Sem filtro como de costume, confidenciou o eterna BB, arranhando de passagem a luta das feministas.
Esta é uma afirmação que pode não ser unânime. Em entrevista publicada pela revista Le Point, Brigitte Bardot, conhecida pela sua franqueza e pelas suas posições radicais, relembra a sua carreira no cinema, a sua luta a favor dos animais mas também a sua indiferença pela luta feminista, recusando-se a encarnar o estatuto de ícone dos anos sessenta para a emancipação das mulheres. O que, no entanto, foi transmitido em seus papéis míticos, como Juliette em..
E Deus... Criou a Mulher. Linda, mas acima de tudo muito inteligente, para as nádegas imagino que nem qualquer um poderia pagar. Hoje as feministas estão travando a batalha errada, para um homem essas mulheres são uma cura para o amor.
Completa até o fim... parabéns a ela! Que possamos nos lembrar dessas mulheres livres quando tivermos que reconstruir este país.
Livres para pensar, para defender causas, para dormir com quem quiserem, para aceitarem essa parte de complementaridade com os homens. Quando perdemos essa trajetória.
Adorei ter as mãos na minha bunda..
Brigitte Bardot lembra de clima "livre" no set.
Porém, apesar dos sucessos que se sucederam no cinema, nem sempre tudo foi fácil para Brigitte Bardot, principalmente no "(seu) dia a dia". "Minha liberdade às vezes me custou caro, você sabe", ela admite. Fui caçado, insultado, arrastado na lama por causa da forma como vivi. Muitas vezes, encontrei mulheres na rua que me chamavam de prostituta.
Fora dos sets, se alguns raros atores como Alain
Delon ou Mylène Demongeot conseguiram
conquistar sua amizade, não foi o caso de todos,
muito pelo contrário. “Um dia, me pediram para
trazer seu café da manhã para Marlon Brando.
Bato na porta, entro no quarto e me deparo com
um homem sujo e nojento numa cama suja e
nojenta, lembra Brigitte Bardot. "Bom dia", eu
disse. Depois que coloco a bandeja na frente
dele, ele pega o ovo cozido e joga na minha cara."
E para finalizar: "Nunca saberei se ele estava de
mau humor ou se não gostava de mim.
Encorajar mulheres que foram vítimas de violência sexual a falarem, Brigitte Bardot diz que não é vítima nem testemunha destes fatos.
Nunca fui estuprada, nunca... Ou fui consentida, garante a octogenária. Mas, se as meninas concordaram, por que não? Conheço pessoas que, para conseguir um papel, não disseram não ao produtor. Era problema deles. Não era da minha conta. A eterna BB pode ter parado a carreira da noite para o dia, depois de quarenta e cinco filmes, para se dedicar à causa animal, ela declara que só guarda "boas" lembranças de filmagens onde os ambientes eram "livres" e "familiares". "Durante as filmagens, adorei ter a mão na minha bunda quando eu passava (risos). Era a especialidade dos ajudantes de palco, gente muito simpática, todos grandes amigos", resumiu ela.A frase...Nunca estuprada, eu estava consentindo..Nunca pensei em encarnar o movimento de libertação das mulheres", defende Brigitte Bardot. Fiz tudo isso porque me recusei a ficar atrás das grades das convenções da época: queria ser eu mesma.
Antes de acrescentar sobre o tema da evolução do feminismo: "Temo que, ao quererem libertar-se, as mulheres acabem por se tornar infelizes. Ser uma mulher solteira que, enquanto trabalha, cria os filhos e faz recados não é uma vida. É escravidão.
“Et Dieu… créa la Femme” (no original), é um filme ítalo-francês, de 1956, com realização de Roger Vadim e que contou, ainda, com a interpretação do actor alemão Curd Jürgens e Jean-Louis Trintignant. É reconhecido como o filme que lançou Bardot ao estrelato e a tornou o sex-symbol do cinema europeu, por três décadas.