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terça-feira, 18 de julho de 2023

Wasted Years II

...
A música que me
embala...chama-se
Anos 
perdidos...
Wasted Years. 
Iron Maiden.
...
O passado,
vem ás vezes 

à mente, não é tudo...
que penso...
mas é algo que
sinto ás vezes,
me agitando
no corpo
e
na mente,
uma certa pressão como
que estivesse em
cima de mim,
assim me sinto,
escrevendo
tudo isso,
sinto que.faltou algo,
no tempo que passou,
eis.
..nossa imperfeição.
Se há algo que

nos faz humanos
é
a dita imperfeição .
Como um sonho,
presente ou
um velho sonho
ou sonho
antigo, vejo todas
coisas
que já fiz.
que se tornaram
sonhos velhos.
Mas a história
continua..

um dia após 
o outro, ando
cercado 
mesmo
de realidades
próximas.
Meu computador...ao som do 
Iron Maiden, ali
fecho os olhos e lembro
o tempo que se foi.
tudo é meio perda.de tempo.
Voltar no tempo, 
ao passado,

ser saudosista,
mas...
Sentir,
criar,
pensar, 

em
algo
que poderia
ter sido diferente,
Anos perdidos.
A poesia..
A canção..
fazem parte do momento.
A alma tem a ver como
uma canção.
O tempo se impõe,
na distância de tudo.
O amor que se foi
meus avós,
minha infância
num lugar que vivi.
Talvez só por pensar,
já há algum tipo de afeto..
isso,
seja por assim dizendo,
algo melhor,
longe...
Num mundo,
quando pessoas
são excessivamente,
presas ao cotidiano
e por isso,
só sobrevivam
coisas
do dia a dia...

o novo logo 
vence o velho
e o novo

fica velho
e logo
descartado,
são tudo
emoções fluídas.
Em meio a isso,
tenho o cuidado
de não tornar-me
um refém
das
vivências
passadas...
e nem um
ressentido.
Muita coisa na
vida da gente
é vaidade,
mas não é tudo,
digo,
"nem tudo é vaidade".
Neste instante, experimentei,
a sensação
de voltar
na
Vila Bressan,
em que vivi ali, não
vendo lugares cheios 

de
árvores,  apenas
o rio. 
o trem
como quem
diz pra si 

em sua mente,
aqui foram 

dias felizes
da minha vida.
Lugares que

me remetem 
a momentos
passados 

há 50 anos
atrás,
uma rápida emoção,
vem aos olhos, 

no passado feliz
que não
existe mais,
Essa catarse de
relembrar,
belos momentos,
instantes
lindos da minha vida,
 
não afeta 
muito
o
presente, 

apenas
sou
daqueles
que
valorizam
antepassados.
Há poucos dias,
uma amiga 

disse-me
que considera
uma mentira
a ideia de que
sempre amamos
nossos pais 

e familiares.
Concordo com ela.
Acho que talvez
possamos mesmo,
não sofrer tanto,
imaginar
a vida assim,
ao imaginar
que nem
sempre
nossos
pais e irmãos 

são 
escolhas afetivas
nossas,
significa dizer

que nem
sempre 
amamos eles,
que

me parece uma
dessas idealizações
que alimenta o mito
de que a família é  algo
que nos é imposta,
de quem
a gente ama e
será sempre fiel.
Nem sempre há

solidariedade 
e amor
ou algo assim,

que
se retroalimenta 

em seus membros.
Ao contrário,
acho que,
às vezes,
pode ser mortal
para seus
membros
porque
mesmo o amor,
às vezes,
não é presente
e há ódio e rancor 

em cada coração
que
aniquila.

Admitir isso
não rola,
fim.
Tenho alguns amigos,
mas não muitos,
é claro que 

pensam assim..
A generosidade nem
sempre é 
algo presente
na família.
Sou um

cara meio
chato
e
de prazeres
solitários,
por isso,
me esforço
em relembrar,

mas
confesso que 

admirei
muito meu
avôs Silvio
e
Catarina Dalmolin.
Pensar
que eram
além 

dos outros,
na amizade
sincera ou
sua generosidade é
quase tê-los  

sempre presente
ao meu redor.
Tudo de bom
que
aconteceu
louvo mas quando
as coisas vão mal
me faz supor que,
afinal,
há dela
alguém que
carregamos
na palma da mão
com a ingratidão do mundo...
Na minha
consciência
é que temos sim,
um
lento
caminhar
pelo mundo,
mas é sempre

muito solitário.
Quantas vezes
tivemos
momentos
atormentados
pelo sentimento
de insignificância,
ingratidão 

e indiferença.
Quantas vezes
atitudes nossas
pereceram sozinhas,
diante da 

incompreensão,
da espera 

de um afago,
de uma resposta,

que não veio e não virá.
Quanto
afeto e gratidão
se
perdeu 

nestes anos..
Eu sei que
por ser tudo se 

parecer
tão volúvel
e insensível.

mas 
coisas assim
acontecem.

A
vida
com afeto ou amor...
são  essenciais
não tê-los é  nada.
Amor é algo 

desejável,
mas acontece

que muitos lares, 
o amo não 
está presente
entre 
seus familiares 
ou
em parte deles.. 

A vida sem afeto, 
fica
insuportável..
e
foi isso em par te,
que vivi,
que vi,
que senti, em 

muitos
momentos, 

que já
rememorei tudo 

e
comigo entendo
o que a gente
não deve estar
sempre procurando, 

os
anos dourados, 

mas
a gente vive 

sempre
os anos dourados
por estar vivo
e com saúde.
Tá escrito
anos perdidos II
assim entendo,

nem tudo está  
perdido.
Wasted Years II.