As pessoas estão muito parecidas. Parece que todo mundo é primo ou que tem o mesmo pai e mesma mãe." A impressão.não está errada. Estamos cada vez mais iguais. Com a popularização da harmonização facial e preenchimentos dos mais variados tipos, os semblantes ficam cada vez mais parecidos: rosto com maxilar marcado, lábios carnudos, bochechas acentuadas. Criou-se um novo padrão de beleza.
E não tem como evitar: as redes sociais são as grandes responsáveis por isso. "O impacto delas em como as mulheres se comportam em relação à estética é muito grande. Somos constantemente expostas a imagens filtradas, de aparência perfeitas. Mas isso não reflete a vida real, como vemos uma versão com curadoria da realidade a sociedade internaliza a ideia proposta do que é "bonito" e passa a usá-la como referência. E com o advento dos filtros, ninguém nunca mais teve pele marcada, manchas ou acnes.Muitas mulheres acreditam que para serem consideradas bonitas e valorizadas precisam se adequar a esse padrão, o que cria uma relação bem complicada com a autoestima. A gente não pode depender de validação externa para ser feliz.
Até os anos recentes, por exemplo, filmes tinham um papel determinante na definições desses padrões de beleza. A TV ainda tem essa importância, a diferença é que as redes sociais criam diferentes padrões para diferentes grupos de pessoas.
A demografia e fatores culturais impactam essa escolha por um ideal. Pode estar relacionado a classe social, ao círculo em que ela vive, a mídia que ela consome. Tudo isso tem grande influência.
A homogeneidade estética influencia muito na maneira como as mulheres lidam com suas próprias identidades. Maiores vítimas das pressões sociais, buscar a aparência perfeita pode, muitas vezes, servir como uma máscara para disfarçar outros problemas.
É como se ser igual a todo mundo trouxesse segurança, mas temos que respeitar nossas características únicas. Com tantas mudanças, tem gente que nem se lembra mais qual é a sua 'cara original'. Esses pequenos ajustes vão se tornando parte da gente.
A especialista reforça: a comparação pode ser boa, contanto que não nos deixemos levar por padrões inalcançáveis. "Às vezes, ela pode servir para inspiração e ser saudável. Mas tentar ser igual aos outros o tempo todo é prejudicial.
E finalizo com uma dica: pense o motivo pelo qual você decidiu fazer mudanças. Saia do automático e se questione: é por mim ou para atender o que os outros esperam de mim. Como escolher...Se você quer mesmo fazer algum procedimento estético é preciso prestar atenção na hora de escolher um profissional. Não se deslumbre com redes sociais. A pessoa deve escolher seu médico após muita pesquisa. E, se possível, conhecer pacientes reais desse profissional. Nunca somente por fotos ou publicações de redes sociais. Isso é furada.
Paint. Modigliani.