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domingo, 24 de novembro de 2024

Litlle Iomerê III

O tempo longe...

E ainda tem essa aura
da cidade pequena.

No bom sentido, é claro....
No alto..olhando,
as montanhas,
na rua João Rech,
vendo a cidade,
do lado o prédio do antigo
Seminário...do lado da rua,
o Juvenato Santa Marcelina e abaixo a Igreja matriz
de São Luiz Gonzaga,
eis o trio que sempre
se impôs...o destino do olhar, para os habitantes
ou recém-chegados,
a Iomerê.
Os empreendimentos
novos nunca foram dos
mais simpáticos,
como a praça nova,
mas é claro que,
a esta altura, não faz sentido insistir nas críticas,
à nova praça...
Um projeto, lembro bem,
desde o início,
pareceu-me especialmente
ameaçador.
Agora já não sei se teria
sido melhor,
não vê-la concluída,
em vez de saber
do seu abandono...
pelo poder público,
nestes novos tempos.
Tratava-se da reforma
da histórica praça...
que, hoje, quando passo em frente a igreja,
não passa de uma fantasia,
lembrar de uma velha praça, que por mais de 50 anos reuniu o povo,
quem a projetou
e cuidou todo este tempo.
Nada que pode ser
facilmente reconhecido
olhando a praça atual como sem alma,
ou como algo que tenha
a ver com a cidade,
por quem quer que tenha
passado por aquela praça...
em todos estes anos.
Quase ao lado da praça...
se impõem novos prédios
aos recém-chegados
a Iomerê.
Nesse sentido,
a velha arquitetura,
era mais singela,
que a menos discreta de hoje, que dá o
entorno da praça.
Bela Iomerê..
Quem vê o grande edifício,
saindo de baixo da avenida
Pedro Penso,.sabe do que se trata...mas seu tamanho,
se apresenta com a evidência...que logo vai tapar o olhar de quem quer ver a igreja ou a praça de longe.
O morro pajé, distante,
continua formoso,
ainda mais porque se apresentava desde os velhos tempos
dos anos 60,
que eu me lembro,
a grande montanha,
a grande colina,
como a rainha ou um rei,
em seu trono, ao pôr do sol...senti vendo o vermelho solar, colar na montanha,
admirei muitas vezes,
contemplado o crepúsculo,
nos meses de março
lindo continua...
vizinho de outras colinas,
era mais formoso com as árvores, e continua sendo...
mesmo que parcialmente desmatado.
Já no canto da praça,
a minha frente,
na avenida,
se podemos dizer assim,
o pajé era majestoso em curva...nunca o imaginei nada parecido
de algum morro,
abrindo espaço sempre
em planos diferentes...
ao olhar..
é ao mesmo tempo mais
quanto hoje complexo.

A vida de pedestre,
de andar de pé no chão,
na estrada de chão batido,
era comum nos anos 60,
a vida de caminhar,
na rua, vendo a montanha distante...como na foto..
as fachadas das
casas únicas, de madeira,
em todos os quarteirões.
A casa na foto ao lado
do açougue do meu pai.
A pequena construção
com à frente de alvenaria
e as laterais de madeira,
onde toda família viveu no fim dos anos 60, até o começo dos anos 70,
todos estas casas
não existem mais, foi uma parte da cidade que acabou... mas muito se criou, como o asfalto na avenida.
Não gosto dos grandes prédios que se espalham por terrenos desiguais,
de modo que nem mesmo seja possível saber em que andar nos situamos.
Os térreos de repente
se revelam em lojas ou bares, eis que tudo que existe e está mais feio, ou mais bonito, mais moderno dizem alguns, do que quando passeava como guri, aos 6 ou 10 anos.
É também assim que o tempo passa com mudanças são bem vindas,
há muitas casas de alvenaria de cores ou branca de nossa consciência.
Entro na praça,
sinto que tudo foi mal...
começa por um enorme portal..
espantado com o alto..
do portal, deve ser sósia de
alguma que existe por ai..
ridícula por aqui... agora.

Saio daqui às pressas, desiludido...

Por volta de 2013,
lembrando-me da noite,
da véspera,
em quando fui até ali,
me disseram que a praça ia mudar...passar por uma remodelação..
fiquei triste.
(não sei se no terreno havia sinais ou mais de que a destruição que estava por vir), apresentava um aspecto normal na véspera nenhuma placa nada...que peça..
Desse fato emerge agora muita coisa.
Por exemplo, um processo...
bem ao estilo brasileiro,
assim é tudo aqui...
Ou um conjunto daquelas
coisas que ninguém entende, uma linda igreja linda voltada para a praça,
com as lâmpadas sempre
apagadas a noite...
poderia ter algumas ligadas a noite,
imitando a chama de uma vela, cujo destino pareceria ter sido sempre o de parecer um candelabro...
Mais as luminárias ligada só suspensas do teto,
na igreja em dia de missa,
que ficam em círculos,
são como um broche...
lembram vagamente
os castelos Europeus, que
se destacam, são várias dessas estruturas
de metal dourado,
ou cobre, junto ao corredor central... da igreja
de São Luiz Gonzaga,
a igreja Matriz de Iomerê.
Corredores ao longo dos quais, de quando em quando, olhava no caminho de receber,
a comunhão, olhando para os bancos da esquerda,
onde ninguém sentava,
exceto as mulheres solteiras..que, a partir de agora, todos, já tomam posse definitiva,
da igreja palácio inteira,
que não existe mais...
descriminação de lados.
Todos esses jeitos de ver Iomerê, sempre é de tudo.
Mas é precisamente
nessa admiração..
que estava a vida de
uma cidade como essa.
Mero visitante eventual,
eu estava ali, como todos os outros, rodava em minha mente numa espécie de filme que me levava ao convívio de muitos com quem vivi desde Padres, Freiras, Professores, vizinhos e muitos habitantes,de não sei quem.
Eram sonhos,
muitos dos meus
pensamentos é claro.
Mais talvez, do que os
de muitos habitantes,
que hoje estão ainda
aqui, ou outros que se
desfizeram de tudo aqui,
e foram embora, vivem em
outros lugares, de todo modo, de todos jeitos,
mas aos pedaços,
em lembranças,
reuni neste texto,
fragmentos da vida,
de um cidade pequena...
chamada Iomerê e seu trio de ouro.
Os Prédios clássicos
e históricos.
1. Juvenato..
2. Seminário.
3. A linda Igreja.