*A paz interior renova a alma e fortalece o coração
Rebel.
A coisa mais linda que já li sobre Lorca:
Nem só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e estivesse desamparado na rua, não pediria um pão, mas pediria meio pão e um livro. E eu ataco daqui violentamente aqueles que só falam de reivindicações económicas sem nunca mencionar as reivindicações culturais que é o que os povos pedem. Bom é que todos os homens comam, mas que todos os homens saibam. Que desfrutem de todos os frutos do espírito humano porque o contrário é transformá-los em máquinas ao serviço do Estado, é torná-los escravos de uma terrível organização social.
Eu tenho muito mais pena de um homem que quer saber e não pode do que de um faminto. Porque um faminto pode acalmar a sua fome facilmente com um pedaço de pão ou com algumas frutas, mas um homem que tem vontade de saber e não tem meios, sofre uma terrível agonia porque são livros, livros, muitos livros que precisa, e onde estão esses livros.
Livros! Livros! Aqui está uma palavra mágica que equivale a dizer: “amor, amor”, e que os povos deviam pedir como pedem pão ou como anseiam pela chuva para os seus sementeiras. Quando o insigne escritor russo, Fiódor Dostoyevski, pai da Revolução Russa muito mais do que Lenine, estava preso na Sibéria, longe do mundo, entre quatro paredes e cercado por planícies de neve infinita, pedia socorro em carta à sua distante família, apenas dizia: "Enviem-me livros, livros, muitos livros! para que minha alma não morra! ”. Tinha frio e não pedia fogo, tinha sede terrível e não pedia água, pedia livros, ou seja horizontes, ou seja, escadas para subir ao topo do espírito e do coração. Porque a agonia física, biológica, natural de um corpo por fome, sede ou frio dura pouco, muito pouco, mas a agonia da alma insatisfeita dura a vida inteira.FEDERICO GARCIA LORCA
Quando o famoso escritor russo Fiódor Dostoiévski [... ] era um prisioneiro na Sibéria, longe do mundo, entre quatro paredes e rodeado de planícies desoladas de neve sem fim, e pediu ajuda numa carta à sua família distante, ele apenas disse: Me mandem livros, livros, muitos livros para que minha alma não morra! Ele estava com frio e não pediu fogo, tinha muita sede e não pediu água: pediu livros, ou seja, horizontes, ou seja, escadas para subir ao cume do espírito e do coração. Federico García Lorca, poeta e dramaturgo espanhol 1898-1936.
A coisa mais linda que já li sobre Lorca:
Nem só de pão vive o homem. Eu, se tivesse fome e estivesse desamparado na rua, não pediria um pão, mas pediria meio pão e um livro. E eu ataco daqui violentamente aqueles que só falam de reivindicações económicas sem nunca mencionar as reivindicações culturais que é o que os povos pedem. Bom é que todos os homens comam, mas que todos os homens saibam. Que desfrutem de todos os frutos do espírito humano porque o contrário é transformá-los em máquinas ao serviço do Estado, é torná-los escravos de uma terrível organização social.
Eu tenho muito mais pena de um homem que quer saber e não pode do que de um faminto. Porque um faminto pode acalmar a sua fome facilmente com um pedaço de pão ou com algumas frutas, mas um homem que tem vontade de saber e não tem meios, sofre uma terrível agonia porque são livros, livros, muitos livros que precisa, e onde estão esses livros.
Livros! Livros! Aqui está uma palavra mágica que equivale a dizer: “amor, amor”, e que os povos deviam pedir como pedem pão ou como anseiam pela chuva para os seus sementeiras. Quando o insigne escritor russo, Fiódor Dostoyevski, pai da Revolução Russa muito mais do que Lenine, estava preso na Sibéria, longe do mundo, entre quatro paredes e cercado por planícies de neve infinita, pedia socorro em carta à sua distante família, apenas dizia: "Enviem-me livros, livros, muitos livros! para que minha alma não morra! ”. Tinha frio e não pedia fogo, tinha sede terrível e não pedia água, pedia livros, ou seja horizontes, ou seja, escadas para subir ao topo do espírito e do coração. Porque a agonia física, biológica, natural de um corpo por fome, sede ou frio dura pouco, muito pouco, mas a agonia da alma insatisfeita dura a vida inteira.FEDERICO GARCIA LORCA
Quando o famoso escritor russo Fiódor Dostoiévski [... ] era um prisioneiro na Sibéria, longe do mundo, entre quatro paredes e rodeado de planícies desoladas de neve sem fim, e pediu ajuda numa carta à sua família distante, ele apenas disse: Me mandem livros, livros, muitos livros para que minha alma não morra! Ele estava com frio e não pediu fogo, tinha muita sede e não pediu água: pediu livros, ou seja, horizontes, ou seja, escadas para subir ao cume do espírito e do coração. Federico García Lorca, poeta e dramaturgo espanhol 1898-1936.