Refletindo sobre o cansaço existencial que muitas vezes se abate sobre nós ou nos indivíduos, em suas jornadas ou caminhos pela vida.
*Por que ficamos ou cansamos da vida tediosa e sem consequências ou as vezes esgotados. Porque é que nós, somos quem começamos a jornada da vida, cheios de entusiasmo e tão apaixonados, nobres corajosos, crentes, ficamos de repente num cansaço existencial onde tudo parace que desmorona, ou nos sentimos exaustos ou totalmente falidos aos trinta ou trinta ou cinquenta e cinco anos.
Por que é que cada um é assim, de repente somos tomados pelo imediatismo, pelo consumo vulgar, até um ou outro outro coloca uma bala na cabeça, um terceiro procura o esquecimento em drogas, cachaça ou vodka, cartas até um quarto, para
sufocar o medo e a angústia, cinicamente pisam ou colocam debaixo dos pés o retrato da sua pura e linda juventude.
Por que é que, uma vez ou outra nos sentimos desamparados, um anjo caídos, sem rumo, sentindo que a vida não valeu a pena, e não tentamos levantar-nos e, tendo perdido uma coisa, ou outra não procuramos outra. Porquê...
Sim, pode haver períodos em que não nos apetece levantar até podemos afundar, nos nossos pensamentos ou ações depressivas, como uma fuga, mas, a humanidade tem uma qualidade que nos separa do resto da vida e essa é a esperança, por dias melhores e leva-nos junto, pensando que algo melhor pode estar ao virar logo ai na próxima esquina. Mesmo quando tudo parece perdido... ficamos de pé em rumo a nossa próxima luta ou aventura.
Questiono quantos devem estar ou passar por "isso".
Tem muitos que vivem ou continuam procurando e nunca se acham e o fazem compulsivamente enquanto viverem. Acredito que as "nossas" vidas desajeitadas diferente da desejada e muitas vezes projetada por acaso em função de outros ou propositadamente por outros que se esforçam para nos governar e são uma armadilha. Uma vez enrolados, acabamos por perceber a futilidade da "sobrevivência". " No início, iludimos-nos com pensamentos desejos. Mas finalmente ao despertar ou acordar para a realidade tudo vira pesadelo. Quem controla não tem que fazer nada além de criar, se tem desejos e necessidades..vira uma sobra ou um resto que deixa que a vida cuida..sem protagonizar nada..sempre coadjuvante de tudo ou até personagem ou figurante qualquer. Quase tudo o que queremos não acontece.
À medida que estes fracassos são percebidos, eles moldam cada vez mais o nosso pensamento ou a mente no curso de vida aí e que ficamos desiludidos.
Alguns de nós levantam-se novamente, mas o resto de nós cai de novo e preciso juntar os pedaços e ai levantamo-nos, idealmente com a mão levantada de um espírito acordado. Que modo de vida ou desejo de ascensão são essas ideias então. Perguntas válidas.
Quem quer, tudo pode.
Sem esperança de uma vida melhor, perdemos a esperança e sucumbimos aos negativos deste mundo. Mantenha o foco naquilo que nos dá esperança é um bom futuro e nunca coloque a chave da nossa felicidade noutro bolso humano.
Porque somos humanos. Somos movidos pelas nossas experiências, pensamentos e emoções e pela nossa capacidade ou falta de capacidade de apreciar tudo o que temos e nos tornamos. Esse é o desafio da vida. Para perseguir incessante ou incansavelmente a próxima aventura ou trabalho, seja lá esta coisa um comércio, profissão, trabalho, hobby é o que nos dá alegria e um sentido de propósito. Nunca desista pois a vida é curta e viver um privilégio. Anton Chekhov médico e escritor russo que num texto refletia sobre o cansaço existencial que muitas vezes se abate sobre os indivíduos em suas lutas seus desafios ao longo da vida. Quando somos jovens somos idealistas, temos certas expectativas ingênuas e pensamos verdadeiramente que as pessoas são melhores do que são..e que desilusão temos, é tudo que temos todos nós..da maioria das pessoas sejam filhos, pais etc. À medida que envelhecemos e nossas ilusões são despedaçadas, pode ser desmoralizante experimentar onde a verdade está ou que é está a verdadeira natureza do mundo..sempre cheio de desilusão. E o pior que sentimo-nos impotentes para mudá-lo.
As pessoas lidam à sua maneira, com a desilusão.
As pessoas precisam de incentivo para regar seus desejos, em seus solos para que fiquem mais fértil, assim como as plantas precisam de sol e água.
A minha experiência tem sido que, quando me sinto assim, tenho de ficar quieto por um tempo e "sentir" completamente o peso disso e elaborar tudo..a vida pensada e refletida é mais interessante. Deixe-os no tempo, deixe o tempo passar para que possas sentir como tudo flui completamente. *O andar da carruagem.
E depois de algum tempo, fico inquieto e digo "bem, eu sei que não quero mais sentir-me assim. Isto não é divertido" ou que eu vou procurar outra coisa.
É porque você não deve parar lutar, seja como um rio que segue sempre em frente, para ser bem
sucedido..e chegar ao grande mar na constante sua maratona de sucesso.
Nada soa como uma miragem. Esta maratona de lutas e tempos inglórios
constantes desgastam as pessoas ou queima-as no seu entusiasmo. Faz o que gostas de fazer ou só faça algo se gostares..se da prazer. Ou aprenda a desfrutar do que
estás a fazer. Do outro jeito você vai ser despedaçado, estressado. Hoje em dia as
pessoas ocidentais admiram a resiliência. Até
"resiliência" se tornou uma palavra moderna..mas desgastada. Mas a filosofia oriental diz-nos oposto
para procurar harmonia, meditar, não se
ocupe nesta maratona chamada vida, para dizer um insigth que tive, pouco importa de ser
popular, famoso, ter grande negócio ou algo de
felicidade exterior. A felicidade não está fora.
Está DENTRO DE NÓS, não pode ser, negligenciado, porque sabíamos, onde procurar. Em vez de
procurá-lo neste mundo exterior louco
devemos todos aprender a ser felizes num
momento presente dentro observando nuvens, ouvindo os pássaros, vendo e abraçando as árvores.
O maior erro de cada
pessoa que está dilacerada, ou exausta é olhar a
felicidade de fora ao invés de dentro só assim é que se cria tranquilidade e ter uma fé e estar tranquila. A fé é a maior apoiante por dentro. O chão não se
abalará debaixo dos seus pés e você não terá
medo de nada se acreditar.
Anton Chekhov refletiu bem este cansaço existencial que muitas vezes acontece com indivíduos na sua jornada pela vida. Há ovelhas negras, mas há outras de cores belas claras, não estou dizendo que as pretas não só belas, mas é este e o mundo que nos desafia.
Ovelhas negras noutro sentido.
