvez pudesse ajudá-la.
Sem hesitar nem por um instante, telefonou para ela do seu celular. Passado o estranhamento inicial, foi direto ao assunto e obteve resposta.
Estão virando irmãos, disse sua amiga depois de escutá-la atentamente. E continuou.
O amor às vezes é fraterno, as razões desta transformação são diversas, há homens que se relacionam bem com mulheres passivas ou frígidas, mas não suportam uma mulher fogosa e temem o desejo feminino, se sentem ameaçados e alguns reagem com impotência, outros com ejaculação precoce ou como é o seu caso, se negam ao “confronto” sexual.
Trata-se de um medo infantil e irracional, um p
conheci um homem, era filho de uma mãe exigente e superprotetora, quando namorava uma mulher ardente revivia um terror infantil. Lembro que teve um sonho no qual era devorado por uma bruxa.
Não era o seu caso, do seu amado, só o amava e o desejava. É verdade que sua forçada abstinência deflagrou um forte erotismo que fluía intenso, talvez exagerado, porém não se sentia uma mulher devoradora de homens.
Como resolver o impasse. Teria algum recurso. Alguma solução.
O importante é que se amam e se respeitam. Os homens precisam enfrentar seus problemas, não pode simplesmente ignorá-lo. Deverá resolvê-lo para não destruir a relação. Não é concebível que tão jovem simplesmente tenha renunciado ao sexo e imponha tal renúncia à sua companheira de forma definitiva e unilateral. Precisa admitir sua dificuldade e saber que dispõe de várias alternativas terapêuticas para resolvê-lo. O que não pode é ignorar, tornar crônico o problema, muito menos com a sua colaboração, por não decidir... cumplicidade.
“Cumplicidade”....
Imagine se fosse você quem se negasse sistematicamente a fazer sexo. Seria lógico o seu namorado, louco de desejo, se masturbar constantemente, resignado e sem esperanças de uma relação verdadeira”
- “Não”.
“Nesse caso, ele poderia e deveria exigir uma solução, mesmo que uma terapia fosse difícil e demorada”.
Se sentia mal pela incerteza do futuro e bem pela sua enorme confiança em seu amado e no profundo amor que sentia por ele. A palavra “cúmplice” permaneceu na sua mente, brilhando como um cartaz luminoso. Não bastava falar com o amado, nos intermináveis debates, tinham caído no vácuo, acabaram sendo inúteis. Não lhe restara nenhuma dúvida de que ambos precisavam de ajuda profissional ou terapia. Ela tinha dado o primeiro passo. Deveriam reconhecer, humildemente, que, mesmo sendo inteligentes e bem intencionados, não poderiam resolver questões inconscientes, obscuras e profundas.
Eles em conversas, o amado, encantador como sempre, escutou atentamente, garantiu-lhe que encontrariam uma solução e pediu tempo e paciência para resolver a questão..o amor não tinha acabado, assim do nada.