Quando começamos a viver, colocamos muito do nosso espirito para viver intensamente, mesmo nos ambientes mais hostis. Há muitas coisas boas de se ver e pensar numa caminhada nesta floresta. Árvores, musgos, algumas cachoeiras e muito ar puro. Casas rodeadas de florestas.
Todos nós temos florestas em nossas mentes..temos as florestas reais. Florestas inexploradas, sem fim. Cada um de nós se perde de se encantar, na imensa floresta, todas às vezes que anda por lá, às vezes sozinho. A vida de uma floresta, de longe parece uma unidade, pode ser compreendido, descrito, mas mais perto começa a se separar, a se romper em luz e sombra. Dentro não há forma, apenas detalhes prodigiosos que chegam a todos os lugares, sons exóticos, raios de sol nas copas, folhagens, árvores caídas, pequenos animais que fogem ao som de um galho estalando, insetos, silêncio, flores. E tudo isso, tão perto, intimamente entrelaçado, tudo isso tão a mostra, é o que desejamos ver. A imagem de um bosque ou da floresta apareceram com
bastante frequência em literatura e versos. Na
verdade, apareceu e aparece com tanta frequência que reune em si uma boa quantidade de
versos, de modo que se tornou uma grande
floresta onde, com longas léguas de verde variável entre elas, ocorre, ocorreram estranhos
episódios de poesia. Assim, numa parte há amantes que vagam numa noite de verão, ou durante o dia, um duque e seus seguidores, e em outra, homens atrás de galhos, de modo que a floresta parece se mover, e em outra, uma garota separada de seus dois senhores jovens irmãos, e, em outra,um poeta ouvindo um rouxinol, mas antes sonhando ricamente com a grande arte do que ali a
explorando, e há outros habitantes, pertencentes ainda mais intimamente à
floresta, fadas, uma debandada de feiticeiros. A própria floresta tem nomes
diferentes em línguas diferentes e em alguns lugares há árvores separadas com nomes, como aquela na periferia
contra a qual um jovem poeta viu um andarilho espectral encostado, ou, em cujo meio ou centro está o inexplorado apenas há rumores que chegam até à poesia, ou as Árvores da vida, do conhecimento
outro. De modo que, de fato, toda a terra parece tornar-se esta enorme floresta, e as nossas civilizações mais longas e mais estáveis mas são apenas clareiras no meio dela.