Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Viver em Iomerê


A gente vai passando
O tempo vai passando...
E ao ouvirmos 
o som da natureza...
e quem se interessa 
pela vida
do interior, 
vale lembrar, 
dos outros sons, 
dos anos 60,
do recreio 
no frei Evaristo.
Relembrar, 
sons 
são um presente 
e tanto.
Ver o que ocorre 
aqui,
a cidade pequena, 
longe do frenesi
crescente da 
vida moderna
mas que aqui 
atinge aos poucos.
Em meio a tudo,
vemos novos 
edifícios,
à redefinição 
incessante de Iomerê
do traçado 
do século 20
ao século 21,
suas imagens 
flagram ainda pouca
gente preocupada ou
ao ritmo 
da cidade grande.
Longe do ambivalência
pressa/permanência,
pessoas, 
automóveis, 
caminhões
disputando 
o mesmo 
espaço...
Na calma Iomerê...
Há os que dariam 
um doce..ou
um.sorvete para mim 
degustar na praça, do
originário Bar do Barulho,

Milhões  de palavras,
mas a fotografia sempre
vale por mil palavras,
e isto sem imaginar 
dos rumores...
sussurros,
aqui
sonegados 
pela fotografia...
Na festa do 
boneco de
neve na praça, 
em
que
foi na neve de 
Agosto de 1965..
No meio do boneco
feitos na praça 
estava
o Padre Ernesto. 

...
Mil sons... 
gritos e
conversas  
isto que não há 
na fotografia...
Pena....
...
O tempo na praça.. 
Caminhos e carreiros para 
o Grupo Escolar Frei Evaristo
e a Igreja e a Missa.
Havia um tempo 
havia grama  e terra batida
apenas...
Muita historia no
tempo
sonegados 
pela fotografia.

Ganha um sorvete 
no Hotel do Comelli,
para ouvir o que antigamente
o xingar do cavaleiro
aos meninos 
que assustavam o cavalo,
que soltavam suas escretas*bosta,
em via publica,
O tempo que 
se deixavam
os cavalos 
amarrados no 
entorno da praça 
ao lado do bar, 
pra ir a missa 
ou fazer compras.

A conversa dos homens no bar, 
na rua era sobre se ia chover...

Pessoas suspiram pelas mil palavras
e isto tem 
os rumores 
e cheiros
sonegados pela fotografia.
Na contramão da imagem,
hoje se valoriza muito o vídeo
eu aposto 
na  valorização da imagem e memórias
junto com o sonoro
da oralidade efêmera
sempre sufocada 
pela foto,
mas igualmente 
reveladora,
para redescobrir 
o cotidiano da cidade.
Da missa da Igreja...
das crianças na praça,
o desfile de 7 de setembro,
Costurando andanças por ai
e a minuciosa observação
de coisas variadas
(memórias, ficção, poesia),
podemos imaginar, 
rever as muitas paisagens
que se sucediam durante 
um dia por aqui,
acompanhando as reações ambíguas 
dos habitantes
à convivência entre 
os diversos
e diversos modos 
que se expressavam...
Havia um
personagem curioso,
que tocava o
sino da matriz..
O Chico Papudo.

Mas só a fotografia 
expressa
quais  e onde 
está a beleza natural
de hoje em Iomerê,
das colinas verdejantes
ao redor da cidade
dos contrastes,
na vida calma
e provinciana da cidade,
tédio entrecortado 
apenas pelos roncos 
e escapamentos da motos 
e carros
e ainda o pique ocasional 
de cada badalo do
sino, 
das explosões dos motores
dos caminhões...
e que infernizam a via central.
Quem tem olhos atentos 
e ouvidos
pode...
assim hoje, 
repetir e relembrar depois
de perambular..
E dizer
veja isto....
olhe aquilo.
Que pouco ainda 
restou
em tudo isso, 
de hoje..
desde 
os bancos 
da praça de hoje..
Da praca de ontem 
sem bancos,
da terra batida e grama 
era ali onde a vida pulsava, 
onde se observavam todos 
os passos,
onde tudo acontecia 
em Iomerê.
Words
Rebel.
Photos
Rebel.
Clarice Mariani,
Maria Clara V M.