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domingo, 18 de agosto de 2024

Olha o mundo

Além 
do presente, o futuro
vem à mente.
Fazer  fotos ou vendo 
fotos antigas, não é tudo...
que penso... mas é algo que 
penso agitando a mente.
Sinto, escrevendo tudo isso,
sinto que
 
falta algo
faltou algo,
no tempo 
que passou, eis nossa 
imperfeição.
Se há algo que
em cada nos faz mais humanos é a dita
imperfeição .
Como um sonho,
presente 
ou
um 
velho sonho
ou 
sonho
antigo, 
vejo todas
coisas
que já fiz.
que se 
tornaram
sonhos velhos.
Mas a história
continua..
um dia após 
o outro, ando
cercado 
mesmo
de realidades
próximas.
Meu computador...
ao som do 
Iron Maiden, ali
fecho os olhos
e lembro
o tempo
que se foi.
tudo
é meio perda
de tempo.
Voltar
ao passado,
é ser saudosista,
mas...
Sentir,
criar,
pensar, 
em
algo
que poderia
ter sido diferente,
Anos perdidos.
A poesia..
A canção..
fazem parte do momento.
A alma tem a
ver como
uma canção.
O tempo se impõe,
na distância de tudo.
O amor que se foi
meus avós,
minha infância
num lugar que vivi.
Talvez
só por pensar,

há algum tipo
de afeto..
isso,
seja por assim dizendo,
algo melhor,
longe...
Num mundo,
quando pessoas
são excessivamente,
presas ao cotidiano
e por isso,
só sobrevivam
coisas
do dia a dia...
o novo logo 
vence o velho
e o novonfica velho
e logo
descartado,
são
emoções fluídas.
Em meio a isso,
tenho o cuidado
de não tornar-me
um refém
das
vivências
passadas...
e nem um
ressentido.
Muita coisa na
vida da gente
é vaidade,
mas não é tudo,
digo,
"nem tudo é vaidade".
Neste instante,
experimentei,
a sensação
de voltar
na
Vila Bressan,
em que vivi ali,
vendo lugares cheios 
de
árvores,  
o rio. 
o trem
como quem
diz pra si 
em sua mente...
aqui foram 
dias felizes
da minha vida.
me remetem 
a momentos
passados há 50 anos
atrás,
uma rápida emoção,
vem aos olhos, 
no passado feliz
que não
existe mais,
Essa catarse de
relembrar.
belos momentos,
instantes
lindos da minha vida,
mas 
que não afeta
muito
o
presente,
sou
daqueles
que
valorizam
antepassados.
Há poucos dias,
uma amiga 
me disse
que considera
uma mentira
a ideia de que
sempre amamos
nossos pais 
e familiares.
Concordo com ela.
Acho que talvez
possamos mesmo,
não sofrer tanto,
imaginar
a vida assim,
ao imaginar
que nem
sempre
nossos
pais e irmãos 
são 
escolhas afetivas
nossas,
significa dizer
que nem
sempre 
amamos eles,
tudo
me parece uma
dessas idealizações
que alimenta o mito
de que a família algo
que nos é imposta,
de quem
a gente ama e
será sempre fiel.
Nem sempre há
solidariedade 
e amor
ou algo assim,
que
se retroalimenta 
em seus membros.
Ao contrário,
acho que,
às vezes,
pode ser mortal
para seus
membros
porque
mesmo o amor,
às vezes,
não é presente
e há ódio e rancor 
em cada coração
que
aniquila.
Admitir isso não rola fim.
Tenho alguns amigos,
mas não muitos,
é claro que 
pensam assim..
A generosidade nem
sempre é algo presente
na família.
Sou um
cara meio
chato
e
de prazeres
solitários,
por isso,
me esforço
em lembrar,
mas
confesso que admirei
muito meu
avôs Silvio
e
Catarina Dalmolin.
Pensar
que eram
além 
dos outros,
na amizade
sincera ou
sua generosidade
quase sempre presente
ao meu redor.
Tudo de bom
que
aconteceu
louvo mas quando
as coisas vão mal
me faz supor que,
afinal,
há de la
alguém que
carregamos
na palma da mão
a ingratidão do mundo...
Na minha
consciência
é que temos sim,
um
lento
caminhar
pelo mundo,
mas é sempre
muito solitário.
Quantas vezes
tivemos
momentos
atormentados
pelo sentimento
de insignificância,
ingratidão 
e indiferença.
Quantas vezes
atitudes nossas
pereceram sozinhas,
diante da 
incompreensão,
da espera de um afago,
de uma resposta,
que não veio.
Quanto
afeto e gratidão
se
perdeu nestes anos..
Eu sei que
por ser tudo se 
parecer
tão volúvel
e insensível.
mas coisas assim
acontecem.
A
vida
sem afeto ou amor...
tao essenciais
não e nada.
Amor é algo desejável,
mas acontece.
mas muitos lares em
que ela não 
está presente
com seus familiares 
ou
em parte deles.. 
fica
insuportável..
e
que foi isso
que vivi,
vi
e senti
nestes momentos 
que já
rememorei tudo 
e
comigo entendo
o que a gente
não deve estar
sempre procurando os
anos dourados, mas
a gente vive 
sempre
os anos dourados
por estar vivo
e com saúde.
Tá escrito
anos perdidos nem tanto,
assim entendo.