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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Litlle Iomerê III

O tempo longe..

E ainda 
tem 
essa aura
da cidade pequena.

No bom sentido, 
é claro....
No alto..

olhando,
as montanhas, 
na rua João Rech,
vendo a cidade,
do lado o 

prédio do antigo
Seminário...

do lado da  rua,
o Juvenato 
Santa Marcelina... 
abaixo a Igreja matriz 
de São Luiz Gonzaga, 
eis
o trio que sempre 
se impôs...o destino do olhar, 
para os habitantes 
ou recém-chegados,
a Iomerê.
Os empreendimentos  
novos 
nunca foram dos 
mais simpáticos,
como a praça nova,
mas é claro que, 
a esta altura, 
não faz sentido 
insistir nas críticas,
à nova praça...
Um projeto, lembro bem, 

desde o início,
pareceu-me especialmente 
ameaçador. 
Agora já não sei se teria 
sido melhor,
não vê-la concluída, 
em vez de saber 
do seu abandono...
pelo poder público, 
nestes
novos tempos.
Tratava-se da reforma 

da histórica praça...
que, 
hoje, quando passo em frente a igreja, 
não passa de uma fantasia...
lembrar de uma velha praça, 
que por mais de 50 anos reuniu o povo,
quem a  projetou 
e cuidou todo este tempo.
Nada que pode ser 
facilmente reconhecido 
olhando a praça atual como sem alma, 
ou como algo que tenha 
a ver com a cidade,
por quem quer que tenha 
passado 
por aquela praça...
em todos estes anos.
Quase ao lado da praça...

se impõem novos prédios 
aos recém-chegados 
a Iomerê.
Nesse sentido,  

a velha arquitetura, 
era mais singela,
que a menos discreta de hoje,
que dá o
entorno da praça.
Bela Iomerê..
Quem vê o grande edifício,
saindo de baixo da avenida 
Pedro Penso,
sabe do que se trata...
mas seu tamanho,
se apresenta com a evidência...
que logo vai tapar 
o olhar de quem quer ver 
a igreja ou a praça de longe.
O pajé, distante, 
continua formoso, 
ainda mais porque se apresentava 
desde os velhos tempos 
dos anos 60, 
que eu me lembro,
a grande montanha,
a grande colina, 
como a rainha ou um rei,
em seu trono, ao pôr do sol...
senti vendo o vermelho solar,
colar na montanha, 
admirei muitas vezes,
contemplado o crepúsculo, 
nos meses de março
lindo continua...
vizinho de outras colinas, 
era mais formoso com as árvores, 
e continua sendo...
mesmo que parcialmente desmatado.
Já no canto da praça,
a minha frente, 
na avenida, 
se podemos dizer assim, 
o pajé era majestoso em curva...
nunca o imaginei nada parecido 
de algum morro, 
abrindo espaço sempre 
em planos diferentes...
ao olhar..
é ao mesmo tempo mais  
quanto hoje complexo. 
 
A vida de pedestre, 
de andar 
de pé no
 chão, 
na estrada 
de chão batido, 
era comum nos anos 60,
a vida de caminhar, 
na rua,
vendo 
a montanha distante...
como na foto..
as fachadas das 
casas únicas,
de madeira, 
em todos os quarteirões.
A casa na foto ao lado 
do açougue 
do meu país. 
A pequena construção 
com à frente 
de alvenaria 
e  as laterais de madeira,
onde toda família viveu no fim dos anos 60,
até o começo dos anos 70,
todos estas casas
não existem mais, foi uma parte da cidade que acabou... 

mas muito se criou,
como o asfalto na avenida.
Não gosto dos grandes prédios 
que se espalham por terrenos 
desiguais,
de modo 
que nem mesmo seja possível 
saber em que andar nos situamos. 
Os térreos de repente 
se revelam em lojas ou bares,
eis que tudo que existe e 
está mais  feio, ou mais bonito,
mais moderno dizem alguns, 
do que quando passeava  como guri, 
aos 6 ou 10 anos.
É também assim que o tempo 
passa com mudanças 
são bem vindas, 
há muitas casas de alvenaria 
de cores ou  branca 
de nossa consciência.
Entro na praça,

sinto que tudo foi mal...
começa por um enorme portal..
espantado com o alto..
do portal, 
deve ser sósia de 
alguma que existe 
por ai..
ridícula por aqui... agora.
 
Saio 
daqui 
às pressas, desiludido...
 
Por volta de 2013, 
lembrando-me da noite, 
da véspera, 
em quando fui até ali,
me disseram que a praça ia mudar...
passar por uma remodelação..
fiquei triste.
(não sei se no terreno havia sinais 
ou mais de que a destruição que estava por vir),
apresentava um aspecto normal na véspera nenhuma placa nada...
que peça..
Desse  fato emerge agora muita coisa. 
Por exemplo, um processo...
bem ao estilo brasileiro, 
assim é tudo aqui...
Ou um conjunto daquelas 

coisas que ninguém entende, 
uma linda igreja linda 
voltada para a praça,
com as lâmpadas sempre 
apagadas a noite...
poderia ter algumas ligadas a noite,
imitando a chama de uma vela, 
cujo destino pareceria ter 
sido sempre 
o de parecer um candelabro...
Mais  as luminárias ligada só 
suspensas do teto, 
na igreja em dia de missa, 
que ficam em círculos, 
são como um broche...
lembram vagamente 
os castelos Europeus, 
 que 
se destacam, 
são várias dessas estruturas 
de metal dourado,
ou cobre,
junto ao corredor central... 
da igreja 
de São Luiz Gonzaga, 
a igreja Matriz de Iomerê.
Corredores ao longo dos quais, 
de quando em quando,  
olhava no caminho 
de receber,
a comunhão, 
olhando para os 
bancos da esquerda, 
onde ninguém sentava, 
exceto as mulheres solteiras..
que, a partir de agora, todos, 
já tomam posse definitiva, 
da igreja palácio inteira,
que não existe mais... 
descriminação de lados.
Todos esses jeitos 

de ver Iomerê,
sempre é de tudo.
Mas é precisamente 

nessa admiração..
que estava a vida de 
uma cidade como essa. 
Mero visitante eventual, 
eu estava ali, 
como todos os outros, 
rodava em minha mente 
numa espécie de filme 
que me levava ao convívio 
de muitos com quem 
vivi Padres, Freiras, 
Professores, vizinhos
e  muitos habitantes,
de não sei quem.
Eram sonhos, 

muitos dos meus 
pensamentos 
é claro. 
Mais talvez, do que os 
de muitos habitantes,
que hoje estão ainda 
aqui, 
ou outros que se 
desfizeram 
de tudo aqui,
e foram embora, 
vivem em 
outros lugares,
de  todo modo,  
de todos jeitos,
mas aos pedaços, 
em lembranças,
reuni neste texto,
fragmentos da vida, 
de um cidade pequena...
chamada 
Iomerê
e seu trio 
de ouro.
Prédios 
clássicos 
e históricos.
Juvenato..
Seminário.

a linda Igreja.